A tradição do Battleground ser um evento tépido, sem interesse ou destaque que perdure, foi contrariada no passado domingo, quando uma das figuras mais icónicas da indústria fez uma aparição (semi) surpresa.

De certa forma, as aparições de Undertaker no Battleground e na Raw da noite seguinte foram tratadas como um verdadeiro regresso, desde que a Streak tinha terminado na Wrestlemania XXX. Não só o combate com Bray Wyatt na Wrestlemania XXXI tem sido ignorado, como o próprio Undertaker não marcou presença durante a construção do evento.

Porém, não é a vontade de contar uma boa história envolvendo o fim da Streak e a busca por vingança de Undertaker que motivou o seu regresso. Muito pelo contrário.

Tal como a esmagadora maioria dos fãs tem notado, o regresso de Undertaker é apenas a última grande manobra a que, em desespero, a WWE recorreu para combater o declínio das audiências.

Neste aspecto, a companhia sempre se comportou de forma previsível. Regresso de grandes personalidades, a promessa de anúncios que irão ter um grande impacto no panorama da companhia e o uso de celebridades são algumas das muitas manobras que a WWE tem usado ao longo dos últimos anos para resolver o problema que a audiência da semana seguinte representa, sem nunca reconhecer que estas estratégias não funcionam a longo prazo.

Como seria de prever, é esse o problema. Esse será sempre o problema.

Opinião Feminina #244 - Panic Mode Activated

O Battleground foi palco de mais que um acontecimento. Aliás, dois acontecimentos ocorreram no Battleground que, embora não pareça, estão interligados e, juntos, exibem o padrão do comportamento da WWE e enaltecem os problemas que o mesmo apresenta.

Kevin Owens perdeu para John Cena, no terceiro combate da rivalidade, e Undertaker fez o seu regresso no main-event, meras semanas depois da WWE Raw ter tido das piores audiências desde 1997; isto numa noite sem competição séria.

Começando por Kevin Owens, devo assinalar que não tive problemas com a derrota em si ou até com a submissão envolvida. Se o combate tivesse acontecido em Setembro ou Outubro – ou até mais tarde – o seu impacto teria sido completamente diferente, mesmo que o final continuasse a ser uma derrota por submissão.

O problema começou quando o segundo combate de John Cena e Kevin Owens foi anunciado. O anúncio foi feito pouco depois da vitória de Kevin Owens no Elimination Chamber. Mal os fãs tinham digerido o raro acontecimento que é ver John Cena a perder, de forma limpa, e já a WWE estava a anunciar a desforra.

Kevin Owens teve apenas duas míseras semanas para esmiuçar o que vai ser, durante muito tempo, o maior feito da sua carreira. Owens deveria ter passado semanas, quiçá meses, a vangloriar-se daquilo que apenas um grupo muito exclusivo de estrelas alguma vez conseguiu fazer.

Esta atitude não teria embaraçado ou prejudicado John Cena, apenas teria valorizado ainda mais Kevin Owens.

Não foi isso que aconteceu. Duas semanas depois da sua grande vitória, a bolha rebentou e Kevin Owens perdeu. O combate foi extremamente competitivo e Kevin Owens escapou-se a muitas manobras de John Cena. Este não foi, de forma alguma, descredibilizado.

Mas, a novidade tinha passado. Este tinha-se tornado mortal. Duas semanas depois de se estrear e já tinha sido derrotado. Duas semanas depois do maior feito da sua carreira e este já estava em pé de igualdade com a pessoa que tinha derrotado.

Nessas duas semanas, a WWE perdeu a oportunidade de ouro de deixar Owens tornar-se em algo mais que um main-event. Tornar-se uma estrela. Owens pode ser anunciado para o main-event de qualquer evento da WWE – à excepção da Wrestlemania – que a maioria dos fãs não irá questionar a decisão.

Mas, estarão os fãs, em massa, a comprar eventos por causa dele? A ligar a televisão para o ver?

