2 – Cody Rhodes
Também ele teve aquele processo de muitos colegas. O de se encontrar na mó mais baixa e não baixar os braços. Sair, em termos suficientemente bons e, em vez de fazer carreira a queixar-se disto e daquilo e de como são todos uns bichos lá naquele inferno e que nunca lhes dão chance e de facto não os vemos a fazer propriamente alguma coisa de notável em mais lado nenhum. Não, este é do grupo de estrelas que saem, trabalham o couro fora e mantêm sempre o respeito por tudo.
Cody pode ter sido o mais azedo, mas não é nenhum desgraçadinho. Ainda desfrutou de um percurso de respeito, com o seu último nome a comprovar bom ADN, mas sempre mantendo a sua persona e estilo em ringue bem afastados dos do pai, para que não houvesse cá choradeira a dizer que ele tinha tudo dado. Ele conquistou o seu percurso, o seu título Intercontinental, as suas feuds de mais alto calibre, os seus bons momentos. Mas será que conquistou quando a sua carreira andava mais lá por baixo? O desgraçado do Stardust, que até tinha potencial, e ele interpretava muito bem… Merecia ter caído como caiu? Ele achava que merecia melhor e, quando já não estavam propriamente a ligar-lhe puto, ele decidiu ir embora e fazer algo por si.
E se o fez! Inicialmente percorrendo vários territórios, foi à TNA, foi à Ring of Honor, foi à New Japan, ganhou múltiplos títulos Mundiais, aparecia em tudo porque podia, porque até tinha o nome maior que alguns sítios. E não o nome do pai, o dele mesmo, o que ele comprovava que tinha valor. Num instante tornou-se o “hottest free agent” do mundo e só fez amizades frutíferas, iniciando uma espécie de círculo ou culto que fazia virar olhares na sua direcção e a sugerir: não existe só uma opção. Fez-se um gigante mas, para já, não para voltar a casa. Mas sim para criar a própria casa!
Actualmente é um muito lógico vice-presidente e fundador de uma entusiasmante nova proposta que soube agitar o mundo do wrestling e criar alternativa ou simplesmente aumentar o leque: a All Elite Wrestling, que rapidamente se tornou a segunda maior companhia e uma excitante concorrência saudável. A prova de que não era problema dele não conseguir singrar numa companhia, se ele consegue fazer toda uma companhia singrar, para já. De respeito. Que ele também o tem, que a competição, por muito que vá espicaçando, ainda não é azeda e ele é um gajo adulto e não um fã internauta ressabiado.
6 Comentários
Ótima lista!!!
becky Lynch?
A do Trips eu conhecia, mas não me lembrava. Realmente, é incrível como o HHH nem sempre foi o The Game quando é uma gimmick com mais de 20 anos. Ter começado a namorar com a filha do patrão também ajudou.
Ele tinha uma gimmick meio de beethoven (musica clasica)
poderia ter colocado a do SCSA ele começou com stunning cold e The Ringmaster, que eram personagens da wcw de mid-card para low-card e depois se tornou o que ele é hoje né 😉
A carreira dele foi em ascensão , não se enquadra em pessoal em que a carreira decaiu , e mesmo assim existe alguns aqui no artigo um pouco forçados , porque na minha maneira de ver , estares na wwe e não apareceres em televisão nem sempre é sinal de que a carreira caiu , muitas vezes são períodos de final de contrato em que se tenta renegociar contrato, goza-se ferias que não se usufrui durante o contrato , falo de casos como o John morrison por exemplo ,que quando começou na wwe teve oportunidades que poucos tiveram , e quando saiu teve sempre bastante sucesso por onde passou