1 – O patriota
E nunca pode falhar o salvador da pátria. Claro que agora abranda um pouco, com o produto cada vez mais globalizado. E porque o povo também já não tem tanta paciência para isso. Mas já foi o pão nosso de cada dia, aquilo que mais moveu a indústria, a principal storyline para glorificar um herói: fazer o povo sacar da sua bandeira de listas vermelhas e brancas e estrelinhas num fundo azul.
Desde que um “Real American” encabeçou a companhia que foi o protector da pátria contra os males do Médio Oriente e da União Soviética. Que o digam o Iron Sheik e o Nikolai Volkoff. Também combateu um traidor convertido à causa inimiga em Sgt. Slaughter e não lhe custava nada carregar a bandeira. Tanto que, quando procuravam um sucessor para ele, e enquanto não viram que tinha que ser alguém diferente em vez de uma reprodução dele, foi o que atribuíram a Lex Luger, quando repentinamente voltou a obsessão pela sua imagem para a sua pátria e até percorreu o país no Lex Express e liderou uma equipa para derrotar outro ajuntamento de estrangeiros maléficos. E o Crush.
Desde então tem havido sempre um pouco disso, mesmo que também tenham existido questões em que viravam para o lado negro – como JBL na fronteira, para provocar Eddie Guerrero. John Cena também defendeu as suas cores,. Mas mais do que alguém com a gimmick patriota, mais fácil era ter o estrangeiro maldoso a fazer a plateia cantar “USA! USA! USA!” muitas vezes em prol de um lutador Canadiano naquele ringue. Já não fica tão over e, quando Cody Rhodes quis encarnar esse, na AEW, com o Inglês Anthony Ogogo – ainda empregado – foi dos momentos que tanto contribuiu para a perda de popularidade de Cody para aqueles lados e já não ficou over.
E, mesmo que os supracitados chants persistam, já não dá para muita storyline. E, lá está, com os tempos tão globalizados, nem faria qualquer sentido que, por exemplo, na Netflix, onde transmitem para o mundo e se gabam disso, façam uma dessas. Ou que levem essa para o estrangeiro, com cada vez mais PLEs internacionais. Ou que achem que seja qualquer coisa minimamente politizada que impeça o Hulk Hogan de ser vaiado dali para fora…
Pronto, este é um Top Ten assim com um tema diferente. A listar tipos de coisas, em vez de exemplos. Mas também serve para introduzir, portanto agora é que vão ser elas. Mas até lá também podem comentar da mesma maneira. A ver se consegue recuperar-se algum entusiasmo perdido na semana anterior. Porque também dá, mesmo que não pareça. Com certeza sentirão alguma coisa em relação a estas coisas, e só vocês serão capazes de fazer a devida distinção entre hábito e cliché, que essa parte também pode ter o seu quê de subjectivo. E acrescentar exemplos. E dar outros exemplos de storyline recorrente que se veja muito. Que o escriba não sabe lá grande coisa do que está para aqui a dizer. Tudo é válido.
Que isto por aqui se fica até à próxima semana quando o tema for dentro disto mas agora sim já específico. Por vezes lá recriam mesmo alguma coisa. Umas vezes passa despercebido, outras vezes não. Mas como nem sempre dá para criar algo totalmente novo, lá existirão dez exemplos de storylines que foram repetidas ou recriadas. Ou talvez mais. Ou talvez menos e vimos para aqui engonhar. É só uma questão de virem cá ver e já está tudo certo. Portanto marquem cá presença, fiquem bem e até à próxima!
4 Comentários
8,6,4 e 2, resultavam sempre tão bem quando eram feitos. Eu adorava
Faltou mencionar o Jim Duggan, talvez o Patriota com mais impacto.
Nunca vou esquecer a storyline do Rusev e Lashley com a Lana 🤣
Chris JRM, acompanho os teus artigos há anos e é incrível a forma como manténs este espaço vivo, mas nunca te vou perdoar por me estragares o plot d’O Crime no Expresso Oriente quando vou mesmo a meio do livro.