Um capítulo menos divertido, mas que teria inevitavelmente de ser escrito um dia, é o das lesões. Para o (aspirante) a lutador, este é um tema que deve ser tratado com muita seriedade- afinal de contas, se tencionamos ganhar dinheiro com o Wrestling, precisamos de estar saudáveis durante muitos e bons anos para alcançar um nível de vida minimamente confortável.

Quando estamos a começar, é fácil achar que as lesões “só acontecem aos outros”. Aos descuidados. Aos menos talentosos. Aos que estão fora de forma. Mas infelizmente, depois de acompanhar vários amigos até ao hospital, percebi que ninguém está imune a um azar.

Neste capítulo vamos definir o que são lesões, como evitá-las (seja num treino seja num evento) e como decidir se devemos continuar ou tirar umas férias. Pelo meio, também partilharei algumas histórias pessoais.

Vamos a isto!

A teoria do “bump card”

Por melhores que os lutadores sejam e por mais seguro que o Wrestling tente ser, as lesões vão acabar por surgir.

Não é uma questão de se, é uma questão de quando. Estas são as más notícias, mas o melhor a fazer é encaixar este pensamento o mais cedo possível na carreira de um lutador. Para 99% dos lutadores, será inevitável.

Naturalmente, cada corpo é diferente. Há lutadores que parecem de vidro e há atletas que aparentam ser indestrutíveis. Mas, infelizmente, raros são os casos a alto nível de carreiras de 20 anos sem passar alguns meses (ou anos) no hospital ou na fisioterapia.

Existe uma teoria (que me foi passada no Canadá) que consiste num bump card (ou cartão de quedas, se isso fizer mais sentido). Cada lutador tem um número desconhecido de quedas que pode dar até se lesionar. Alguns podem ter um número baixo, como 200, enquanto que outros se podem dar ao luxo de ter 10.000.

Nunca se sabe o que sai na rifa

Nunca se sabe o que sai na rifa

Obviamente, ninguém sabe o que o destino lhe reserva: por isso, o melhor é simplesmente sermos inteligentes com os bumps que damos a cada espectáculo, estando cientes de que um dia poderemos chegar ao fim do cartão.

Dito assim, parece que pinto um cenário negro tirado de um filme como o Final Destination. Se tudo isto é algo que basicamente foge ao nosso controlo, para quê seguirmos esta profissão? Para quê sequer ter um combate, se pode correr mal logo ao início?

Bom, da mesma maneira que se tomares melhor conta de ti, tens maior probabilidade de viver mais anos, também há precauções que podes ter em conta para durar mais tempo no ringue. Mas primeiro, vamos distinguir uma lesão de algo irritante que temos durante um par de semanas que depois passa.

Lesões Vs “Chatices”

O Wrestling não é simpático para o corpo. Ir às cordas, cair no ringue (ou fora dele) e saltar da 3ª corda diariamente não é a coisa mais saudável do mundo.

A maior parte das pessoas que acompanha minimamente o Wrestling sabe isso… mas só percebe realmente no que se meteu quando dá a primeira queda.

Quando surgem novos alunos na academia do WrestlingPortugal, os primeiros tempos são realmente interessantes. Muitos nunca praticaram desportos de combate, pelo que cair voluntariamente é algo estranho e pouco natural. Por outro lado, muitos aparecem com fraco condicionamento físico- exercitam nas aulas de educação física e pouco mais.

Tal choque e adaptação é perfeitamente normal que aconteça ao início. Mas o que é frequente é alunos pensarem que estão lesionados porque no dia a seguir sentem dores nas costas, na nuca, na barriga ou nos braços depois das quedas, das flexões ou dos abdominais. Na maior parte dos casos, o corpo está apenas a reagir ao choque que recebeu e os músculos a acusar o esforço que lhes foi pedido no dia anterior.

