É uma das discussões mais badaladas entre os fãs da WWE. O regresso da divisão do plantel em dois, distribuídos pelos dois principais programas. Uns, como Daniel Bryan, são a favor desse cenário; outros, entre os quais Chris Jericho, são contra.

Como quem já acompanha os meus comentários há muito tempo deve saber, eu faço parte do grupo que defende a existência de uma Brand Split.

Sei que há quem argumente que não há estrelas suficientes, o que é um facto. Porém, nos últimos três anos foram poucas as verdadeiras estrelas que se construíram, ou mesmo raras.

Dean Ambrose – menos que os restantes -, Bray Wyatt – pelos adversários que já teve na WrestleMania e o estatuto da grande maioria dos seus rivais-, Roman Reigns – já esteve no main-event do maior evento do ano – e, sobretudo, Seth Rollins. São estes os quatro lutadores nos quais a WWE irá confiar o seu futuro (entre outros que entretanto aparecerão). Independentemente dos erros de booking cometidos com eles, foi esse o sinal que foi dado pela WWE aos fãs.

Porém, mesmo juntando John Cena e Randy Orton a este grupo, a manta mantém-se curta. A situação agrava-se quando estes lutadores rivalizam apenas entre eles. Dessa forma, dá-se derrotas desnecessárias a estrelas que deviam ser mais protegidas.

Por exemplo, quantas vezes Bray Wyatt, Roman Reigns e Dean Ambrose já perderam combates na história atual onde estão inseridos, por mais interessante que esta esteja a ser?

Nota-se que a WWE gosta deles e os vê como o futuro, mas não se esforça para os proteger. Outro exemplo claríssimo é a rivalidade entre Seth Rollins e John Cena.

Excelente Wrestling e química, segmentos muitos interessantes e que entretêm os fãs, mas demasiados combates entre eles. Mesmo que não seja essa a intenção, a estrela em ascensão acaba por não conseguir atingir o patamar que era suposto devido às desnecessárias derrotas para com a outra estrela, já estabelecida (e mais do que estagnada).

Cutting Edge #22 - Brand Split

Olhando para o final de 2014, vemos uma rivalidade entre John Cena e Seth Rollins e outra entre Bray Wyatt e Dean Ambrose. Ou seja, pouco mudou desde lá no que toca a estes quatro. E não foram aquelas típicas rivalidades que duram um ano e ficam na História. Tendo em conta que três deles têm que vencer o maior número de rivalidades possível para que olhemos para eles definitivamente como lutadores de topo, este não parece ser o caminho ideal.

É por situações destas que não há o Star Power que devia haver nesta altura. Com o tamanho e qualidade do seu plantel, a WWE podia colocar as suas estrelas prioritárias em rivalidades com outros que não fossem apostas imediatas e, sobretudo, não colocar constantemente rivais que vão lutar em PPV uns contra os outros.

É bom ver que isso vai acontecendo de vez em quando, como quando Bray Wyatt rivalizou com Ryback (que, ainda assim, acabou por conquistar o Título Intercontinental poucas semanas depois) e Seth Rollins venceu um adversário bastante digno, mas ainda longe do main-event, pelo Título da WWE (Neville). Ainda assim, não é suficiente.

O que eu vou dizer agora é controverso e já muita gente refutou. Para mim, o plantel atual é o que mais potencial tem desde o fim da Attitude Era.

Olhando, por exemplo, para o ano de 2004 (que a meu ver foi muito bom), vemos mid-carders como Luther Reigns, Maven, Kenzo Suzuki, que tiveram, inclusive, algum destaque, uns ganhando títulos, outros estando envolvidos em histórias com estrelas de topo.

Será que Maven é superior ou sequer tão talentoso como Cesaro? Luther Reigns foi dos maiores cepos que apareceu na WWE (não, não tem qualquer tipo de relação com Roman Reigns) e teve a honra de rivalizar com Undertaker!

Obviamente que não peço uma rivalidade entre Heath Slater e John Cena, mas as rivalidades de mid-card servem para valorizar aqueles em quem a companhia quer apostar de forma imediata, tendo os derrotados que sair minimamente credíveis das mesmas.

Já que tal não acontece ou só se verifica raramente, a solução tem que passar por dividir o plantel e evitar que as tais estrelas prioritárias rivalizem tantas vezes umas com as outras.

Bem sei que não há muito Star Power atualmente, mas se tal não apareceu sem Brand Split, porque não tentar outra solução?

Cutting Edge #22 - Brand Split

As audiências da Raw não iam baixar de certeza. Os números estão estagnados e por mais lendas que apareçam numa semana, na edição seguinte volta tudo ao mesmo. Como eu já disse várias vezes, a WWE tem que deixar tanto de olhar para os números das audiências e de avaliar a qualidade do seu produto por aí.

