Kevin Owens é um sacana frio e manipulador.

Confesso que não me juntei aos muitos fãs que pularam de alegria quando foi anunciado que a WWE tinha contratado Kevin Steen. Nunca tinha sido alguém que me tinha despertado o interesse. Mal sabia eu que, meses mais tarde, teria uma vontade maluca de entrar pelo computador, agarrá-lo pelos ombros e abaná-lo até que este confessasse o porquê das suas acções. De um momento para o outro, Kevin Owens tornou-se numa numa das personagens mais interessantes e cativantes de ver.

Não do mesmo modo que Brock Lesnar é cativante, como vários têm sugerido. Enquanto Lesnar é uma força da natureza que entra na sala e, literalmente, comanda a atenção das pessoas. Owens é um pouco mais discreto. Sim, este é maior do que vários lutadores do roster, mas os seus pontos fortes são os detalhes. As palavras que escolhe, a forma como responde às perguntas feitas, a frieza e falta de emoção que tem na sua voz. São estes detalhes que fazem a diferença e definem a sua personagem.

Dou todo o crédito do mundo, não só ao responsável pelo booking do NXT, mas também a Kevin Owens por terem criado esta personagem e a dinâmica em que este participa. A dinâmica em que nós, fãs, ou pelo menos eu, vejo Kevin Owens como um dissimulado que está a esconder as suas verdadeiras motivações. Motivações que este se recusa a reconhecer.

A entrevista que Michael Cole fez a Kevin Owens, transmitida há umas semanas, foi simplesmente brilhante. Das melhores entrevistas que Michael Cole tem feito ultimamente e resumiu na perfeição esta dinâmica.

Nesta entrevista, Michael Cole não foi apenas o Michael Cole, comentador da WWE. Michael Cole foi a voz dos fãs que desesperadamente – pelo menos, no meu caso – querem uma justificação para a atitude brutal e cruel que Owens teve com Zayn, um dos seus amigos de longa data.

Opinião Feminina #234 - KO

Cole não foi imparcial, nem acreditou nas palavras de Owens, tal como os fãs. Owens esquivou-se da forma que sabe melhor: usou a família, acusou Cole de falta de respeito e virou a conversa contra ele. Todavia, lançou também mais uma pista sobre as suas motivações ao referir que a entrevista de Renee Young, após ter vencido o Título, foi centrada em Sami Zayn.

Mais uma vez, a atenção e destaque que Sami Zayn recebe parece ser a razão por detrás destas atitudes. Porém, tal é algo que tem sido inferido aqui e ali. Não é algo que ainda tenha sido admitido ou reconhecido abertamente. É algo que – a meu ver e se não estiver completamente enganada – o NXT está a alongar, de forma a culminar no momento em que Owens finalmente baixa a guarda, finalmente perde a estribeiras, e admite que o que fez a Sami Zayn não foi apenas pela sua família.

Acredito que esse é o grande momento que o NXT está a tentar construir. Não vale a pena voltar a dar o Título a Sami Zayn. Não vale a pena este ter outro reinado no NXT. Já está mais que na hora uma estreia definitiva de Zayn no roster principal, especialmente agora que Daniel Bryan está lesionado. Porém, a rivalidade ainda não culminou, ainda existe a sensação que falta revelar algo.

Um dos meus medos, quando esta rivalidade começou, era que a justificação que Owens dava era, de facto, a única que seria usada. E embora não haja nada de errado em fazer algo pela família – algo que pode continuar a ser usado por ele, porque não deixa de ser válido só porque existe inveja à mistura – sentia que era uma justificação demasiado bonita para acções tão bárbaras e insensíveis.

Espero que um inevitável babyface turn de Kevin Owens, visto que este continuará a ser adorado pela audiência do NXT, faça o que fizer, não aconteça antes de vermos este momento fulcral da história acontecer. Sinto que iria por completo desvalorizar as acções que Owens tem tido até agora, todas executadas com uma enorme frieza.

Um dos aspectos positivos desta rivalidade é que independentemente de quais forem as motivações que Kevin Owens teve para fazer o que fez, todas revolvem à volta de uma única coisa: o Título. Esse é suposto ser o objectivo em qualquer competição ou tentativa de recriar uma competição.

Seja em que desporto for, um Título é uma prova de qualidade, esforço e dedicação. Todos competem por ele e, ultimamente, o campeão recebe o Título como reconhecimento e recompensa desse esforço. É um selo de aprovação ao trabalho que foi feito até aquela altura.