Porque é por isso que a WWE foi buscar Undertaker. A companhia precisa de alguém que tenha um impacto significativo e, com a descida das audiências, verificou que nenhum dos novos nomes que tem no roster o tem.

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Em cerca de cinquenta dias, a WWE fez de Kevin Owens apenas mais um indivíduo no roster que tinha rivalizado com John Cena. Sim, venceu John Cena de forma limpa no primeiro combate, mas o momento passou tão depressa que não teve o impacto que deveria ter tido.

Agora, Owens está a fazer o que outros membros menos importantes do card fazem: separar Undertaker e Brock Lesnar. Rusev, antigo adversário de John Cena, era outro que também se encontrava no segmento.

Enquanto Kevin Owens e Rusev se esforçavam para manter Undertaker e Brock Lesnar separados, estes faziam aquilo que a esmagadora maioria do roster não consegue fazer: promover o Summerslam. E faziam-no usando armas que a esmagadora maioria do roster não pode usar.

Na fantástica brawl que tiveram na Raw, Undertaker e Brock Lesnar provaram porque é que são estrelas. Provaram porque é que vendem. O que fizeram teve uma intensidade e sensação de realismo que raramente se vê hoje em dia.

Não se sentiu que era uma coreografia. Não foi apenas um bom segmento entre duas pessoas que estavam a fingir odiar-se. Pelo contrário, parecia tão real que foi dos segmentos mais empolgantes de assistir.

Isto por várias razões. Primeiro, ambos têm uma aura tão espectacular e imponente que é impossível ficar indiferente, especialmente quando estão a chocar um com o outro.

Segundo, tenha sido um momento planeado ou não, Brock Lesnar teve um momento em que pareceu agir como se, de facto, estivesse naquela situação e quisesse chegar a Undertaker a todo o custo. Em vez de tentar atravessar com o ringue que estava apinhado de pessoas, este resolveu simplesmente correr à volta do ringue. Foi brilhante.

Terceiro e, mais importante que tudo, no mundo incrivelmente controlado que é a WWE, Undertaker e Brock Lesnar têm mais liberdade que o mais comum dos main-eventers. Ver Brock Lesnar a prometer matar Undertaker, apenas para este responder em tom ainda mais desafiador, é uma lufada de ar fresco na apresentação da WWE.

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Não acredito que tenha sido planeado pela WWE, mas também não interessa se foi. A sensação que transmitiu foi outra. Foi realista. Foi adrenalina pura. É aquilo que raramente se consegue hoje em dia.

É com esta facilidade que as estrelas de hoje em dia, quando comparadas a Undertaker e Brock Lesnar, são vistos como meros amadores e por isso, irão continuar a vender como meros amadores.

Não sou da opinião que a vitória pelo Título de Estados Unidos teria voltado a colocar Kevin Owens no mesmo caminho ao estrelato em que este estava quando venceu John Cena. Porém, poderia ter sido um passo significativo nessa direcção.

Não foi isso que aconteceu. No Battleground, a WWE recuou no processo de criação de uma potencial estrela e usou a mesma estratégia que usa quando está desesperada, sem querer saber da forma como isso a prejudica imensamente o seu produto a longo prazo e aumentar os problemas com as audiências.

A mensagem que estas duas acções mandam é destrutiva.

John Cena – a maior estrela que a WWE criou depois da Attitude Era, o eterno super-herói – a perder de forma limpa é algo que foi banalizado. Não digo que da próxima vez que acontecer não vá significar nada – não vou assim tão longe – mas vai significar menos do que poderia significar, visto que não significou muito para Kevin Owens.

O resultado desta experiência, e não estou a falar de quem ganhou a rivalidade no fim, mas do balanço geral da rivalidade é que Kevin Owens foi só mais um. E isso vai para sempre ser um asterisco presente nas próximas rivalidades de John Cena, especialmente quando alguém o voltar a vencer de forma limpa.

Essa é das primeiras grandes consequências dos eventos do Battleground.

