10 Aparições boas ou benéficas de celebridades - Top Ten #425

1 – Andy Kaufman

Quem começou isto tudo, basicamente. Ainda um performer inigualável que partiu muito cedo – menos para aqueles que ainda acreditam que a sua morte, já há quase quarenta anos atrás, tenha sido fingida pelo próprio, para mais um dos seus números. Mais facilmente classificado como um anti-comediante, o seu acto não constava no acto de contar piadas, recorrendo muitas vezes ao absurdo, à confusão e, por vezes, até mesmo à frustração da plateia. As suas participações no recém-nascido Saturday Night Live, como o famosíssimo segmento do tema de abertura de “Mighty Mouse,” quase que se pode dizer que tenham antecedido o disparatado humor de internet sem sentido.

Era um indivíduo excêntrico, sem dúvida. E viu no wrestling profissional um fascínio e algo com tanto em comum com ele próprio. A ideia do kayfabe, de uma espécie de realidade alternativa, com a interpretação de personagens exageradas com uma “quarta parede” mais alta, que nos tente vender a ideia de que o conflito é real assentava que nem uma luva na personalidade de Andy Kaufman. Ou da sua personagem cómica. Como também ele gostava de provocar plateias, lá viu que nasceu para ser um Heel desprezível. Ocorreu-lhe a ideia de desafiar mulheres a lutar com ele, recorrendo regularmente a uma amiga para estas façanhas. Eventualmente quis entrar na indústria profissional e o primeiro a abrir-lhe as portas seria Jerry Lawler, com quem formaria amizade e trabalharia em Memphis.

Lá foi um óptimo Heel – tresloucado, claro – e até combateu com o próprio Lawler. Daí vieram todos os míticos momentos: o “pescoço partido” de Kaufman – que estava mesmo magoado, mas lá decidiram exagerar tudo – e a famosíssima estalada no “Late Night with David Letterman” que foi tida como autêntica durante anos, até bem depois da morte de Kaufman, num documentário e mais espalhado ainda no filme biográfico “Man on the Moon,” ou “O Homem na Lua,” onde foi brilhantemente interpretado por Jim Carrey, que contracenou com… o próprio Jerry Lawler. Pode dizer-se que seja a primeira “crossover” entre wrestling e o mundo do espectáculo exterior. Foi Lawler quem revelou que, em conversas com Vince McMahon – cujo pai tinha recusado propostas de Kaufman – este lhe confessou a sua inveja em ter sido ele a trabalhar o angle com Kaufman e que queria ter sido ele. Até dá para lhe atribuir a responsabilidade pela “Rock ‘n’ Wrestling Connection” e a sua necessidade! E aí está a parte inacreditável… Não consta no Hall of Fame!


Pronto, dez celebridades de quem não se pode tirar só negativos, alguns deles nem dá sequer. E estão todos contextualizados, mesmo os que foram menos bons mas resultaram por outras razões, e mesmo os Trumps que divertiram na altura, por muito que se calhar até custe olhar para ele hoje em dia. Tudo devidamente explicado, espero. A vossa presença é novamente requisitada, com um óbvio agradecimento para qualquer visita e leitura silenciosa na mesma, mas vendo aqui muito por onde comentar… Fórum aberto, como sempre. Todos vocês sabiam que estava, não sabiam?

E então avancemos para novos temas, já com outro foco. Sim, apesar da imensa popularidade destes últimos, tem mesmo que ser e vamos avançar para outras coisas. E para as próximas edições vai ser algo muito simples. Em vez de algo que tenha que explicar com muitas palavras e, mesmo assim, sujeita-se a ser confuso, os próximos temas são simples de compreender e podem muito bem ser resumidos numa palavra: violência. É, vai ser isso, porradinha velha, um foco na parte mais extrema deste produto que por vezes também é de conteúdo familiar. Então para começar vamos recordar dez momentos violentos que mudaram o panorama do wrestling para sempre. É, as origens de muita coisa bruta.

Vamos ver o que sai daí, a ver se já têm a curiosidade aberta para virem cá espreitar. Estão convidados! Então tudo de bom, portem-se bem, parece que já se vai fazendo altura de agasalhar finalmente, um bom Halloween a todos e até à próxima!

2 Comentários

  1. 19042 anos

    E o Floyd Mayweather?! 👀

  2. Dennis Rodman nos NWO é super icónico!
    Arnold schwarzenegger é uma lenda viva e na minha opinião sempre que faz uma aparição seja em que “empresa” for é dia de festa!
    Destas aparições a que tenho mais “viva” na memória foi a do Hair vs Hair do Trump hahhahaha