1 – Ric Flair vs Mick Foley, SummerSlam 2006
Porquê o primeiro classificado? Porque foi o primeiro que ocorreu e que saltou à mente na hora de pegar nalguma coisa que desse alguma ideia para sacar de um novo tema. Ou seja, é daqueles que tem um significado mais pessoal para o próprio escriba que inevitavelmente colocaria um cunho pessoal nesta listagem. Antes de passarmos para essa parte, um pouco de background.
Um evento muito bem recheado com grandes combates que viram, por exemplo, Edge a ser finalmente capaz de reter o WWE Championship frente a John Cena, Hulk Hogan a sair por cima do jovem Randy Orton, os DX a enfrentar os McMahons pai e filho, e um embate pelo World Heavyweight Championship entre Batista e King Booker, infame pelas animosidades e heat legítimo que existia entre os dois lutadores. Não era o único combate desse card com ódio real. Quiseram capitalizar uma rivalidade legítima, de longa data, entre Mick Foley e Ric Flair, que já envolvera bocas noutros territórios, passagens nas autobiografias, e de tudo um pouco mais.
Para isso, para realmente resolverem esses sarilhos, não iam propriamente ser muito meigos. Aliás, quanto mais à bruta, melhor. Uma lenda do hardcore e um velho destemido? Coloquem-nos num combate “I Quit”, espere-se sangue e eles que resolvam aí os seus problemas de anos. Foi uma sessão de pancada violenta, com sangue, arame farpado – o maluco do Flair fez blading duas vezes! – e ainda algum storytelling, já que Foley apenas pronunciou as palavras de desistência quando Flair ameaçou fisicamente Melina – havia um angle na altura em que ela era uma espécie de protégé do “Hardcore Legend.” Já estavam os dois todos rotos e o Flair já tinha ameaçado arrancar um olho ao Foley. Era esperar uns anitos e isso seria estipulação, pá.
A parte importante que realmente eleva isto para a primeira posição é a tal experiência pessoal do escriba em petiz que ainda se estava a começar a habituar a este tipo de violência, com um One Night Stand ainda recente, e um encontro destes foi marcante. Quando começou a ameaçar ir para os olhos até já foi longe demais para o puto ainda com alguma sensibilidade. Um combate marcante a nível pessoal e que, afastando dessa perspectiva, ainda consegue encontrar esse estatuto de modo geral.
Dez exemplos a considerar? Esperemos que sim. Que tenha sido, pelo menos, divertido de se ler. Trocariam por outros dez? Pois com certeza, não só isso é permitido, como é encorajado – era isso que o Batista queria dizer daquela vez, já agora. Estejam à vontade para comentar estes exemplos, as vossas memórias deles e acrescentem os vossos. Dá para interacção e sabem que a encorajo sempre!
Agora, antes das férias, haverá mais uma edição, essa com a especialíssima edição alargada do SummerSlam que tivemos este ano já passada. Portanto fechamos o ciclo de temas de SummerSlams e essas cenas abordando, então, esse último que passou por nós. Vamos fazê-lo à moda deste Top Ten na Wrestlemania e vamos listar dez coisas que aprendemos com o SummerSlam 2025.
Até lá fiquem bem e espero que se mantenham em segurança, que infelizmente não dá mesmo para safar disto e desfrutar de um Verão sem mazelas. Que ainda o consigam, com responsabilidade, e que saiamos deste inferno quase literal. Mais uma vez. Uma tradição anual desnecessária. Mas que continuem a passar bem, fiquem bem e seguros, e até à próxima!
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