Outra grande consequência é bastante óbvia e já foi mencionada. O regresso de Undertaker e a sua rivalidade com Brock Lesnar em nada resolve os problemas da WWE com as audiências. Estes regressos e a falta de criação de novas estrelas apenas reforça o que muitos fãs já pensam: não vale a pena ver WWE, excepto em época de Wrestlemania e/ou época de Summerslam.

Esta atitude apenas irá aumentar ainda mais a diferença de audiências e interesse no produto dessas duas épocas para o resto do ano. A disparidade será ainda maior e as descidas ainda serão ainda mais a pique.

Isto não é apagar um fogo, é atirar mais lenha para a fogueira.

Quanto mais vezes a WWE pára o presente para deixar o passado resolver os seus problemas, mais os fãs acham que o presente não interessa. E isso não é forma de criar um futuro.

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Especialmente quando o mesmo é posicionado como inferior repetidamente. Undertaker e Brock Lesnar, pelas personalidades que têm e carreiras que têm, já são vistos como superiores, não precisam da ajuda da WWE para tal. Exemplo deste problema de posicionamento é a forma como o campeão principal da WWE, Seth Rollins, foi retratado.

Desde que venceu o Tìtulo que Seth Rollins tem sido retratado menos como campeão e mais como uma criança insolente que precisa de ser posta no lugar. Uma mera inconveniência para muitos heróis e que apenas tem o Título porque outras pessoas, bastante mais importantes, assim o querem.

Tal como no Money in the Bank, este tinha, no Battleground, uma oportunidade para se afirmar como estrela, apesar do booking de que é alvo. O que se passou foi que este foi vítima da raiva de Brock Lesnar durante meros minutos, até desaparecer por completo e dar espaço ao que é realmente importante.

Toda a construção do combate principal do Battleground revolveu à volta de Seth Rollins. Da forma como Seth Rollins não iria ter ninguém para o proteger e ajudar. Era tudo sobre Seth Rollins e o castigo que este iria sofrer às mãos de Brock Lesnar. Até ao gongo tocar.

No momento em que o gongo tocou, Seth Rollins tornou-se absolutamente irrelevante. Este já era visto como tal dado seu papel e importância, quando comparado à Autoridade, mas isto confirmou ainda mais o seu estatuto.

E se antes, com a Autoridade, os fãs não estavam interessados em ver Seth Rollins, então agora a situação mantém-se. Prova disso basta ver as audiências desta semana.

Como seria de esperar, a segunda hora da Raw foi a mais vista, pois teve a brawl de Undertaker e Brock Lesnar. No entanto, um bom número de espectadores não ficou durante muito mais tempo, tornando a terceira na menos vista. A mesma terceira hora que começou com as promos de Seth Rollins e John Cena.

Isto pode significar tudo, como pode não significar nada. As audiências da terceira hora apresentam, por hábito, uma queda, devido ao cansaço que a audiência sente de estar a assistir a três horas de seguida.

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Porém, quando temos em consideração que o Battleground, com a promessa que Brock Lesnar iria arrasar com Seth Rollins, teve o pior avanço de bilheteira de todos os eventos do ano até agora, penso que é óbvio que a WWE não tem andado a fazer favores nenhuns aos seus talentos, especialmente ao campeão principal.

Para reafirmar ainda mais a irrelevância do campeão e, por consequente, do Título principal, o combate de Undertaker e Brock Lesnar é a grande atracção do Summerslam. Não me interpretem mal, o combate seria sempre uma das atracções principais – senão a principal – de qualquer evento em que estivesse.

O problema é que foi o primeiro combate anunciado. O problema é que é claramente o mais importante. O problema é que a WWE não tem outro combate que tente promover como importante. Está mais que claro que o que interessa, no Summerslam, é Brock Lesnar vs Undertaker.

Não há outra estrela do roster actual que lhe consiga, sequer, chegar aos calcanhares. Nem o campeão principal tem combate agendado ou candidato principal definido. Isto depois de ser completamente dominado num combate de minutos por alguém que, mais tarde, foi também dominado por outra estrela.