Essa dor muscular é muito familiar para quem pratica musculação com regularidade (e, convenhamos, se estás no Wrestling é uma prática que deves adoptar). Com o tempo, até podes vir a gostar dessas dores porque é sinónimo de que tiveste um bom treino nesse dia.

Por outro lado, as dores “chatas” das quedas ou das cordas não são diferentes das mazelas que tens depois de uma partida renhida de futebol com amigos.

Podemos fazer a nossa vida normal passado 1 semana? Então não é uma lesão.

Também não consideraria lesões aquilo que nos incomoda mas que não nos impede de fazer a nossa vida habitual. No Wrestling, raros são os dias em que te sentes a 100%- haverá sempre algo a incomodar, seja o ombro, o joelho ou o calcanhar. Mas se consegues seguir a tua vida, o mais provável é que não te vás lembrar disso dentro de 1 mês.

Com o passar do tempo, dificilmente encontrarás momentos em que estás em condições óptimas e em que nada te dói. Infelizmente, terás que te habituar a esse desconforto.

Agora que tirámos isto do caminho, vamos entender como esticar ao máximo o nosso bump card.

Evitar lesões- no treino

O ambiente de treino é propenso a lesões por vários motivos:

– Ao início, estarás a absorver um enorme volume de técnicas e manobras. Como é natural, por não as saberes executar, correrás maior risco de te magoares;
– Vais experimentar movimentos antes do teu primeiro combate que podem ou não encaixar devidamente nas tuas capacidades atléticas (e terás de arriscar para saber);
– Terás contacto frequente com colegas menos experientes que podem, involuntariamente, fazer algo de errado (com consequências para ti).

Curiosamente, apesar da probabilidade ser mais elevada, um dos melhores conselhos que te posso dar é precisamente treinares bastante tempo com alunos novos e inexperientes, visto que ficarás bem mais preparado seja para o que for que aconteça mais tarde.

Mas não é apenas essa a dica…

Encara os aquecimentos com seriedade

Podes ver porque é que o aquecimento é importante aqui. Se estiveres sempre a alternar entre estares frio e manobras de alta intensidade, corres sério risco de te magoar.

Em Queluz o aquecimento é sempre uma das partes mais importantes do treino

Em Queluz o aquecimento é sempre uma das partes mais importantes do treino

Improvisa, mas não inventes

Há tempos falei na importância do improviso e se há local onde podes dar largas à criatividade é de facto em ambiente de treino. No entanto, tudo o que coloque em risco a tua integridade física ou a do teu colega deve ser discutido a priori.

Antes de subires à 3ª corda e experimentares um moonsault, é bom que tenhas tido treino específico e que tenhas a certeza que saibas como executá-lo e onde deves aterrar, para não pôr em risco o teu companheiro.

Explora a intensidade

Um erro que vejo muitos alunos cometerem, ao início, é subestimarem os exercícios e combates de treino. “Depois quando for a sério, vão ver”, pensam eles. Mas a verdade é que não há razão para um combate para 3 pessoas ser diferente de um combate para 2000. De novo, para não me repetir, tens mais informação sobre este tema aqui.

Encara o treino de forma tão séria quanto um espectáculo, porque não há qualquer motivo para serem abordados de forma diferente. Dá o litro, mesmo que seja apenas para o teu colega e para o teu professor.

Evitar lesões- em espectáculos

Os espectáculos oferecem algus desafios distintos. Se já chegaste a um nível razoável e começaste a ser convidado para shows (espero eu, por mérito teu e não por necessidade do promotor de mais um), então vou assumir que já incorporaste no teu dia-a-dia as dicas referentes à situação de treino.

Dito isto, aqui ficam algumas dicas…

Encara os treinos com seriedade

Os combates ao vivo devem ser apenas a continuação do bom trabalho que desenvolves nos treinos. Esta não é a altura para experimentares algo que nunca tentaste antes nem para improvisar sem fazer a mínima ideia do que tens pela frente.