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É de louvar que, numa história tão intensa e pessoal como esta, o NXT tenha conseguido manter o Título no topo da lista de prioridades. Em certas rivalidades do género, intensas e pessoais, costuma-se dizer que não precisam do Título para serem importantes, devido ao que já têm em jogo.

Por vezes, mesmo quando o Título é posto à mistura, este por vezes acaba por se tornar num adereço secundário à rivalidade.

Este, felizmente, não é um desses exemplos. O Título é o objectivo de todos, assim como deve ser sempre. É isso que lhe dá peso e importância. É isso que ajuda a que, na posteridade, ajude a criar momentos especiais. É isso que cria legados.

Por isso, a forma como o NXT destacou o impacto que o Título tem na vida do campeão e o que alguém é capaz de fazer apenas para o ter é algo digno de nota.

Ora, mesmo assim, ao contrário dos últimos Takeover do NXT, este não tem tido as melhores críticas no que toca à sua construção e promoção. A meu ver, uma das razões para os fãs sentirem isto revolve à volta da admissão das motivações de Owens.

Embora tenha tido excelentes segmentos, brilhantes entrevistas e não se tenham encontrado demasiadas vezes, a história de Sami Zayn e Kevin Owens não avançou significativamente. Encontramo-nos numa situação bastante semelhante à que nos encontrávamos antes do NXT Takeover: Rival. A única grande diferença é que o Título mudou de mãos.

Não acho que tal seja, propriamente, um problema. A construção não foi, de todo, má e não tenho quaisquer dúvidas que o evento estará à altura dos últimos eventos especiais, simplesmente acredito que o NXT está a tentar contar a história de Owens e Zayn a um passo calmo e cuidado de forma a aumentar a antecipação dos fãs.

Este tipo de booking é bastante tradicional do NXT. É um estilo pensado e paciente. Os grandes momentos e as grandes rivalidades não são aceleradas ou adiantadas seja por que razão for. Exemplo disso foi a forma como Kevin Owens lidou com obstáculos como Alex Riley e Finn Bálor, enquanto a sua rivalidade com Sami Zayn – a mais importante e o grande embate que todos queriam ver – se desenvolvia com mais calma.

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Alex Riley não era um talento que tinha deixado saudades, mas a forma como a sua curta rivalidade com Kevin Owens se desenvolveu foi excelente. A tensão na mesa de comentadores era palpável, especialmente com Kevin Owens a transmitir raiva sem sequer elevar a voz.

Momentos como Owens, como verdadeiro rufia que é, a despejar uma garrafa de água em Riley, a não se esquecer de agredir Riley uma última vez durante a fuga ou a rir-se de forma cruel depois de aplicar a powerbomb na borda do ringue consolidavam ainda mais a sua personagem e tornavam a rivalidade divertida de assistir.

Sim, era previsível. Mas não era algo que já tivéssemos visto muitas vezes ao longo de várias semanas, nem Riley era alguém que já tinha perdido para todo o roster. Pelo menos, não recentemente.

Tudo isto funcionou e tornou uma rivalidade de meras semanas, uma rivalidade que existia com o único propósito de queimar tempo até Sami Zayn, em algo interessante.

Um perfeito exemplo de que queimar tempo pode ser previsível, desde que não seja também enfadonho e repetitivo.

Os combates não foram nada memorável ou digno de nota, mas não tinham de ser. Owens precisava de dominar e continuar a construir o seu reinado progressivamente. Depois da destruição de Zayn, venceu Neville, que estava de saída do NXT, atormentou Alex Riley e enfrentou o candidato principal ao Título (da altura), Finn Bálor.

Ora, Finn Bálor não é Alex Riley. O seu talento, carisma, experiência e potencial é completamente diferente, portanto era completamente natural que Bálor representasse uma ameaça maior.

Outro dos meus receios, referido no último artigo em que abordei este tema, era o envolvimento de Finn Bálor nesta rivalidade, pois a última coisa que queria ver era a história de Zayn com Owens transformar-se numa Triple Threat com Finn Bálor à mistura.

Talvez o NXT conseguisse fazê-lo de forma exemplar, mas mesmo assim, Zayn e Owens já têm algo tão pessoal em jogo que não soa bem colocar alguém de fora à mistura.

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Inicialmente, fiquei um pouco desiludida por ver que o combate entre Bálor e Owens não iria ocorrer num evento especial e que Bálor não iria aparecer na sua forma demoníaca. No entanto, a forma como a WWE apresentou tudo fez sentido. O combate ocorreu na semana de Wrestlemania e foi um dos dois únicos combates da noite, sendo que o outro foi a defesa do Título feminino.