O simbolismo deste booking diz tudo o que há para dizer e impede que qualquer estrela de main-event se torne em algo mais.

Os fãs estão desinteressados o produto, no seu geral, porque não estão interessados em ninguém que lute a tempo inteiro. Não há ninguém que os empolgue, que os faça vibrar, que os chame à atenção e que os faça gastar quantias significativas de dinheiro para o provar.

Nem quando estas pessoas lutam com Brock Lesnar.

Portanto, a solução é anunciar um combate que não faz sentido nenhum acontecer e que, por completo, ignora a realização de outro combate que, por acaso, envolvia Bray Wyatt, uma das potenciais grandes estrelas de amanhã.

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A minha preocupação, neste momento, é o balanço final da rivalidade. Brock Lesnar, em circunstância alguma – seja Summerslam ou Wrestlemania, deve perder para Undertaker, mas acho tal bastante improvável, especialmente se lutarem novamente na Wrestlemania 32 como já se está a especular.

Quando Brock Lesnar acabou com a Streak, em 2014, este voltou a recuperar um pouco da aura de Besta que tinha quando regressou em 2012. Antes da derrota contra John Cena, antes da rivalidade com Triple H que o trivializou por completo. Brock Lesnar voltou a estar na boca do mundo e a ser encarado como a força destrutiva que nunca deveria ter deixado de ser.

Uma derrota contra Undertaker, no Summerslam ou na Wrestlemania 32, irá reverter tudo isso. Brock Lesnar irá sempre ser especial, irá sempre ser diferente e, em comparação consigo, a maioria dos talentos não será levada a sério, mas ele deixará de ter o mesmo impacto.

Ele nunca recuperou totalmente o impacto que tinha em 2012, mesmo depois de conquistar a Streak, quanto mais se agora for derrotado por Undertaker.

A WWE assinou um contrato milionário com Brock Lesnar que irá durar três anos. Este não está a render à WWE tanto ou mais do que aquilo que custa e quando rende significativamente, é quando está a enfrentar Lendas ou nomes estabelecidos.

Como é que ele pode ser usado para render e, ao mesmo tempo, lançar novas estrelas, se for derrotado por uma estrela que está practicamente reformada, cujas aparições anuais se limitavam à tradição e apenas agora se transformaram numa medida de desespero?

Os fãs revoltaram-se contra Brock Lesnar vs Roman Reigns, graças ao booking da WWE, e não ficaram convencidos com Seth Rollins vs Brock Lesnar – também graças ao booking da WWE – e a solução é ter Undertaker a derrotá-lo? O que é que isso alcança? O que Brock Lesnar precisa de fazer é começar a ter rivalidades fantásticas com as estrelas de hoje. O momento que teve na Raw, com Undertaker, precisa de acontecer com um main-eventer de hoje no lugar de Undertaker.

É a única forma de render Brock Lesnar de alguma maneira. É a única forma de usá-lo para lançar alguém. Até agora, este tem sido usado para render muito menos do que aquilo que custa e nada mais.

Neste momento, as únicas verdadeiras estrelas que a WWE tem no roster são Brock Lesnar, Undertaker, Triple H, John Cena e Stephanie McMahon. Isto, mesmo com toda a qualidade que Brock Lesnar e Undertaker apresentaram na Raw e com certeza irão apresentar ao longo das próximas semanas, é completamente desconsolador.

Com as audiências a descerem mais um bocadinho, todos os anos, a única esperança da WWE é que uma estrela, uma nova estrela, se torne incrivelmente popular. Não sei como é que isso vai acontecer com as falhas cruciais que o booking comete.

O mais curioso é que, em 2014, o fim da Streak causou um enorme debate entre os fãs. Não era consensual. Muitos acabaram por gostar da forma como acabou, outros tantos ainda não se conformaram com esta decisão.