Quanto mais entregares nos treinos, mais natural será para ti a transição para um combate ao vivo. Só tens a ganhar em dar o litro na escola de Wrestling!

Aquece!

Uma dica que devia ser óbvia, mas não é. Ouço todos os dias histórias de como esta lenda ou aquela fazia 500 agachamentos/200 flexões/1 hora de alongamentos antes de ir para o ringue para um segmento que só requeria um par de manobras. Essas lendas alcançaram esse estatuto porque respeitavam o negócio, o adversário e principalmente, eles próprios, pois tinham noção de que aquele era o seu ganha-pão.

O curioso é que se visitares um balneário de lutadores independentes, a paisagem é bem diferente. Uns estão com o smartphone à espera que chegue a hora deles, outros estão a falar uns com os outros ou simplesmente a passar o tempo até à música de entrada tocar.

Porquê? Não faço ideia. Pergunta-lhes.

Saltar do ringue para fora sem aquecer? É capaz de não ser boa ideia.

Saltar do ringue para fora sem aquecer? É capaz de não ser boa ideia.

Conhece o teu ringue

Sempre que não montares o ringue que vais pisar, sugiro que o vás conhecer. Testa as cordas, verifica se não buracos entre as tábuas e dá umas quantas quedas só para veres a sensação. Muitas vezes os ringues estão mal montados ou têm alguma peça em falta, obrigando a “ajustes”.

É melhor conheceres as limitações do espaço antes do combate, em vez de descobrires que há um buraco gigante quando estiveres a sprintar até ao canto.

Conhece os colegas

Muitas vezes, só por trocares 2 dedos de conversa ficas com uma ideia do tipo de lutador que tens pela frente no combate. Pelos lutadores que admira, pelo estilo de luta e pela forma como ele tenciona montar o combate, podes logo perceber se deves aplicar um estilo mais defensivo ou se até podes confiar nele. Naturalmente, só vais tirar as dúvidas na altura do espectáculo, mas vale a pena “apalpar terreno” primeiro.

Uma questão que também deves fazer é se existe algum problema ou lesão que o teu colega tem (ou teve) que deves ter em especial atenção. Por exemplo, se anda aflito do ombro, talvez possas poupar o drop toe hold ou o flapjack para prevenir que ele caia de frente. Se fosse ao contrário, também ias achar esse gesto simpático, certo?

Por outro lado, não há vergonha em pedir o mesmo ao nosso parceiro, se o problema que tiveres é relativamente sério. O Wrestling é tudo à base de esconder fraquezas e trabalhar à volta de limitações e lesões não são excepção.

Novamente, a intensidade

Davey Richards é mundialmente conhecido pela enorme intensidade que traz aos seus combates, sendo autênticas batalhas épicas de 45 minutos. Num seminário que tive com o antigo campeão da ROH, juntamente com alguns dos meus amigos do WP, um dos maiores conselhos que retirei foi a importância de entregar tudo o que se tem em cada manobra.

O seu segredo para não se magoar? Não pensar no que está a fazer e fazer tudo com toda a intensidade que tem.

É importante não confundires intensidade com ser bruto ou violento, porque nada tem a ver (e infelizmente para muitos, isso é que é ser intenso).

Aqui, fala-se em aplicar de forma explosiva uma manobra, em que aplicas toda a energia durante o período de execução do movimento e depois voltas ao estado normal. É diferente de gastares todas as energias que tens em 3 minutos por não saberes abrandar, sem produzir nada de valor nesse período.

Com estas dicas, é de esperar que não tenhas mais do que algumas marcas de guerra após um combate. São dores desconfortáveis mas que podem passar num par de dias, ou no máximo, numa semana.

Mas… e se não passar?

A maior parte dos problemas passam num curto período de tempo, mas se não for o caso, terás de perceber até que ponto deves continuar- correndo o risco de agravar seja o que for que te incomoda.