Também fazia todo o sentido que a versão demoníaca de Bálor não fizesse uma aparição numa mera edição do NXT. Tal é algo que precisa de ser protegido e não banalizado. Além disso, como esta rivalidade existia apenas para manter o campeão credível e entretido enquanto a rivalidade com Sami Zayn não avançava, não se justificava fazer toda a pompa e circunstância.

A semana em que o combate ocorreu, o facto de ser uma das duas únicas defesas a ocorrer naquela noite e a qualidade do combate bastou.

Assim como deixou uma porta aberta a um novo combate entre ambos, desta vez com a versão demoníaca de Bálor. Acredito que o NXT esteja a guardar isso para depois da rivalidade com Zayn terminar.

Mais uma vez, o combate de ambos foi excelente. Apenas deu vontade de ver mais e os fãs na audiência adoraram. Bálor não perdeu absolutamente nada por perder o combate e Kevin Owens continuou a somar vitórias limpas e credíveis.

A rivalidade com Sami Zayn retomou e teve um dos seus grandes momentos esta semana.

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Nos últimos tempos, pouco causou mais raiva do que o silêncio de Kevin Owens durante a promo de Zayn no último NXT. O seu olhar vazio, enquanto contemplava as palavras de Zayn. E, finalmente, a noção de que Zayn nem era digno de ser olhado nos olhos durante a sua promo. A promessa de uma lesão definitiva foi a ameaça perfeita para promover este evento que está assombrado por lesões.

Até ao momento, a lesão de Sami Zayn foi reconhecida (e até mencionada no último NXT, após uma edição do segmento final), mas a WWE ainda não anunciou quaisquer alterações ao evento. A minha sugestão, para a eventualidade de Zayn não poder competir, seria fazer o combate de Bálor, Breeze e o substituto de Itami pela oportunidade de enfrentar Owens no main-event do mesmo evento. Isto abria a possibilidade de Bálor usar a sua versão demoníaca em Owens.

Breeze é também um nome aceitável, se o NXT quiser guardar este combate de Bálor e Owens para uma ocasião que tenha sido melhor promovida. O mesmo se aplica ao possível substituto.

A minha preocupação com Sami Zayn vai um pouco mais além de uma possível lesão. Admito que estou curiosa para ver como é que o combate dos dois no Takeover, se ocorrer, se vai desenvolver. A história precisa de avançar significativamente se for para os dois se encontrarem novamente, o que acredito será o objectivo, visto que Owens ainda não admitiu nada.

Estou curiosa em ver como e o que é que Zayn vai conseguir que Owens perca as estribeiras, baixe a guarda e admita. Não precisa de ser no Takeover, mas acho que seria a ocasião ideal para avançar nesse sentido.

A meu ver, a admissão de Owens será a grande vitória de Zayn na rivalidade, pois como já referi no início, não se justifica dar-lhe outro reinado com o Título do NXT. Ultimamente, Owens deveria mandar Zayn para o roster principal. Certamente consolidava a sua reputação como vilão no NXT.

É uma questão de esperar para ver como é que a lesão de Zayn afectou ou vai afectar os planos do NXT e da WWE.

Enfim, desejo um excelente Payback e Takeover a todos, peço a todos que, como normal, apostem na League e, se estiverem interessados, oiçam as previsões que eu e o PM temos para o Payback no Tretas, dizem eles!. Sigam a página de Facebook, pois a nova edição já está disponível.

Até à próxima edição!

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14 Comentários

  1. Wrestling Life9 anos

    Fantástico Artigo. Resume muito bem não só o que faz esta rivalidade, mas também o porquê do NXT ter tanto sucesso.

  2. Muito bom.

  3. Lúcio Targino Jr.9 anos

    Ótimo artigo. Vejo Owens carregando na costas tudo que está girando em torno do NXT Title, espero que continue assim até um bom. Essa foi uma boa última rivalidade pra o Zayn no NXT. Agora é hora de ir rumo ao Main Roster.

  4. Muito bom, e bem me tinhas dito que seria em breve que ias falar dele.

    Eu admito que apesar de ter vibrado, tinha muito medo do booking ou do tratamento que ele iria ter na WWE. A forma como a WWE o tem tratado tem sido brilhante.

    Sei que estamos a falar do NXT, mas não seria assim tão difícil manter esta dinâmica no momento em que ele vá para o main-roster. Ele é um sacana, sem escrúpulos mas é isso que o torna único e um dos melhores heels do Pro Wrestling actual( não só do NXT).

