10 Aventuras Musicais de Superstars… Menos Boas – Top Ten #373

10 – Ear2000

E para abrir o ranking, algo muito mais fora do usual e a esticar o conceito. Para já, a começar pela obscuridade, que raio de banda é essa. E a dar seguimento, dada a falta de imagens da banda, fica a do seu principal e mais notável integrante, como parte do elenco do filme que até é o único sítio onde a banda pode dizer que existiu, que bem sabemos que a sua inserção no wrestling não é bem como as outras.

Falamos dos Ear2000, banda que mal existiu e realmente quase parece que nunca existiu, um projecto mantido por David Arquette, o nosso World Heavyweight Champion favorito, que até pode já ter conquistado algum respeito dos fãs de wrestling ultimamente, ao atirar-se para o ringue para coisas mais a sério e até mais perigosas, mas que a nível musical… Talvez fique ainda muito por aceitar. O actor também quis fundar a sua banda com amigos e deu-lhes o nome de Ear2000. E já começamos mal, com nome tão terrível como esse. Não têm qualquer álbum editado e poderão apenas ouvir as suas duas músicas nas bandas sonoras dos filmes “Scream 2” e “Scream 3” que sim, como se devem lembrar, são protagonizados por Arquette. E também devem lembrar que as suas bandas sonoras são um desfile de nomes notáveis e aclamados do rock entre alguns mais duvidosos. Mas mal por mal, que venham daí os Creed, em vez destes desconhecidos que por acaso pertenciam ao actor dos filmes.

Os Ear2000 praticavam o nu metal da moda na altura que, infame que seja, tem todo o seu mérito. Eu próprio tive-o como porta de entrada e ainda o revisito regularmente, mas bem sabemos que começaram a aparecer ali uns actos para aquilo descambar tudo. E os Ear2000 eram como uma má versão da má versão do nu metal. Pesquisando sobre eles dei por um artigo – amador, num mero blog, mas suficientemente bem conseguido – que os apresentava, muito subtilmente, como a pior banda de rap/nu metal de sempre. As suas duas canções são realmente paupérrimas, com um fraquíssimo rap, totalmente incoerentes com secções desconectadas, como se pedaços de músicas completamente diferentes fossem colados à força e de tom demasiado amador para algo que chegasse sequer para a banda sonora de um filme mainstream, só mesmo com ligações a alguém do elenco. David Arquette não mexeu mais nessa tal banda desde o ano 2000 e a meia dúzia que sabia bem deles até já nem se deve lembrar. E sim, fica mais respeito por Arquette como lutador do que como músico que, apreciação pelo nu metal à parte… Isto não era lá muito bom…