4 – A recompensa de Johnny Curtis
Esse mesmo. Já meio recuperou este seu antigo nome, fundido com o “Dango” para formar o seu actual nome na TNA: a sigla JDC. Numa altura em que ganhei alguma certa aversão, um mero “pet peeve” com nomes que são apenas letras. Mas tudo bem. Aqui nem é só referente a ele, mas sim à queda do antigo formato do NXT e a algo que não nos esquecemos só hoje em dia. Esquecemos na altura, eles esqueceram-se… Sabe-se lá onde isso vai.
Para contextualizar, temos que falar do antigo NXT, então. Uma fusão de Tough Enough com FCW, tinha alguns dos nomes mais emergentes desse território de desenvolvimento e uma cara tão conhecida como a daquele Daniel Bryan. Cada “rookie” era acompanhado por um “pro” e, por processo de eliminação, haveria um vencedor, recompensado com um contrato no plantel principal e, logo assim à grande, uma chance pelo WWE Championship. Estavam com fé em lançar grandes estrelas logo. Essa fé foi-se desvanecendo e, na segunda, vencida por Kaval, a recompensa já era o título Intercontinental que ali o Low-Ki não conquistou. A terceira temporada foi feminina e, sem dúvida, a pior, dado o seu tratamento e disparidade de talentos. Andavam lá umas tais AJ Lee e Naomi, que não sei o que andam a fazer agora, mas também nos trouxe a vencedora Kaitlyn. O prémio já era só o contrato. Nada de títulos. Para a quarta temporada? Já o programa tinha pouco fogo e a recompensa seria uma chance pelos moribundos Tag Team Championships com o pro. E não digas que vais daqui.
Johnny Curtis foi o vencedor, logo tinha direito a lutar pelos Tag Team Championships com o seu pro, R-Truth. Tirando a parte de que isso nunca aconteceu e até descartaram o próprio Curtis, que não ficou logo no plantel. Sem ideia do que fazer com ele, denunciaram logo o estado em que aquele NXT estava. Curtis começou a aparecer em TV com vinhetas bizarras em que chorava enquanto se banhava em leite, por exemplo – a dizer que não ia chorar pelo leite derramado, entenderam? Também não foi a lado nenhum e começou a aparecer na quinta temporada do NXT, a “Redemption,” que mudou de formato durante a sua transmissão e virou um programa para estrelas menos utilizadas trabalhar storylines, momentos e combates… Alguns deles muito subvalorizados. Aqui o Curtis encontrou uma fantástica química com Derrick Bateman (EC3) e Maxine (Catrina do Lucha Underground) perante uma audiência de, por aí, umas sete pessoas. Plantou aí as sementes para o que viria a ser o Fandango. O tal prémio? Onde isso já ia.
Curiosamente, falaram do assunto já mais tarde, no renovado NXT, no qual ele se lembrou disso e utilizou-o, com Michael McGillicutty, para tentar desafiar os Team Hell No, então Campeões. Maneira de dizer que eles sempre tiveram isso em mente. A gente faz de conta que se acredita. Esquecemo-nos nós e esqueceram-se eles! Por acaso agora, uns quinze anos depois, até dava um angle hilariante para o louco do R-Truth: lembrar-se, de repente, que tem isto, toda a gente achar que ele está maluco, quando na verdade tem razão.
5 Comentários
Bom artigo. E pensar que Lucky Cannon do NXT5 foi o melhor hell de todas as edições e o demitiram para proteger o Titus Oneal por causa do protagonismo das políticas raciais. Titus nunca lutou nada na minha opinião. No mais, aquele NXT de 2010-2011 é muito superior ao atual, na minha visão. Só a música de entrada do openning do show ocasiona lágrimas e nostalgia.
Já nem me lembrava de algumas coisas daí. Uma época completamente disparatada e o pior é que a TNA lá tinha uma ou outra boa ideia e…estragava logo. Momento negro do wrestling.
Sim
Lembro-me perfeitamente dessa edição do Michael Tarver, aliás, a relevância dele na WWE foi tanta que se o reconheci na foto deste artigo, deve-se muito mais a essa edição icónica do Top Ten do que propriamente por me lembrar dele em contexto de WWE. Na altura, nem associava o nome ao “gajo dos Nexus que não sei o nome”, depois dessa edição nunca mais esqueci.
Não sabia do 8, do 5 e do 4. Saturday Morning Slam foi uma memória desbloqueada… parece que foi ontem! O tempo passa…