Vivemos numa Era em que os programas da WWE ficam disponíveis online logo a seguir a serem televisionados. Por melhor que esteja o produto, os americanos não vão trocar os jogos da NFL por um programa que podem ver poucas horas depois, ou, até, que podem gravar para ver mais tarde!

Basicamente, um fã pode estar a adorar o produto da WWE mas não ver a Raw em direto porque a pode ver pouco tempo depois de esta terminar. Dessa forma, desfrutam dos jogos da NFL e/ou da NBA e do seu programa de Wrestling, sem precisar de escolher entre eles e deixar algum de fora.

Imaginemos, por exemplo, que a Raw e a SmackDown têm os seus respetivos plantéis e que Seth Rollins, Dean Ambrose, John Cena, Roman Reigns, Finn Bálor, Cesaro, The Miz, Cody Rhodes, Ryback e Damien Sandow (com outra construção e, consequentemente, outra credibilidade) fazem parte do plantel do programa principal da WWE.

Será que as audiências iam baixar? Sinceramente, não me parece. Podiam subir um pouco numa semana e descer ligeiramente na seguinte, mas quase que aposto que os números da Raw seriam semelhantes aos atuais. Só aqui estão dez lutadores que se encargariam do main-event (uns) e do mid-card (outros), sobrando ainda vagas para outros mid-cardes e low-carders, assim como a Divisão Feminina e a de Tag Team.

Agora, imaginando que a SmackDown tinha nomes como Bray Wyatt, Dolph Ziggler, Kevin Owens, Randy Orton, Rusev, Sheamus, Sami Zayn (quando regressar aos ringues), Neville, Bad News Barrett, Luke Harper e, eventualmente, Tyson Kidd, será que os números atuais se iam manter? Claro que não. Iam subir.

Randy Orton e Dolph Ziggler já estão suficientemente estabelecidos, por isso têm uma grande legião de fãs que não quereria deixar de os ver em televisão. Como neste caso seriam um exclusivo da SmackDown, os seus fãs só os podiam ver neste programa. O mesmo aconteceria, por exemplo, com Kevin Owens, sem esquecer Daniel Bryan, que disse há pouco tempo que gostava de lutar apenas na SmackDown e ser a cara da brand azul, mas cujo regresso aos ringues é uma incógnita.

Depois, bastaria fazer com alguns lutadores que, atualmente, não imaginamos que alguma vez venham a ser credíveis e fazer com eles o que foi feito com os New Day – mais recentemente – ou mesmo mudanças drásticas, como a que um tal de Husky Harris sofreu.

Cutting Edge #22 - Brand Split

Sem esquecer as presenças de Brock Lesnar e das lendas, julgo que seria muito sustentável o regresso da Brand Split. Compreendi, e até apoiei, o fim da mesma em 2011, visto que no espaço de um ano a WWE perdeu Shawn Michaels, Batista e Edge de forma definitiva, assim como Triple H e Undertaker a tempo inteiro, o que causou um enorme rombo no Star Power do seu plantel. O facto de entre 2007 e 2011 terem aparecido pouquíssimas novas estrelas tornou a WWE refém dos lutadores que já estavam estabelecidos.

Contudo, com a nova fornada de lutadores julgo que será, mais cedo ou mais tarde, inevitável o regresso da Brand Split. Até me pareceu, no início deste ano, que a WWE estava a testar uma mini-Brand Split, com Daniel Bryan a ser usado exclusivamente na SmackDown durante algumas semanas, assim como Dean Ambrose, mas poderá ter sido apenas uma forma de poupar o “YES! Man”, que vinha de uma lesão grave.

O único fator que me deixa de pé atrás em relação ao regresso da divisão do plantel são as Raw’s de três horas.

É óbvio que o plantel da WWE não é suficientemente grande para preencher três horas de Raw e duas de SmackDown (sem esquecer os programas secundários), por isso a redução da duração do programa de segunda-feira seria essencial e obrigatória.

Há quem diga que é impossível o regresso da Brand Split enquanto não houver mais Star Power, mas também se pode dizer que não vai haver mais Star Power enquanto não tivermos de novo uma Brand Split. Isso seria como discutir se quem nasceu primeiro foi o ovo ou a galinha; se um País só melhora economicamente com o aumento da natalidade ou se esta só é possível com o melhoramento económico do País; ou seja, seria inútil e uma perda de tempo.

Acredito que dentro de dois anos a Brand Split esteja de volta, até porque com o potencial que existe neste momento será difícil arranjar espaço para todos depois das subidas de vários talentos do NXT.