Era algo tão especial e o seu fim ainda é algo que, um ano depois, os fãs ainda apupam, mesmo quando é Undertaker a dizer que devia ter acontecido. Só é pena que, no fim do dia, o mais provável é que o único beneficiado com o fim da Streak acabe por ser Undertaker e não uma nova estrela, tornando aquele acontecimento histórico um absoluto desperdício.

Agradeço todos os que acompanham este espaço. Desejo uma excelente semana a todos e até à próxima edição!

15 Comentários

  1. Excelente artigo.

  2. Otimo artigo, Salgado.

    Acho que hoje em dia a WWE em vez de se focar em fazer novas estrelas de forma a dar um futuro a companhia recorre as lendas(undertaker) para conseguir vender os eventos maiores.
    As lendas não vão durar para sempre e a WWE não se pode agarrar a elas,a WWE tem de ter a capacidade de criar estrelas interessantes,que levem com a companhia “as costas”.
    Agora,em altura do summerslam,até compreendo o porque de chamarem part-timers para o evento,mas coloca-las no main event já não o deviam fazer,porque se estivessem antes do main event não era por ai que o combate valia menos

    Em conclusão, a WWE deve ter a ideia que tem de criar novas estrelas porque os part-timers não duram para sempre

  3. Excelente artigo, concordo contigo em tudo, principalmente quando referes que o Lesnar deveria derrotar o Taker no SS, e não o contrário.

    Sempre foi da opinião que depois de fim da streak, o Lesnar só voltasse a perder para um estrela em ascensão (KO, Cesaro, Rollins, Ambrose, Rusev, Wyatt, Reigns, etc).

    O processo de criar estrelas tem sido prejudicado claramente com um mau booking, por exemplo, porque é que depois do Taker atacar Lesnar no Battleground, o Rollins não aproveitou e fez o pin no Lesnar?

  4. “Primeiro, ambos têm uma aura tão espectacular e imponente que é impossível ficar indiferente, especialmente quando estão a chocar um com o outro.”

    Discordo. Eu fiquei completamente indiferente.

    De resto, escreveste basicamente o que eu escrevi no meu artigo, por isso concordo e não tenho nada a acrescentar.

    • leonardo9 anos

      Eu concordo na vdd concordo com td o q teve neste artigo

    • jobber9 anos

      vc ficou indiferente pois é um fragmento de pensamentos jogando no ventilador como forma de abuso a sua convivencia na realidade e baseasse no fato da vida criticando tudo oque ”não” agrada, entretanto recomendo tratamento psicológico.

  5. Excelente artigo Salgado.. E sempre mt bom ler o que tens para dizer….concordo cntg em tudo….

  6. Excelente artigo, mais um como costume.

    Em geral concordo com tudo.

    A WWE e o seu booking não têm ajudado em nada os jovens talentos e não consigo entender isso porque eles serão o futuro e não os veteranos part-timers e portanto agora é que se tem que começar a prepara-los para mais tarde “colher os frutos”, caso contrário a WWE vai continuar a descer nas audiências, embora a WWE se quiser possa voltar a dar interesse ao produto e uma mudança com a RAW passar a 2 horas e voltar o Brand-Split pode ajudar nesse sentido.

    Eu adorei o segmento entre Undertaker e Lesnar, realmente foi entretenimento e parece real, acho que o facto de não gostarem um do outro (não são os melhores amigos) também ajudou e ajuda sempre nesses casos mas concordo que no lugar do Taker devia estar um jovem talento, basicamente havia a brawl entre os “big dogs” e depois os figurantes e lá estavam Kevin Owens e Rusev, por exemplo, o que não augura nada de bom para o futuro, o Lesnar a perder deve ser contra um jovem talento e não contra o veterano que está prestes a reformar-se e será mais um erro da WWE, no entanto a maneira deles pensar é o PRESENTE e depois o futuro que se lixe, quando chegar lá pensaremos numa solução e isso está errado, enfim.

