10 Coisas de 2020 que Esquecemos – Top Ten #344

4 – A Shayna é um vampiro

Os Ramones diziam que a Sheena era uma punk rocker. Mas essa era a Sheena. O nome semelhante Shayna parece levar a coisas bem mais… Estranhas. De atentar que isto podia ser das coisas aberradas à 2020 que aconteceram depois do primeiro trimestre do ano, mas não. Ainda foi mesmo nessa altura, havia um público a ver aquela loucura a acontecer.

Talvez também não seja das coisas mais memoráveis, o seu domínio ao iniciar o ano. Apontada como favorita a vencer a Royal Rumble, foi apenas finalista frente a Charlotte Flair. Mas isso não a impediria de se tornar a Superstar feminina mais dominante ali do sítio. Foi para a Elimination Chamber fazer história: eliminou, sozinha, todas as concorrentes do dito combate, para ganhar a candidatura ao Raw Women’s Championship, na altura na posse da recente mamã Becky Lynch. Mesmo que ela esteja recém-saída de um sólido – mas sempre tremido – reinado como Women’s Tag Team Champion com Nia Jax, a vender a ideia de dominantes, que realmente o eram, ainda não dá para comparar o seu ímpeto recente com o que tinha na altura. Até porque perdeu na Wrestlemania e perdeu um pouco o rumo. Fraco destino para quem andava mesmo a empurrar a barreira da violência – e da linguagem – na sua feud com Becky.

Num segmento que podia ser apenas de bulha, um mero e habitual ataque a um alvo, Shayna lá abre a boca e leva as mandíbulas à nuca de Becky Lynch, que reage com dor e horror. Quando Shayna lá retira os dentes da presa, traz a boca cheia de sangue. Lá o animal selvagem! Ou, lá está, um vampiro. Das coisas mais estranhas que víamos a acontecer numa Road to Wrestlemania – quando ainda nem fazíamos ideia do quão estranho ia realmente tudo o mais ficar – e a fazer todos reagir com horror, nojo, confusão e até diversão também. Actualmente a AEW anda a fazer semelhante com Abadon – a quem se encaixa tal comportamento – obcecada com o pescoço da Campeã Hikaru Shida. Mas na altura nem sabíamos o que pensar ao ver tal imagem, até soltarmos uma risada com Becky Lynch, incrédula, no chão e mão atrás da cabeça, a perguntar “Did that bitch just bite me?” Nós pensávamos mais ou menos o mesmo. Até ela desaparecer e voltar mais “amolecida” levando consigo muita memória que tínhamos de coisas inexplicáveis que ela tinha feito.