O primeiro conselho é quase senso comum: ir ao médico. Muita gente foge dessa visita com toda a energia que tem, porque ir ao médico pode ser sinónimo de “más notícias”. No entanto, se algo não parece estar bem, é óbvio que será muito melhor obter uma opinião qualificada (ou várias) antes de participar no próximo treino ou combate de Wrestling.

O segundo conselho será avisares o professor (se for um treino) e os colegas que tens determinada limitação. Como deves querer ser levado a sério, convém que não abuses das lesões que trazes para o ringue- se todos os dias trouxeres uma história nova para contar mas acabes sempre por fazer tudo no ringue, vão todos achar que estás apenas a gozar com eles… e não te irão ouvir no dia em que precises mesmo que te prestem atenção, por pensarem que é mais do mesmo.

Se por outro lado, estiveres constantemente a arrastar-te, não ganharás amigos. Colocas em risco a tua saúde e a dos outros, mostrando irresponsabilidade- o melhor será resolver o problema e estar uns tempos afastado dos ringues.

“Não queremos cá heróis”

O terceiro conselho é simplesmente não inventares. Esta é uma frase que repito com frequência nos meus artigos e nos treinos. Podes achar que estás a fazer um favor ao universo se te armares em herói, mas acredita, tal nunca é o caso e no fim do dia só tu ficarás com as consequências dessas decisões.

O melhor que tens a fazer é seres responsável e seguires o que a consciência te está a dizer: se for necessária uma pausa, ouve o que a tua “voz interior” te diz.

A importância do ginásio

Por mais que se tenha cuidado, há coisas que não podemos controlar. O ringue não estava perfeitamente montado. A mão do lutador escorregou no suor do adversário durante o bodyslam. Ou simplesmente, foram demasiados espectáculos para uma semana só.

É aqui que entra o ginásio. Uma das principais armas de qualquer lutador para a sua recuperação semanal.

Levantar pesos faz bem ao corpo e à cabeça

Levantar pesos faz bem ao corpo e à cabeça

Quando estava a lutar semanalmente em espectáculos da WSW, era frequente ter meses em que tinha cerca de 12 espectáculos ao vivo (com mais do que 1 combate por espectáculo, muitas vezes 2 ou até 3) juntamente com 4 treinos na academia do WP. Ao fim do mês, eram bastantes horas passadas dentro de um ringue.

Essa carga horário teve impacto no plantel do WP. Passado uns meses, em quase todos os espectáculos havia alguém a trabalhar com uma determinada limitação.

No meu percurso, sempre tive a felicidade de, até à data, não ter qualquer lesão séria devido ao Wrestling. Desde cedo acumulei pequenas dores que foram e vieram, mas que em princípio não me acompanharão para a vida. Houve fases em que não podia aplicar força nos pulsos, não conseguia erguer totalmente o braço ou simplesmente colocar o calcanhar no chão. Felizmente, as memórias que tenho são apenas manifestadas em algumas cicatrizes (pelo menos por agora).

E a isso, devo em grande parte ao ginásio. Entre 2006 e 2013, raros foram os dias em que não fui ao ginásio, sendo especialmente importante em 2011 e 2012, quando a carga de combates aumentou consideravelmente. Levantar pesos 5x por semana, juntamente com sauna e alongamentos fizeram milagres no período de recuperação entre 2ª e 6ª feira. Estivesse magoado no ombro, no joelho ou no peito, a verdade é que sempre contribuiu para me aliviar as dores e para me fortalecer a tempo da próxima ronda de combates. Se pensas que o ginásio serve apenas para ficares “grande”, estás muito enganado. Fica a dica.

As drogas e as lesões

O Wrestling é, ainda hoje em dia, fortemente associado a drogas e esse é certamente um tema que merece mais destaque do que meia-dúzia de parágrafos (talvez noutro artigo). No entanto, para este efeito vou ser sucinto.