    Na parte do Rollins acrescento que o HHH em 2004 também era um heel que tinha ajuda para vencer os seus combates e fugia algumas vezes mas no entanto era credível e um heel de topo, são eras diferentes e talentos diferentes.

    Por fim, acho que a única maneira de “salvar” o Rollins é coloca-lo numa feud com o HHH e num combate no Summerslam onde este vencia com o pedigree e mantinha o titulo mas talvez seja um pouco tarde demais para construir uma feud digna, não sei, é esperar para ver.

    PS: também adorava ver um Fatal 4-Way Match entre Cena, Cesaro, Rusev e Kevin Owens pelo US Championship, fala-se e espero que se concretize e aí seria um combate de qualidade e depois o KO vencia limpo e conquistava o titulo ou então até o Cesaro.

    Bom trabalho Salgado. 🙂

  7. Kaue9 anos

    Salgado, que excelente artigo, nota dez! Muito bom de ler.

    Vou tentar comentar com o pouco que vejo da luta dos Superstars (Ah, bem que você poderia fazer um artigo sobre a nova fase da Divisão de Divas rs) Hoje em dia a WWE acabou se tornando algo saturado, não há estórias novas, personagens cansativos, bons lutadores que, infelizmente não tem o verdadeiro reconhecimento que merecem.

    Pergunto-me do porque da WWE querer contratar tantos lutadores, para depois quando chegarem lá, ficarem mais perdido que cego em tiroteio? Visto que, para muitos a WWE é um “sonho de consumo”. Infelizmente John Cena é o câncer da empresa, e qualquer um que feudar com ele vai ter o mesmo destino que Kevin Owens, Rusev, The Miz e por aí vai. Se eles querem fazer uma estrela chegar ao topo que façam, mas aos poucos e não com atitude desesperada como fizerem igual a Roman Reigs.

    Quem sabe quando a mentalidade deles mudar e pensarem mais em qualidade e deixarem um pouco de lado à parte financeira as coisas mudam?

  8. João Paulo9 anos

    Ótimo artigo, concordo 100%

  9. Dolph Ziggler9 anos

    Bom artigo, Salgado.

  10. Grande grande artigo, Salgado.

  11. Diogo9 anos

    Um dos poucos textos longos que eu paro e leio até o fim. Muito bem escrito e concordo com muita coisa. Parabéns.

  12. KILL OWENS KILL9 anos

    Excelente artigo. Tens razão em tudo o que disse. Essas decisões cansam qualquer fã apaixonado.

  13. Muito bom o artigo, Salgado. Nota 10.

    O que a WWE fez foi simplesmente jogar na cara dos fãs que o presente não chega aos pés do passado e o que mais irritou foi eles terem deixado o campeão principal da companhia como um figurante e como alguém inferior a um semi-aposentado e um part-timer.

    A WWE tem que saber que não se constrói uma estrela de um dia para outro. No caso do Owens, uma vitória sobre o Cena já é um bom começo, mas é preciso dar continuidade ao trabalho, fazer ele ter vitórias importantes e não retratá-lo como um qualquer que vence uma vez e perde nas outras, pois isso deixa uma impressão de que o Cena perdeu por sorte e que irá colocar o KO em seu devido lugar.

    O próprio Lesnar, quando da sua estréia, teve vitórias importantes no início, para mostrar a todos que ele não era algo passageiro. E olha como ele está hoje, com um estatuto de lenda.

    Se a WWE quer construir uma geração de nomes que vendam bem no futuro, terá que mudar seu jeito de construir estrelas. Primeiramente, eles tem que escolher um nome do qual não irão desistir daqui a algumas semanas e que seja unanimidade dentro da empresa (vide o exemplo de Kevin Owens). O próximo passo é fazê-lo deixar sua marca, para que as pessoas não o vejam como um mero peão. E o próximo passo é esperar para ver se o público abraça essa nova estrela. Seguindo esses passos, a WWE não irá precisar depender de nomes do passado que vem, mas depois vão e cada vez mais agravam a situação de falta de star power no roster.