5 – Virar para o Lado Negro
Claro que acontece em tempos pós-saturação de Star Wars, não é um conceito exclusivo e já bastante intemporal. Principalmente numa indústria que se mantém tanto à volta de Heel Turns. Até isso já passou para o resto da cultura popular, o próprio Triple H já falou disso. Mas não é uma Heel Turn qualquer, claro que isso é uma coisa que tem que ir acontecendo sempre.
Há aquelas especiais. Tem mesmo que haver uma viragem de personagem. É quando alguém normalmente visto como muito simpático ou mansinho, lá vira completamente e torna-se o exacto oposto. Uma boa forma de colocar à prova os dotes de representação e a versatilidade no carácter em ringue. São coisas que têm que ser. Muitas vezes é por iniciativa própria, os próprios vêem que alguma coisa tem que mudar. Outras vezes são manipulados por alguém e aí claro que se alia à entrada 9. Às vezes, o bonzinho ou a boazinha pode simplesmente estar farto/a de ser visto/a dessa forma. É o angle que vai atravessando Kelani Jordan no NXT actualmente.
Temos casos recentes para onde olhar e é realmente muito fácil que aconteça no feminino. Porque é lá que vão estar muitas vezes as bonitinhas angelicais que se vêem forçadas a revelar esse “dark side.” Teve que o fazer Julia Hart, com paralelismo à semelhante Alexa Bliss, é ainda falatório em relação a Bayley que virou as costas aos fãs e adoptou uma nova atitude após anos a ser a embaixadora oficial dos abraços. O progresso de Allie na TNA até faz esquecer como era a sua personagem inicialmente e, em termos históricos, todas devem ao percurso de Woman, a falecida grande Nancy Benoit, que foi uma menina bonita da plateia, uma fã, que num instante quase tinha poderes e era a única pessoa com controlo sobre o tolo do Kevin Sullivan. Claro que também há no masculino como o estranho caso de Dominik Mysterio e, mesmo sem Turn, mantendo uma personagem já vilã, quem é que não se lembra quando o Cody Rhodes deixou de ser “Dashing”? De lembrar que nem sempre Adam Page foi um psicopata violento e EC3 apenas gostava muito da sua imagem antes de querer “controlar a sua narrativa” com mensagens crípticas. Também aconteceu qualquer coisa ao Mojo Rawley, que o fez querer acrescentar umas pinturas estranhas à cara e falar para o espelho. Mas disso já nem tantos se lembram.
E quantos mais existirão. É mesmo só para listar exemplos, ainda bem que não tem que haver um ranking dentro de um ranking, seria impossível. Mas é das coisas mais naturais, faz parte do desenvolvimento de personagens e é uma indústria de natureza violenta… Não dá para se ser sempre muito bonzinho, simpático e sorridente…
4 Comentários
8,6,4 e 2, resultavam sempre tão bem quando eram feitos. Eu adorava
Faltou mencionar o Jim Duggan, talvez o Patriota com mais impacto.
Nunca vou esquecer a storyline do Rusev e Lashley com a Lana 🤣
Chris JRM, acompanho os teus artigos há anos e é incrível a forma como manténs este espaço vivo, mas nunca te vou perdoar por me estragares o plot d’O Crime no Expresso Oriente quando vou mesmo a meio do livro.