Talvez a WWE esteja a preparar esse cenário, que permitiria inclusive uma carga menos pesada para os lutadores que costumam lutar nos dois principais programas, embora tivesse maiores custos financeiros. Da nossa parte (isto é, daqueles que desejam a mudança), resta continuar a esperar e, enquanto não se confirma o regresso da Brand Split, torcer para que a melhoria do produto, nas condições atuais, continue a ser cada vez mais uma realidade.

Cutting Edge #22 - Brand Split

77 Comentários

  1. Dan Lannister9 anos

    Ótimo ártigo Daniel!
    Concordo contigo, parece-me impossivel que a WWE crie grandes novas estrelas sem o retorno da Brand Split.

  2. Bom artigo, Daniel.

  3. Muito bom. Também eu sou a favor, mas já devia ter acontecido, apesar de achar que ainda vai a tempo de isso acontecer. Agora para isso acontecer, ia haver outra coisa positiva, o main event e o supertars iriam ter mais qualidade na minha opinião.

    • Obrigado, André.

      Sim, também acho que os programas secundários beneficiariam com o regresso da Brand Split.

  4. Bom artigo Daniel
    Com a ida da SmackDown para o mesmo canal da Raw em 2016, acredito que a brand split vai acontecer em médio/longo prazo, mas mais importante que isso é que deem um tratamento decente para o SD! ele não pode ser uma sombra da Raw

    • Obrigado.

      Mesmo que eles queiram, é difícil a SmackDown estar ao nível da Raw sem a Brand Split.

  5. Dolph Ziggler9 anos

    Excelente artigo, Daniel.

  6. Nuno Machado9 anos

    Parabéns pelo bom artigo Daniel, acerca da Brand-Split subscrevo tudo o que disseste. Disseste que acreditas que dentro de 2 anos (2017, portanto) que ela esteja de volta. Eu só acrescentaria que o ideal seria mesmo ela regressar já em 2016.
    Continua assim, um abraço

    • Obrigado.

      Concordo. Eu no inicio de 2014 até pensei que voltasse já em 2015, por isso agora dou um prazo de dois anos para não me desiludir tão rápido 😛

      • Nuno Machado9 anos

        É bem visto então Daniel haha 😛
        Oxalá o regresso da Brand-Split se torne realidade. Duas brands (RAW & SmackDown) com os seus próprios rosters, títulos, stages… bem, no fim de contas, seria significado de mais oportunidades para todos.
        Só acrescentaria o seguinte: a RAW voltava a 2h, e o SmackDown seria igualmente em directo

  7. JFSC9 anos

    excelente artigo daniel
    espero que em menos de 2 anos…
    so ficava a ganhar a WWE com a brand split

  8. wwe9 anos

    Oque é Brand Split

  9. Bom artigo

    Sou a favor da brand split. Acho que de momento ha talento suficiente para haver brand e dar um push em condiçoes a certo lutadores como por exemplo Cesaro que está sempre a sofre cortes no push. Mas é importante de dividir bem os lutadores para não ficar desequilibrado.

    E o regresso de um GM também era bom. Acho que o Triple H podia ficar no RAW mas no SD arranjava um novo GM.

    • Obrigado.

      Sinceramente, gostava de ver o Triple H fora de televisão durante uns tempos. Sting na Raw e Big Show na SmackDown seriam as minhas opções.

      • Sim o Triple H podia sair uns tempos mais a Stef, mas agora o Big Show acho que o pessoal já anda mesmo cansado dele devia era estar for durante uns tempos. Por mim mais valia ir buscar alguém com nome tipo Shawn Michaels ou Edge.

  10. Tibraco9 anos

    Quanto a mim, acho que existe Star Power para o regresso da brand split. Talentos como o Cody e o Miz poderiam beneficiar imenso dessa situação. O que para mim não faz sentido é continuarmos a ter a SmackDown nos termos atuais.

    No entanto, não acredito que no curto-prazo eles mudem alguma coisa. Falas em 2 anos, o que em Wrestling é uma eternidade, portanto até pode ser que tenhas razão. Mas não é algo que eu veja a acontecer nos tempos mais próximos.

  11. ZigglerRollins9 anos

    Excelente artigo que nos apresentaste.

  12. Iago_Awesome9 anos

    Bom artigo! Na minha opinião o que é mais urgente ainda é o Raw voltar a ser de duas horas, e se possível também acabar com o Main Event e o Superstars, ninguém assiste isso, pena que o Tio Vince pensa mais na grana e não na qualidade do produto.

    • Obrigado.

      Acabar com o Main Event e o Superstars porquê?

