1 – Ric Flair vs Hollywood Hogan, Barbed Wire Steel Cage First Blood, Uncensored 1999
Dos combates mais surreais de toda a WCW! E isso é dizer muito! Tanto que até já duvido das minhas próprias palavras, mas é mesmo de salientar a loucura deste combate ocorrido numa altura em que Ric Flair era uma figura autoritária embriagada de poder. E possivelmente de mais qualquer coisa, não estava lá para verificar mas dá para assumir.
E sim, é isso que está na origem do trambolho de combate que sacaram daqui. Ou seja, há uma razão “in universe” para isso, não eram só os bookers que eram tolos. Ric Flair, o tal louco presidente da WCW com a autoridade a subir-lhe à cabeça, enfrentava um Hogan agora de boas intenções, no Uncensored de 1999. Para mostrarem como já ia a coisa, tinham que lhe dar uma estipulação muito violenta. First Blood. Para dentro de uma jaula. Com arame farpado. Caramba, só faltava as piranhas, era atirar tudo para lá. Flair, como figura de poder, pediu “discrição” ao árbitro. Que é como quem diz, pede roubalheira à descarada. É aí que elas se dão. Flair sangra porque… É o Flair. O combate continua. Flair vence com um pin sobre Hogan. Ganha o combate. E eu adoro tudo em relação a isso.
Sim, a ideia é o abuso de poder de Flair em escapar às regras e chegava mesmo Hogan a também tentar pins naquele combate de loucos, para não ter uma contagem. Mas o registo aponta que Ric Flair venceu um combate First Blood, enquanto sangrava, por pin fall. E será sempre das minhas coisas favoritas de sempre. Ao vencer esse combate, Flair ganhou a presidência vitalícia da WCW. Que não se deu. Ah pronto, afinal também há mais essa. Mas nem consigo dar destaque a essa parte quando gosto tanto da outra!
Um Top Ten que correu bem, pelo menos na hora de o fazer. Agora, chegando ao fim, espero que tenham gostado e estejam à vontade para comentar. Não precisam de se atropelar todos uns aos outros como na semana anterior em que me atafulharam isto de comentários! Devo apontar, porém, que quando os comentários são poucos, muitas vezes aparecem dos mais elogiosos que eu só devo agradecer, embaraçosamente e achando-me pouco digno disso. E pronto, para este já quero o excesso e a fartura, comentem, acrescentem algum caso que vos venha à mente e até estes disparates, quais estão mais vivos na vossa memória e com quanta força vos faz levar a mão à testa.
E isto continua a ser giro e é sempre giro resgatar coisas ao fundo do baú. Menos quando a coisa me corre menos bem e o baú tem pouca coisa. Mas volto na próxima semana com mais temas assim todos entrelaçados uns com os outros. A brincar às estipulações e tipos de combates, para a próxima semana serão dez tipos de combate que vocês nem sabem que já aconteceram. Do mais surreal e parvo, são dos que dão gozo. Estejam cá para se desapontarem! Para isso fiquem bem e isso envolve também que se comportem, com todos os cuidados, entramos numa fase muito delicada para todos e estamos muito dependentes do nosso próprio juízo. Que é uma boa maneira de dizer que estamos tramados. Mas como eu sou mais positivo que isso, conto convosco para a próxima semana e selo com um “isto há de passar!” Até à próxima!
6 Comentários
Bom artigo, Chris!
Realmente a história mostra que em muitos casos das duas opções, uma… Ou parece que a empresa pensa que os fãs são burros, ou acham que não conhecemos as regras pra não perceber certa coisinhas 🤷🏾♂️😂
Muito bom!
Artigo íntegro e de respeito.
Essa primeira posição é bizarra. Kkkkk
Hoje em dia o problema com muitos dos combates de estipulação é que eles acontecem porque sim, e não por planejamento, isso faz eles tomarem muitas decisões péssimas de booking de última hora, e gerar essas bizarrices como os últimos hell in a cell.
Tenho até medo se o Roman e o Fiend se enfrentarem na Cell desse ano.
Uma chance real esse Roman x Fiend na cela.
Excelente artigo valeu a pena!
Teve o TNA Feast or Fired de 2016, no qual Eli Drake pegou o “pink slip” e trocou de maleta escondido com Grado, que foi demitido, e logo voltou a lutar, e ao conseguir provar que havia trapaças no ar… Tanto Grado, quando Eli Drake continuaram na empresa até ela “falir”