É importante distinguir 2 tipos:

Os analgésicos

Deverá ser muito confortável estar em dores, tomar um comprimido e ficar aliviado. Mas, como provavelmente já sabes, com as dezenas e dezenas de casos infelizes do Wrestling, esse não é o caminho a seguir.

Se o teu médico receitar, deves seguir o plano- mas não deve tornar-se um ritual. Já muitos lutadores morreram por acordar e tomar dezenas de comprimidos para sair da cama, durante vários anos. Não sejas mais um. Simples.

Os esteróides

No ginásio vais encontrar malta que te vai querer vender alguma coisa para ficares maior/mais forte/mais rápido mais depressa e com menos esforço. Um conselho? Não há atalhos. No Wrestling já não é preciso teres 120 kg de músculo para vingar.

Com disciplina e trabalho, vais progressivamente verificar resultados sem necessitar de “ajudas externas”. O que essa malta se esqueceu de te dizer é que o risco de te lesionares também aumenta consideravelmente, visto que nem tudo cresce ao ritmo que devia. E de pouco te servirá o teu tamanho se não puderes trabalhar.

Já não precisas de ser grande para nada. Agradece à nova geração de lutadores por abrirem caminho- paga um sumo exótico ao Bryan ou uma Pepsi ao Punk!

E por esta semana é isto malta. Aguardo os vossos comentários, mensagens e tweets!

17 Comentários

  1. Dan10 anos

    Muito bom! Eu me interessei bastante nesse artigo, pelo fato de machucar os joelhos e calcanhares (principalmente na perna direita) com mais intensidade do que o normal, isso devido ao wrestling (claro) e ao skate. E Bammer, sei que isso pode me prejudicar no futuro, mas gostaria de saber quais problemas posso ter decorrente do esforço mais “intenso” e qual a atitude devo tomar para amenizar isso tudo.

    • Bruno "Bammer" Brito10 anos

      Obrigado por leres! 🙂
      Os joelhos são realmente um problema, porque o impacto é inevitável. Se tiveres peso a mais, sugiro que comeces por controlar isso visto que muitos problemas se podem resolver se os joelhos não andarem constantemente a carregar peso “desnecessário”. Outro conselho será claro utilizar boas joelheiras, mas isso provavelmente já sabes.
      Não há muito a fazer, é tentar economizar; escolher bem os momentos em que se devem cair de frente, pensar se o dropkick, o splash ou a headbutt valem a pena visto que são golpes que desgastam bastante… por aí.
      E, claro, pedir sugestões ao senhor doutor! 😉

  2. Miguel Costa10 anos

    Gostei do artigo pelo facto de apesar de ser um tópico menos adorado e conseguires (pelo menos a mim) ficar agarrado ao ecrã a ler o artigo!

    Quanto ao uso de substâncias a 1ª ,e mais marcante pessoa, que me veio à cabeça foi o Chris Benoit. Pode ser fácil dizer “não uses esteróides nem pain killers”, mas quem passa 300 dias do ano a ir contra mesas/escadotes, é mais difícil.

    Enfim, parabéns pelo artigo e queria fazer-te uma pergunta:
    Como foi a experiência no seminário com o Davey Richards?
    Não acompanhando a ROH e outras Indies, tenho-me “preparado” para os seus combates na TNA e ele é absolutamente fantástico, porque apesar de ter uma intensidade fora do comum (como tu referiste) ele parece extremamente seguro dentro do ringue.

