10 Coisas que aprendemos com a WrestleMania 37 – Top Ten #357

1 – Tansos somos e tansos seremos

Sou sempre o chato a dizer isto e a acalmar as rédeas que são as expectativas de muitos fãs e o seu cinismo. Nem é referente à não presença de Becky Lynch, à qual apenas digo que não se podem chatear por não terem tido algo que nunca foi anunciado. E eles já andam de olho nas surpresas que estão à espera para vos trocar as voltas e fazerem com que seja mesmo surpresa. Mas não é isso.

Mesmo que ainda seja à volta da premissa de que todos somos muito espertos e sabemos como é que a coisa funciona e porque é que fazem isto ou aquilo. E atenção que já estou a usar a primeira pessoa do plural, estou a incluir-me no lote. Sabemos sempre a razão para qualquer mínimo movimento que façam. Víamos a léguas porque é que o main event era uma Triple Threat. “O Daniel Bryan foi inserido no combate para levar o pin e proteger o Edge” ou a muito semelhante variante “O Daniel Bryan foi inserido no combate para levar o pin e proteger o Roman Reigns.” Ou aquela menos justificável de “O Edge ganha porque ele voltou e ganhou a Rumble por alguma razão.” Pronto, essa conversa toda. Líamos aquilo lindamente, porque sabemos tudo. E levamos assim com um duplo pin, com cuidado, sobre os dois “protegidos” ou lá o que era, por parte de um Roman Reigns que dá mais um largo passo em tornar-se o maior badass daquele sítio. Quais protecções, quais quê, se nem aqueles maltrapilhos no público eram capazes de usar uma máscara!

A aproximar-se só talvez Bobby Lashley que deixou a dormir um Drew McIntyre que muitos também davam como vencedor garantido por alguma razão ou outra. Especulemos menos, que não sabemos assim tanto quanto julgamos que sabemos, por muitos anos que já andemos a ver isto e por muitas edições de um artigo semanal trivial regado de disparates que já tenhamos redigido. Abençoados sejam os miúdos inocentes apenas a deixar-se levar pelo que vêem. Esses viram apenas um tremendo Reigns dominante e dois outros lutadores que, ao que as suas exibições e historiais demonstram, também são bastante bons.

---

Sempre lições a tirar de uma Wrestlemania. Nenhuma delas muito a sério porque isto está aqui só para nos entreter e é para esse mesmo lado que devemos levar a coisa. Os performers e produtores e todos os que fazem isso acontecer, esses sim têm aí a vida deles para ver tudo de uma forma diferente e também eles devem gostar de se divertir. Fica a sensação de que saem todos – os que tiveram a chance de participar – muito satisfeitos e nós também temos razões para o mesmo. Que este Top Ten também tenha feito exactamente o mesmo e vos tenha entretido e… Dado umas lições, caso não tenham sido captadas à primeira!

Comentem com os vossos normais rescaldos ou com as vossas observações mais humorísticas sobre estes pormenores, ou até os mais sérios. Estejam à vontade, aqui é o safe space para se gostar das coisas! Na próxima semana já podemos descansar de Wrestlemania e podemos passar para outros temas. E por acaso até vamos buscar a outro grande evento anual simbólico de uma arte. Terá havido mais uma noite de Óscares com mais entregas de prestigiosos prémios da Academia. Como raio é isso para aqui chamado? Vamos falar de cinema, ora essa! Mas cinema mesmo a sério… os da WWE! Recordemos dez filmes da WWE Studios que vos poderão ter passado despercebidos. Uns mais discretos e menos publicitados!

Venham cá, já preparados com pipocas, para a sessão! Que é o que vos posso dar nestes estranhos tempos, mesmo na sua fase de recuperação. Volto a desejar-vos a maior força para a sua travessia e a apelar ao bom comportamento para não dificultarmos o processo. Muita saúde, fiquem bem e até à próxima!