4 – The Mexicools
Lembram-se da entrada em que falei no uso que Vince Russo dava a luchadores? Pronto, o tempo passa, o booker em questão já não está em actividade e… Ainda andam a fazer o mesmo. Parece haver mesmo uma dificuldade em manter lutadores de origem hispânica sem ser todos pertos uns dos outros, ou a rivalizar ou como aliados.
À entrada do milénio, lá se deviam ver um pouco de mãos cheias com tanto talento novo que entrava das antigas companhias concorrentes. E tinham lutadores latinos de luxo. Juventud Guerrera, lenda da divisão Cruiserweight da WCW, o “The Juice!” Psicosis, outro que também já conquistara terreno semelhante. E Super Crazy, mais habituado ao extremo, um veterano da ECW que tão fácil trabalhava algo mais hardcore, como retornava aos básicos da lucha libre atlética. Tinham que saber usar isto! Como? Tornando-os mesmo estereótipos Mexicanos, chamados Mexicools que, ainda por cima disso tudo, entravam a conduzir cortadores de relva e vestidos à jardineiro, a aparentemente mais regular profissão do imigrante Mexicano em dificuldades. Tudo muito bem pensado.
No entanto, talvez seja o tempo que ajude a que fique a coisa mais mal vista, ao não ter ficado tão over. O angle é que esses três lutadores estavam fartos dos estereótipos que os gringos lhes atribuíam e exageravam isso, mesmo como uma paródia de protesto. E eram babyfaces. Basicamente o contrário do Kerwin White. Com o tempo, isso é que acaba por se perder, e o trio, mais tarde apenas dupla, fica apenas uma equipa de Mexicanos que eram uns jardineiros de uns gringos ricos quaisquer. Hoje em dia ainda retomam a gimmick em independentes em ocasionais reuniões. Portanto não podem ter detestado muito a brincadeira.
2 Comentários
Otimo artigo, como sempre, o top ten é ouro aqui no site 🙂
Dungeon of Doom… que comédia. Muitos deles desconhecia (como número 1), outros não me lembrava e os Mexicools são cringe.