      • Anónimo9 anos

        Eu concordo , acabar com essas Brands secundarias pouparia muito mais os lutadores com potencial para Main Eventer , já que os Main Eventers da atualidade já são bem poupados dessas Brands secundárias , pena que será muito difícil disto acontecer…

      • Mas quem luta nesses programas são os low-carders. Esses programas são necessários.

  13. Excelente artigo Daniel.
    Brand-split é urgente. Existem muitos lutadores que iriam beneficiar com isso.

    Para mim os planteis eram:

    RAW
    -Seth Rollins
    -Cena
    -Reings
    -Kevin Owens
    -Ambrose
    -Orton
    -New Day
    -Wyatt Family
    -Hideo Itami
    -Rhodes

    SMACKDOWN
    -Ziggler
    -Finn Balor
    -Neville
    -Sheamus
    -The Miz
    -Cesaro
    -Sami Zayn
    -Brezee
    -BNB
    -Sandow

    No Raw dou mais gente que tem capacidade de promos e Carisma(Owens,Rollins, Cena, Ambrose e Wyatt) enquanto no smackdown temos mais Wrestling( Ziggler, Balor, Sami Zayn, Neville, Cesaro etc…) No entanto fica bastante equilibrado com lutadores no Smackdown como The Miz, Brezee ou Sandow como “promo guys” e na Raw com grandes wrestlers na mesma.

    Titulo de Tag team e USA na Raw enquanto que “Womens” championship e o IC ficava no Smackdown. Também reformulava o Superstars ou o Main-Event e criava um titulo chamado de WWE Network title onde só podia ser defendido em programas da WWE Network(PPV incluídos)

    GM do Raw- Triple H(face)
    GM do Smackdown- Paul Heyman(heel)

    • Marques9 anos

      Essa ideia do wwe network title é muito boa. Podia dar alguma coisa para fazer a muito boa gente, embora eu prefira a reativação do titulo de meios-pesados.

    • Obrigado.

      Enquanto houve Brand Split, a SmackDown sempre teve mais Wrestling e a Raw mais entretenimento, por isso concordo.

      Ainda não tinha pensado nesse WWE Network Championship. Boa ideia.

  14. Bom artigo,Daniel.

    Eu pessoalmente sou a favor de uma brand split,acho que seria uma maneira de aumentar a qualidade do produto atual e daria interesse a ver o Smackdowm,que foi o programa prejudicado com o fim da brand split.

    Seria também uma oportunidade para criarem estrelas e não viverem do passado,tipo taker,que não vai viver para sempre.

    Em geral,beneficiaria todas as partes:
    A WWE ficava com 2 programas ao mesmo nível e teria melhores audiências, principalmente no smackdown.
    O público ficava a ganhar com 2 programas de qualidade

  15. Guilherme9 anos

    Também concordo com a volta da Brand Split, Na verdade seria bom para todos, para nós que assistimos os programas, para os Wrestlers… mas teriam que acabar com o Main EVent e Superstars aquilo é perda de tempo!, Menos é mais WWE! e outra duas Divisões que não se encaixariam seria o Tag Titles e o das Divas… poderiam colocar á essa é do Smackdown e essa é da Raw mas elas teriam que rivalizar umas contra as outras, são poucas Divas isso ficaria repetitivo demais ;/

    • O Main Event e o Superstars são necessários.

      • guilherme9 anos

        Acho que não são necessário é bem melhor dois programas na semana com qualidade do que 4 sem demasiados ruim, eu por ex: assisto o raw e algumas partes do Smackdown apenas, é necessário apenas para a WWE enchermos bolsos.

      • guilherme9 anos

        Discordo, caso voltassem a Brand Split poderiam voltar com a limpa pòs Wrestlemania… Wrestlers que não se encaixavam mais a empresa era despedidos, assim daria tempo, até porque ia ser duas brands não iria se repetir os Wrestlers… E Main Event e Superstars Sò serve para dar dinheiro e nada de entretenimento, seria bom para a WWE é ruim para nòs

  16. Excelente artigo. Não teria tanta a certeza que a Brand Split volte daqui a dois anos. Pessoalmente, não tenho nenhuma posição, concordo com alguns pontos de cada parte. Neste momento, a WWE tem um produto em que tem um programa principal, um título principal, e está a unir a companhia. Mas se calhar seria mais benéfico para o produto uma Brand Split. Quando comecei a acompanhar WWE no fim de 2010 já a brand split estava a desaparecer, por isso também não tenho uma noção tão claro de como é ter dois programas. Neste último ano tenho feito vários Fantasy Bookings, e no verão fiz um com brand split e até foi aquele que me diverti mais a fazer.

    • Obrigado.

      É uma questão veres programas de há 10/11 anos atrás e perceberes a dinâmica dos mesmos.