    Adorei a entrevista tanto a do Owens como a do Zayn. Foram dos melhores momentos do ano da WWE em termos de segmentos que ocorrem fora do ringue. A forma como ele não precisa de berrar para ser ameaçador com os seus adversários é notável, tal como ele consegue falar parecendo “real”.

    Eu acho que ele não fica face( posso estar errado), mas Uhaa Nation e Samoa Joe podem ser suficientes para aguentar o topo do card do nXT para os próximos tempos.

  5. Excelente artigo,Salgado.
    Falaste de um tema interessante,em geral concordo com aquilo que escreveste.
    Para mim a personagem do Kevin Owens é de um rufia que faz o que for preciso para chegar aos seus objetivos.
    A historia que foi contada entre ele e o sami zayn foi uma historia muito interessante e que culminara num grande combate entre eles no takeover,que estou ansioso para ver.
    Alias,e por estas historias e combates serem bons que o NXT é um produto muito bom para assistir.

    PS:Desejo um bom PPV a todos!!!

  6. K.O9 anos

    Sempre tive curiosidade de ver Kevin Steen na WWE, pelo fato de que sempre era o centro das atenções nas indies, não só pelo seu arsenal em ringue, mas porque ele transpirava carisma. Não era só mais um que vai lá e faz maravilhas em ringue. Ele sempre teve algo notável, principalmente como heel.

    Como dissestes ele não tem a presença que Lesnar tem. Mas ele consegue transmitir sua frieza ou raiva, e não apenas nas suas ações, mas ao microfone também. Sua construção até agora anda perfeita. Debutou com impacto enorme. E a execução da personagem vem sendo um sucesso. O bom é que a WWE utilizou o fator amizade entre Kevin Owens e Sami Zayn das indies para logo de cara construir uma rivalidade que pode ser das maiores da história. A mistura da emoção de Zayn e da brutalidade de Owens torna a rivalidade tão natural. É a química perfeita. E tenho certeza que KO algum dia será top heel e concentrando a atenção de milhões de pessoas nele, fazendo Jim Cornette engolir suas palavras.

    Enfim, mais uma vez excelente artigo.

  7. Excelente artigo como sempre, sensacional e esta feud já merecia.

    Eu não acompanho Indys e apenas conhecia o Kevin Steen de ouvir e ler, nunca vi combates dele mas diziam que tinha muito talento, no entanto tinha medo que a WWE o estragasse porque é o costume, contudo com a NXT deixei de ter esse medo porque se trabalha muito bem lá, o El Generico prometia ser um desastre e previu-se o pior mas a WWE deu a volta com o Sami Zayn, etc, etc, a primeira vez que vi o Kevin Owens fiquei logo fã e vi que estava ali um talento de enorme potencial e realmente a WWE escolheu a “gimmick” e o booking ideais e correu tudo bem, além de ser uma besta no ringue é incrível a maneira como não transmite sentimentos e consegue ser rude e ameaçador sem berros ou fúrias desmedidas, as suas expressões e olhares chegam para transmitir o que sente.

    Adorei as entrevistas do Owens e do Zayn que só beneficiam a feud e a tornam mais intrigante e pessoal, deu um toque de realismo à história e o Michael Cole também esteve muito bem, neste momento já é um dos melhores heels na companhia e espero que não se torne face num futuro próximo, embora seja provável, é um daqueles talentos que já estão prontos para o Main-Roster e vão triunfar mesmo com pouco tempo de NXT, espero que o Zayn esteja em condições de lutar e o combate aconteça, senão que venha uma das alternativas que disseste.

    Bom trabalho Salgado. 🙂

  8. Cronos HHH9 anos

    otimo artigo

  9. 434 Days9 anos

    Excelente artigo novamente.

    Realmente esta rivalidade Zayn vs Owens apresenta pontos muitos interessantes e pessoais, o que apimenta ainda mais os confrontos entre eles. Toda a história entre os dois e as respectivas atitudes de ambos actualmente está a criar uma grande dinâmica na feud. Enquanto que o Zayn quer explicações e continua a ser o mesmo atleta determinado e corajoso, O Owens está desempenhar um papel fantástico. Ele dá a imagem de ser um gajo que tanto pode ser porreiro ou absolutamente perigoso. Enfim, tem um carisma único. Espero que tenham um grande combate no Unstopabble se o Zayn tiver em condições.

