7 – Saturday Morning Slam
Bom, já que falámos de um programa que esteja meio esquecido, que tal falar de um de curta vida que pode estar mais ainda? Este aqui foi o derradeiro mergulho no conteúdo familiar e aqui até temos que falar no rigor de dizer que certas coisas são “PG” sem saber bem o que essa classificação significa. É que este programa… Era mesmo “G”!
Como o nome indica, era um programa de Sábado de manhã, que muitos saudosistas recordarão como um bloco para a miudagem não ficar a malandrar até ao meio-dia e ir passar a manhã a ver qualquer coisa, de pijama, enquanto enche a boca de uns bons cereais. As saudades que teremos todos dos nossos Sábados de manhã a ver desenhos animados! Acontece que isto não era um programa de desenhos animados, mas o certo é que até podia ser. Era mesmo para ser dirigido aos mais novos, as crianças que também têm o seu direito… E que andavam a ser o seu alvo principal naquela altura.
O formato até era divertido. Alternavam combates com segmentos que tivessem um humor direccionado aos miúdos ou que tivesse algo de educativo. Com personagens que até encaixassem no segmento que apresentavam, como o intelectual Damien Sandow a ensinar palavras novas e a enriquecer o vocabulário dos petizes, ou o Sr. 5 Línguas, Cesaro, a ensinar frases em várias línguas para os pequenos. Tinha a sua graça. Não era para nós e ao mais viril dos fãs até lhe vinham os cereais à boca quando ele próprio também estava de pijama a querer ver desenhos animados ao Sábado de manhã. Mas parecia resultar.
Aos poucos, os segmentos foram sendo retirados e tirou algo do encanto do programa, que ficou apenas constituído por combates curtos. Outro pormenor: os combates eram ainda mais comedidos e limitados, para caber na classificação G, e qualquer golpe na cabeça era banido. Um Trouble in Paradise cortava para o público e um 619 até tinha muita graça aplicado no rabo. A brincar, a brincar, até existe uma gema escondida entre Daniel Bryan e Tyson Kidd que recorreram aos seus dotes técnicos para conseguir humor. Mas, da mesma forma que foi desvanecendo isso, foi desvanecendo o resto, perdeu-se qualquer relevância, não chegaram a acordo para renovar para uma nova temporada e o programa foi cancelado, após nove meses no ar, entre 2012 e 2013. Se calhar até a miudagem queria ver pancadaria mais à bruta também!
5 Comentários
Bom artigo. E pensar que Lucky Cannon do NXT5 foi o melhor hell de todas as edições e o demitiram para proteger o Titus Oneal por causa do protagonismo das políticas raciais. Titus nunca lutou nada na minha opinião. No mais, aquele NXT de 2010-2011 é muito superior ao atual, na minha visão. Só a música de entrada do openning do show ocasiona lágrimas e nostalgia.
Já nem me lembrava de algumas coisas daí. Uma época completamente disparatada e o pior é que a TNA lá tinha uma ou outra boa ideia e…estragava logo. Momento negro do wrestling.
Sim
Lembro-me perfeitamente dessa edição do Michael Tarver, aliás, a relevância dele na WWE foi tanta que se o reconheci na foto deste artigo, deve-se muito mais a essa edição icónica do Top Ten do que propriamente por me lembrar dele em contexto de WWE. Na altura, nem associava o nome ao “gajo dos Nexus que não sei o nome”, depois dessa edição nunca mais esqueci.
Não sabia do 8, do 5 e do 4. Saturday Morning Slam foi uma memória desbloqueada… parece que foi ontem! O tempo passa…