      • Ah, e acrescento que os meus amigos, que antes acompanhavam da WWE como marks, estão sempre a dizer que os lutadores antigos é que eram bons. Isto deve-se à falta de criação de estrelas da WWE, e é obviamente um fator contra a Brand Split.

  17. Como sempre, sabias palavras Daniel.

    Nos meus comentários sobre o assunto, sempre deixei claro que sou a favor da Brand Split, para mim ela é uma parte essencial da WWE, trás uma imagem diferente à empresa. Uma hora você vê o RAW com superstars diferentes, com rivalidades diferentes, disputando títulos diferentes, mas na mesma semana tem Smackdown com outra cara e outras rivalidades. Na época isso me deixava muito ansioso e seria ótimo ver isso voltar a acontecer.

    Obviamente há problemas, como você mesmo disse, em relação ao Star Power. Em minha visão apenas os superstars que você disse, possuem personagens fortes o suficiente, para “carregarem” uma brand, colocaria o KO também, mas este acabou de subir se for comparar aos outros. O maior problema é como a WWE forja suas estrelas, pois a mesma têm em suas mãos neste momento um verdadeiro plantel de wrestlers talentosos, uns já no rooster principal e outros são apenas questão de tempo até subirem do NXT. Em relação aos que já estão no rooster principal tenho certeza que a WWE irá pelo menos utilizar de forma correta o KO, apesar de tempos atrás alguns boatos terem surgido falando que oficias da WWE não queriam ele como uma futura cara da empresa, mas acho que são falsos. O Neville é o único que me preocupa de verdade em não ser utilizado de forma correta, ele subiu logo depois da Wrestlemania fez um impacto, mas não se firmou de verdade ainda e apenas tem uma imagem de um super herói que “voa”.

    Agora temos a questão dos que ainda estão no NXT. Se pararmos pra pensar e com muito otimismo, daqui a alguns anos teremos Top Superstars como o praticamente já consagrado e meu atual favorito Seth Rollins, Dean Ambrose, Roman Reigns, Kevin Owens, Finn Bálor, Sami Zayn, Hideo Itami, Bray Wyatt, Apollo Crews e com mais otimismo Daniel Bryan. Esses são o que eu realmente acho que a WWE vai apostar. Com um booking certo podemos adicionar o Neville, Ryback e Kallisto (sei que esse tem problemas com o inglês, mas temos que torce que mesmo passado esse problema a WWE aposte nele e que não vire outro Sin Cara). Portanto teremos um verdadeiro plantel de talentos superstars.

    Sim, com isso tudo concordo que a RAW teria que voltar a ser de 2h.

    Poderiamos além de aproveitar novos talentos, termos PPV’s como o Bragging Rights, que era um dos meus favoritos e a volta do Draft, que também era um momento esperado por mim.

    Enfim, com esses e os já consagrados, Randy Orton, Doplh Ziggler, John Cena, entre outros… Acredito que possamos ter dias gloriosos pela frente. Criar novas caras de cada brand como o Edge foi uma das Smackdown e o Cena da RAW, bem este ainda é haha. Tomara que dê tudo certo e mais uma vez excelente artigo.

    • Muito obrigado.

      Concordo contigo em quase tudo. Apenas preferia não ter o Bragging Rights e ter um SmackDown vs Raw no Survivor Series.

      • É uma excelente ideia, até melhor, pois não precisaria reaparecer com um PPV que já não existe mais, o importante era termos uma rivalidade entre as duas brands.

      • guilherme9 anos

        E esse era um dos combates mais esperados do ano !

  18. Bom artigo, concordo que a brand Split beneficiaria a WWE, mesmo sem grandes estrelas.
    Alguem acha que o WHC e o WWE championship serão desunificados, quem sabe em 2016?

    • Obrigado.

      Duvido que o WHC regresse. O facto de o terem oferecido ao Ric Flair deve significar o seu fim absoluto.

      O Título Intercontinental podia ser o principal da SmackDown, sendo que nesse caso seria necessário outro para o mid-card.

  19. Marques9 anos

    Bom artigo.
    Se a wwe não tem star power suficiente só pode queixar-se de si própria. Nomes como Cody Rhodes, Wade Barrett, Dolph Ziggler, Drew Mcintyre, The Miz, Cesaro, Damien Sandow (com a antiga personagem) podiam muito bem dar bons main-eventers.
    O mid-card hoje em dia até nem esta muito mau( até à bem pouco tempo era pior) mas mesmo assim devia estar bem melhor. O fraco mid-card torna bem mais difícil a criação de main-eventers.

