10 Aventuras Musicais de Superstars… Menos Boas – Top Ten #373

5 – Terry Funk

Siga para os “guilty pleasures,” este é mesmo daqueles que já deve ter dado a volta toda para se tornar bom a um ponto irreversível. Já praticamente ninguém consegue não ficar fascinado com a experiência musical de Terry Funk, pai de tudo que há de mais violento a passar-se num ringue.

Talvez inexplicável para muitos e perfeitamente evidente e plausível para outros, mas Terry Funk em dias pós-NWA World Heavyweight Champion e pré-hardcore decidiu também ele tentar a sua sorte na música country. Por muito que ele seja sinónimo de violência, não ia virar-se para o thrash metal ou para o hardcore punk, não era isso que lhe corria no sangue, ele ainda era um grande Texano. Tanto que foi esse o título que deu ao disco, “Great Texan.” Uma curiosidade, um achado em vendas de garagem, um correr de mão em mão entre fãs de wrestling algo incrédulos, uma gema nos confins do country de deixar muitos fãs perplexos. A crítica que deu pelo disco na altura apontou o amadorismo e a capacidade para cantar de Funk. Ou falta dela. Cromo de caderneta para quem estava dentro e fora do wrestling.

Hoje em dia é difícil encontrar alguém que realmente se perturbe com isto e não fique verdadeiramente encantado. Indo além do tal “so bad it’s good,” muitos preferem a honestidade da crueza do que algo muito polidinho e plástico. E Terry Funk canta aqui por gosto, haja gosto para isso ou não. Predomina o tal charme da piada e então quando ele abre o lado B do disco com um tema intitulado “Barbra Streisand’s Nose,” já estamos mais do que rendidos. A Funk apenas lhe desejamos o melhor, não só como agradecimento pela inigualável carreira nos ringues mas também pelo seu débil estado de saúde já irreversível numa idade já deveras mais avançada. É colocá-lo a recordar muitos dos seus combates clássicos e rodar este disco, a ver se lhe arranca uns sorrisos como a nós!