  10. Excelente artigo. Dizes que uma das virtudes do NXT é construir as storylines com calma e paciência, mas esse é para mim o único defeito do NXT. Claro que prefiro ver histórias construídas com calma a vê-las construídas em 3 semanas, como no caso de muitos PPV’s da WWE. Mas às vezes as histórias são construídas tão lentamente que há certos NXT’s que são aborrecidos.
    “Estou curiosa em ver como e o que é que Zayn vai conseguir que Owens perca as estribeiras, baixe a guarda e admita. Não precisa de ser no Takeover, mas acho que seria a ocasião ideal para avançar nesse sentido.” Como é que achas que o Owens podia revelar a razão de ter atacado o Zayn durante um combate? Agora fiquei curioso.

  11. Ótimo artigo, Salgado!

    Confesso que não sabia muito do Steen antes de ele se estrear na WWE. É um atleta fantástico, a sua forma física faz todos pensarem que ele é só um gordo que mal consegue se mexer no ringue, quando faz moves excelentes. Sou da opinião que ele não perca o título do NXT e só tenha o seu título retirado após ir ao main Roster pelo fato de o NXT precisar do seu título com um wrestler ativo, um pouco a exemplo do que ocorreu com a Paige e o Women’s Title. Isso iria dar uma grande credibilidade para ele.

    O Owens tem tudo para ser uma grande estrela, é só os bookers não inventarem moda e estamos vendo a ascensão de um grande wrestler. Isso porque ele não é uma espécie de Cesaro, que tem uma habilidade fantástica no ringue, mas deixa a desejar no carisma e nas mic skills. Ele é frio, calculista, interpreta o personagem na perfeição e transmite isso a cada palavra ou a cada ação, como você havia falado.

    Mas posso esperar por esse Takeover.

  12. Excelente artigo Salgado, resume na perfeição o que tem sido a rivalidade entre KO e Sami Zayn.

    Pessoalmente espero mesmo que o Sami consiga lutar. Como tu, perto do fim escreveste, as palavras do KO no final da promo, de que ia magoar tanto Sami que ele desta vez não iria voltar, para mim, soou a último combate dele na NXT e depois seguiria para o main-roster.

    Tal como tu também, creio que o Sami não precisa de outro reinado como campeão, embora o que tenha tido tenha sido pequeno, mas não necessita disso. Necessita sim é de subir degraus na sua carreira e de se cimentar no main-roster, como o Neville já anda a fazer e muito bem.

    Lutar pelos títulos de mid-card é o que se seguirá, com certeza, e talvez vejamos o Sami e o Neville com ambos e a feudarem por um deles. E que Finn, Tyler, KO, etc, se sigam num futuro próximo. Muita qualidade nesta NXT, mas isso já nós sabemos, semana após semana.

    Mais uma vez, excelente artigo 🙂

  13. Brock Lesnar9 anos

    Para ser sincero, estou um pouco desapontado com esta rivalidade Zayn vs Owens. Não é que seja má, longe disso, mas eu tinha as expectivas muitol altas, afinal de contas, El Generico vs Kevin Steen foi provavelmente a melhor rivalidade da história do circuito independente, onde a adição de wrestlers como Colt Cabana e Steve Corino à mistura foi muito bem escolhida, e a história de uma grande amizade que virou ódio nunca foi tão bem construída no mundo do wrestling. Os dudes tinham combates brutais, cada vez mais doentios, e foi optimo ver o Generico recuperar a mascara na Final Battle de 2010 e a expulsar o Steen da ROH terminando assim o primeiro . Felizmente, com isto não foi propriamente o final da feud e ainda vimos mais deles na RoH como aquele Ladder War, que apesar de achar super overrated, vale só pelo final, em que o Steen vence do mesmo modo que toda aquela guerra começou.

    Mas falando do Owens em especifico, primeiro fiquei muito feliz por ele ter finalmente saído do circuito indy, até porque já pouco tinha a fazer lá. E era um desperdicio um brawler daqueles e um talker daqueles ficar um pouco “preso” ali. Falas aí de um face turn do Owens, e eventualmente isso irá acontecer, até porque ele é óptimo como anti-heroi, ou seja teremos um babyface no topo da NXT diferente daquele que foi Zayn em 2014 ( Zayn é para mim, devido às suas capacidades de gerar emoções dentro e fora do ringue entre outras coisas, o melhor babyface no Mundo).

    Completamente, de acordo em relação aquilo que falas em relação ao booking do NXT. O facto de não haver tanta pressão, e das storylines não terem de ser alteradas, avançadas torna o produto com uma qualidade muito melhor. Infelizmente é algo que não possivel fazer no main roster.

  14. Excelente.