    “Mesmo que não seja essa a intenção, a estrela em ascensão acaba por não conseguir atingir o patamar que era suposto devido às desnecessárias derrotas para com a outra estrela, já estabelecida (e mais do que estagnada).” Esta frase diz tudo. Normalmente quem perde para o Cena acaba sempre por perder o ímpeto e torna-se apenas mais um que desafiou a cara da companhia e perdeu(o Dean Ambrose disse uma coisa parecida num podcast, onde revelou que os Shield recusaram perder para o Cena pois, se tal acontecesse os Shield tornar-se-iam banais).
    Quer queiramos ou não admitir o fator Cena tem dificultado bastante a criação de novas estrelas. O produto PG também não ajuda(basta ouvir o que disse o Stone Cold à uns tempos atrás) pois não dá liberdade aos talentos para tornar a rivalidade mais séria e dinâmica. Eu tenho quase a certeza absoluta que se os outros talentos tivessem a liberdade que o Lesnar e o Undertaker têm eram perfeitamente capazes de apresentar a dinâmica e o realismo que estes dois apresentam nas suas rivalidades.

    • Obrigado.

      Desconhecia essas palavras do Dean. Ainda bem que recusaram e admira-me que a WWE os tenha ouvido. Ainda assim, acabaram por perder a sua onda invicta numa SmackDown…

      Podes crer. Quando o Lesnar e o Undertaker tiveram aquela brawl eu disse logo que nunca deixariam as estrelas full time (tirando o Cena e o Orton) protagonizar um segmento daqueles. Assim ficará sempre a ideia de que os “antigos é que era bons”.

  20. O fim da Brand Split foi uma péssima ideia desde o inicio pois uma empresa que criava cada vez mais conteúdos televisivos e que ainda procurava manter um plantel grande não poderia nunca limitar-se a apenas um programa. É óbvio que a equipa criativa da WWE não tem a capacidade de fazer estrelas sem que tenha duas brands porque a WWE limita o main event a muito poucos e tem medo que alguns percam. O que se passa com o John Cena lembra o que se passava com o Hulk Hogan, sendo que ao menos com este tiveram a coragem de fazer um heel turn para mudar o personagem em alguma coisa que fosse. A WWE tem medo que o Cena perca e acha que está a salvar crianças ao fazer o Cena vencer. Isto notou-se mais claramente no Bray Wyatt, no Rusev e no Kevin Owens, ambos estavam a ser bem protegidos, estavam a criar duas estrelas, mas faltou a coragem de fazer o que estava certo. Mesmo com o Daniel Bryan não foi a WWE que o fez uma estrela mas sim os fãs e o carisma do Daniel Bryan. Disse na altura e mantenho a opinião, era obrigatório o John Cena ter desistido para o Daniel Bryan quando foi o combate do Summerslam em vez de inventarem outro finisher, como teria sido importante a vitória no Royal Rumble, por sorte os fãs estavam conquistados mesmo contra vontade dos fãs. Também o Rusev deveria ter vencido pelo menos um combate e porque não com o tap out do herói americano?! No Roman Reigns faltou a coragem de lhe dar o título e o Ambrose que acaba por se tornar um personagem secundário, não gosto do Zack Ryder mas ele esteve à porta do estrelato até estragarem tudo. Mesmo o Rollins, a única excepção, falta algumas vitórias limpas e as derrotas com o Cena foram péssima ideias.
    Com duas brands teríamos mais star power, um main event mais alargado, menos pressão de quem vem do NXT, mais sucesso do NXT, menos wrestlers perdidos e desaparecidos e uma melhor aceitação dos part-timers.
    Já agora, não vejo ainda a piada dos New Day.

    • O heel-turn do Hulk Hogan aconteceu na WCW e não na WWE. Além disso, era uma época diferente e a WCW viu que tinha essa oportunidade para ganhar terreno nas audiências. O heel-turn do Cena daria um “Boom!”, mas duvido que as audiências subissem por aí além. Beneficiariam, sim, noutros aspetos.

      Se tu continuas a achar que o Bray Wyatt, o Kevin Owens e o Rusev (sobretudo os dois primeiros) não têm futuro como estrelas, não sei o que mais te dizer. Então no caso do Owens parece-me haver um enorme exagero. O único erro talvez tenha sido perder com o Cena apenas duas semanas da estrondosa vitória. De resto, construção normal.

      O Roman Reigns nunca daria um bom campeão enquanto tentassem fazer dele um babyface, sendo contestado por um número alargado de fãs. Fizeram muitíssimo bem em adiarem a conquista do título.

      Em relação ao Dean Ambrose, então para ti qualquer lutador que esteja em “stand-by” deixa de ter futuro? É que parece evidente que ele será uma enorme estrela, de forma completamente natural. Sem a Brand Split é que vai demorar mais tempo do que seria desejável.

