10 dos Tipos de Storyline Mais Repetidos – Top Ten #529

4 – O rebelde contra a autoridade

E esta dá um tremendo gozo para o espectador que tem esses desejos internos e não os pode materializar. O patrão a chatear-lhe a cabeça. O professor que parece tê-la pegada com ele. O Presidente da Junta. O vizinho de cima. Até mesmo, numa momentânea raiva adolescente, o teu próprio pai pôs-te de castigo. E qual desses nunca fantasiou aplicar-lhe um Stunner. Uma coisa assim simples, nem teria assim tantas mazelas.

Para isso, é necessário que a figura autoritária seja também ela uma personagem. E um vilão, claro. É um conceito relativamente mais moderno, antigamente separavam-se bem as coisas e o senhor engravatado que sustentava aquilo, não passava disso. Foi um tolo, um Vince McMahon que, farto de fazer de conta que era apenas um comentador e quem mandava na companhia era outro tipo, lá criou o Mr. McMahon. Que virou o saco-de-pancada, o gato-sapato daquele que viria a ser o herói de todos os rebeldes e o pai desta brincadeira da storyline anti-autoridade: Stone Cold Steve Austin.

É o precursor de tudo. O próprio Vince já se viu de mãos cheias com vários desses. Um caso famosísimo para a minha geração foram os D-Generation X, em 2006, em versão mais infantilóide mas divertidíssima. Não tardaria muito até ter Bobby Lashley e o ECW Championship como alvo. Passou a tocha ao genro que teve os Authority, sempre a ser combatidos por malta como os Shield ou, mais importante que isso, Daniel Bryan, de onde tirou o “Yes! Movement.” CM Punk também já se ia meter nisso na altura em que decidiu tirar umas férias prolongadas e coléricas. Depois há de tudo um pouco, desde John Cena a desmantelar o “People Power” a Sting a encarnar o Joker para atormentar Eric Bischoff e Hulk Hogan. Claro que talvez esses não sejam exemplos tão populares.

Actualmente na WWE não têm muito por onde encorajar isso. Os General Managers são mais respeitáveis e não são Heels a fazer a vida negra a alguém. Adam Pearce, Nick Aldis e Ava apenas se comportam como profissionais. Noutras casas, Santino Marella é demasiado cómico, no máximo é ele que se revolta contra um empregado desrespeitador. Na AEW, curiosamente sim, os vice-presidentes gostam de ir para o ringue e provocar. Podia ser isso o que fazia Jon Moxley quando encarnou este novo grupo, mas não parece ser assim tão focado nisso, ainda não enfrentou os empregadores, e é também ele um vilão na verdade. Mas é onde é mais possível acontecer: os Bucks levar assim uns açoites por andar a armar-se nos fatinhos profissionais. É capaz de haver lá um, muito popular, que eles escorraçaram, que só deve estar à espera que eles voltem…

4 Comentários

  1. JOAOPEDROOOOOOOO6 dias

    8,6,4 e 2, resultavam sempre tão bem quando eram feitos. Eu adorava

  2. Faltou mencionar o Jim Duggan, talvez o Patriota com mais impacto.

  3. Nunca vou esquecer a storyline do Rusev e Lashley com a Lana 🤣

  4. Chris JRM, acompanho os teus artigos há anos e é incrível a forma como manténs este espaço vivo, mas nunca te vou perdoar por me estragares o plot d’O Crime no Expresso Oriente quando vou mesmo a meio do livro.