    Parabéns, novamente, e boa sorte para o teu próximo artigo 🙂

    • Miguel Costa10 anos

      *Fazer-me ficar agarrado ao ecrã

      • Bruno "Bammer" Brito10 anos

        Thanks! 🙂
        A experiência foi excelente, foi um belo fim-de-semana, sem dúvida! Acima de tudo, retirei de lá 3 coisas: a inspiração (é um dos lutadores que mais admiro da actualidade e foi genial poder estar no mesmo ringue), a humildade (já li muitas histórias a dizer o contrário, mas fiquei embasbacado com a humildade daquele que é um dos melhores wrestlers do globo desta geração) e a intensidade (como descrevi ali).
        Para te “iniciares” em Davey Richards, podes sempre recuperar da ROH alguns dos grandes combates dele, como contra o Michael Elgin, Roderick Strong, Bryan Danielson… há muita coisa boa por aí 🙂

        • Miguel Costa10 anos

          Obrigado pela resposta e da ROH é dificílimo achar combates de 03′ a 06′.
          Ainda há pouco tempo tentei achar o Joe vs Kenta e Punk vs Aries e muito pesquisei mas nada.
          O do Richards contra o Elgin achei-o agora num site chinês e vou vê-lo.
          PS: Espero que o Strong não fique decapitado em nenhum.

          • Bruno "Bammer" Brito10 anos

            O Davey/Strong é do Final Battle 2010, se ajudar. O contra o Dragon é durante aquele período em que ele lutou contra alguns da indy scene em modo “despedida” antes de ir para vôos mais altos, portanto também não foi há muito tempo! 😉

  3. PMB10 anos

    Artigo muito interessante Bammer como sempre a prender-me no ecrã 🙂

  4. Henrique10 anos

    Ola Bammer gostei do artigo parabens e uma pena que tem gente que ve o wrestling como um piada gostaria de fazer um pergunta ” Como e feita a gimmick e o lutador que cria , e porque e tao importante pro wrestling em geral ?” abraço

  5. john 3:1610 anos

    Muitos parabéns pelo artigo adorei

  6. Mateus233010 anos

    Olá Bammer,minha pergunta é a seguinte: Quando alguém caçoa do Wrestling como uma encenação,”lutinha ridícula”, o que você responde?

    • Bruno "Bammer" Brito10 anos

      É encenado e não tem mal nenhum nisso. O problema é que muita gente pensa que reparou em algo que mais ninguém verificou e pensa que todos os outros vêem aquilo por acharem que é real.

      A forma como eu respondo a isto é sempre igual- comparo ao cinema. Enquanto fã, também sei que o que está a acontecer à minha frente não é real, mas gosto de ver na mesma. Se a pessoa não gosta de ser Wrestling por não ser real, então talvez seja melhor deixar de ver séries ou filmes, também.

  7. Sawyer10 anos

    Desculpa lá agora fugir um pouco ao assunto deste tema. Mas visto que tu és um lutador profissional de Wrestling em Portugal. Tenho uma pergunta para ti. Eu sempre tive este pensamento de: Quero aprender Pro Wrestling. Mas foi sempre um daqueles pensamentos que sempre pensei que fosse impossível de acontecer. Mas aconteceu, que no ano passado fiquei a saber que o Wrestling Portugal dá treinos. E confesso, que nestes dias tenho pensado muito em ir a esses treinos. Mas penso: Eu não tenho corpo de atleta, eu não sei fazer ataques e de certeza que eles têm lá alunos, que estão naquilo talvez anos. Eu vou para lá sou apenas um coitadinho. Achas que mesmo não tendo nenhuma técnica de lutador de Wrestling e em nenhuma arte marcial, eu devia arriscar e treinar Wrestling com vocês? Sei que podes achar este pergunta estúpida, mas eu tinha mesmo de perguntar isto. Obrigado!

    • Bruno "Bammer" Brito10 anos

      Há níveis muito variáveis na academia. Alguns treinam há uns anos, outros estão no 1º ou no 2º mês. Naturalmente, todos começaram da mesma maneira: sem saber nada, a absorver conhecimento gradualmente desde a 1ª aula. Eu diria que 95% nunca praticou uma arte marcial antes, sequer.

      Não há qualquer motivo para não experimentares- todos começaram assim portanto não vai have rninguém com pena de ti 😉