      Quanto aos New Day, nem todos gostam do mesmo.

  21. MT bom artigo Daniel…
    Realmente a Brand split ajudaria e mt, mas acredito que a WWE tenha parado de fazer isso, devido ao trabalho e responsabilidades e ter uma coisa mais soft…mas tal como se diz,sem trabalho não há nada..
    Não e que eu queira dizer que a WWE n trabalha, pois este ano está a ser dos melhores, se não o melhor, desde que vejo WWE….

  22. Mas qual seria o título principal do SmackDown??
    Tive uma recente ideia de transformar o NXT numa brand (como o ECW já foi),assim teriamos os titulos principais da Brand NXT e da Brand RAW (O SmackDown seria um show semanal onde as Brands se misturariam).Teríamos então a Brand Vermelha contra a Amarela. E superstars de topo do atual roster da WWE poderiam ir para o NXT já que esta é uma Brand e a divisão poderia ser parecida com a que citaste no teu artigo, só que minha ficaria mais ou menos assim.

    RAW – Brand Vermelha

    Rollins (WWE Champion)
    Cena
    Ambrose
    Owens (Intercontinental Champion)
    Neville
    Barret
    Tyler Breeze
    Randy Orton
    Rusev
    Finn Balor
    Cody Rhodes
    Hideo Itami
    Fandango
    New Day (WWE Tag Team Champs)
    Blake & Murphy
    Lucha Dragons
    Dudley Boyz
    Usos

    NXT – Brand Amarela

    Roman Reigns
    Bray Wyatt (NXT Champion)
    Dolph Ziggler
    Kane
    Cesaro
    Daniel Bryan
    Sami Zayn (United Champion)
    Baron Corbin
    Ryback
    Samoa Joe
    Leo Kruger (PLEASE)
    The Miz
    The Vaudevillains
    The Ascension
    Los Matadores
    PTP
    Luke Harper & Braun (NXT Tag Team Champs)

    O resto seria Jobber
    E cada ano teriamos o Draft

    • O NXT deve continuar como o território de desenvolvimento e dentro dos moldes atuais. É especial desta forma e já tem a sua base de fãs.

      Preferia que “ressuscitassem” a SmackDown.

  23. The V9 anos

    Com o fim da WCW e ECW, a WWF monopolizou a indústria de vez. Pela falta de concorrência e com o roster estrelado da antiga WWF, WCW e ECW, a WWE resolveu criar a sua própria competição: Smackdown versus RAW. O Paul Heyman assumiu o Smackdown com o objetivo de desbancar o favorito RAW na audiência. Ele conseguiu a façanha.

    Vejamos o Smackdown no início da Brand Split:

    Brock Lesnar, Big Show, Undertaker, Hulk Hogan, The Rock, Eddie Guerrero, Chris Benoit, Edge, Kurt Angle, Chavo Guerrero, Rey Mysterio, Matt Hardy, Torrie Wilson, Sable, Stephanie McMahon, Tajiri, Billy Kidman, Paul Heyman, Rhyno e Rikishi.

    Vejamos o RAW no início da Brand Split:

    Triple H, Shawn Michaels, Booker T, Goldberg, Stone Cold, Randy Orton, Batista, Eric Bischoff, Kevin Nash, Test, Stacy Keibler, Chris Jericho, Trish Stratus, Lita, Jazz, Rob Van Dam, Kane, Tommy Dreamer, Scott Steiner, Regal, Goldust, Jeff Hardy, Christian e Ric Flair.

    A WWE atual tem uma boa quantidade de Star Power como RAW e Smackdown possuíam? Não. De jeito nenhum.

    Brand Split poderia ser boa para trabalhar melhor com um roster menor e não inchado. Fora a diminuição de repetição de lutas que não valem storyline alguma e não mudam a situação de ninguém. Assim como os fãs ficariam menos enjoados em ver duas, três ou quatro vezes por semana o mesmo Wrestler. Cansa rapidamente de vê-lo tantas vezes.

    • Edge? Billy Kidman? Matt Hardy? Jeff Hardy? William Regal? Randy Orton? Batista?

      Mas algum destes era uma estrela em 2002? É que olhando agora parece tudo muito cheio de Star Power, mas na realidade não era bem assim.

      Obviamente que havia mais Star Power do que agora, mas não exageremos. Além disso, esse roster não é no início da Brand Split.

      O The Rock nessa altura já tinha o papel que o Brock Lesnar tem hoje em dia e o Steve Austin o papel que o HHH tem hoje. Não contam.

      Explica-me como é que uma Brand Split é boa para trabalhar com plantéis curtos. Onde é que terias lutadores para os dois programas principais e os dois secundários? Como é que fazias os house-shows?

      Precisamente por ter um plantel muito grande (como nessa época tão aclamada) é que é necessário dividir o plantel e parar com essa repetição de combates de que tanto falas, assim com o número de vezes que muitos aparecem.

      Por fim, dizer apenas que John Cena e Batista foram construídos como estrelas ao mesmo tempo, em programas diferentes. Sem Brand Split teria isso sido possível? Não creio.

  24. WWEdge9 anos

    Artigo formidável. Concordo desde o primeiro ao último parágrafo. Este artigo está tão magnífico que não tenho nada a acrescentar, mesmo nada!
    Muitos parabéns pelo ótimo trabalho.

  25. BRRM9 anos

    Excelente artigo, concordo com tudo.

  26. KILL OWENS KILL9 anos

    Excelente artigo. A qualidade aumenta a cada artigo.

    Também sou a favor da Brand Split, mas sendo sincero… se as coisas continuarem da forma como estão, então não vejo taaaanta diferença assim do que ter ou não ter a BS.

    Você vive dizendo que o Booking em 2015 tem sido muito bom, o que eu discordo bastante. O booking tem sido “ok” e isso está longe de ser bom. Só vale a pena ver os atuais programas por causa da enorme qualidade de alguns talentos, mas com esse booking já não dá. NÃO DÁ MESMO. O Owens venceu o IC Title, mas aí é que tá… venceu por que sim. Venceu por que tava na hora, não teve nenhuma construção decente. Entende? E essas Raw’s de 3 hrs tbm não ajudam em nada viu… só ajudam a descredibilizar cada vez mais os talentos. Bato palmas pra isso.

    A solução pra mim é bastante SIMPLES: Troquem os bookers do Main Roster pelos bookers do NXT. Por que é inacreditável que uma DIVISÃO DE DESENVOLVIMENTO tenha Storylines MUITO superiores as do Main Roster. Chega até a ser irônico.

    Então, como eu disse, sou a favor da Brand Split sim, mas do jeito que está o booking, então whatever.

    • Obrigado.

      Eu não digo que o booking tem sido muito bom. Digo apenas que se notam claras melhorias quando comparado com o que acontecia num passado não muito distante. As Raw’s de 3 horas prejudicam, porque quanto mais tempo de programação existe, mais erros de booking acontecem.

      Esse exemplo do Kevin Owens não é dos melhores. Estreou-se numa rivalidade com o John Cena, inclusive vencendo-o limpo na estreia, ganhou uma rivalidade de mid-card com o Cesaro e foi atrás do IC, tendo-o conquistado. Parece-me uma boa construção.

      • KILL OWENS KILL9 anos

        Não estou falando por se tratar exatamente do Kevin Owens, e sim da rivalidade entre ele e o Ryback pelo IC Title, que deixou muito a desejar… e olha que esse é pra ser o segundo título mais importante da companhia. Não teve clímax. Ao contrário da rivalidade com Cena onde teve lá suas falhas, mas ela consegue ser “redonda”. Parece um doença onde reza que o Mid Card não pode ter uma storyline decente a menos que envolva um ME.

        Sobre o booking que ele tem recebido até agora, acho que fez muito mais sentido o do NXT. Eles compreenderam o personagem do KO, enquanto que um tempo depois de se estrear no MR ele passou a ser apenas “mais um”.

    • A divisão de desenvolvimento tinha – e tem – um objetivo: inovar naquilo que o main roster não pode fazer. E, aliás, foi dessa forma, usando o seu o NXT, que eles conseguiram matar a TNA.

  27. Óptimo artigo, gostaria de ver uma brand split novamente na WWE, até porque permitiria dar mais destaque a lutadores que muitas vezes acabam por ficar tapados. Um coisa que eu gostava na brand split eram os General-Managers, acho que poderiam escolher bem os representantes de cada brand, mas apenas prevejo o regresso da brand split com o fim da Autoridade.

  28. Daniel, sempre leio seus artigos e fico de comentar depois, por discordar muito. Desse não discordo em nada.
    Vale ressaltar que os outros são tão bons quanto esse, apenas mais dificeis de comentar :p

  29. Concordo toalmente com você sobre a Brand Split e já falei isso aqui no site um monte de vezes, a WWE tem um plantel gigante, só que usa 80% desses lutadores como jobbers enchedores de linguiça sem trema.
    Dá para dividir as estrelas em duas partes tranquilamente a até arranjar mais espaço para as pessoas que apareceram no NXT e que nós sabemos que não demorar muito para subir ao main roster (Sami Zayn, Finn Bálor, Bayley,etc…), desse jeito eu acredito que não ia faltar star power.