10 “eternos mid-carders” que já foram Campeões Mundiais – Top Ten #410

2 – Mark Henry

Este é que é, bem sabemos que ele já passou pelos estratos todos do card. E sempre a alternar. Já o vimos no fundo, já o vimos no meio e até foi no topo que o vimos menos, mesmo que ele até fosse fácil de se vender para essa zona e eles realmente o fizessem de vez em quando. Mas é a partir do seu passado? Qual, o do Sexual Chocolate? Ora essa, aí é que está um Campeão Mundial em qualquer lado!

Mas era um atleta fiel, passou toda a sua carreira na WWE, mesmo que tentasse outras coisas por fora. Como quando venceu mesmo uma competição que o definiu como homem mais forte do mundo e, na sua empregadora habitual, lá viram que até era uma cena gira de se destacar, especialmente para uma gimmick. A brincadeira do “World’s Strongest Man” não era só gimmick, partia da realidade. E até pode ter tido os seus grandes momentos, como tentar destronar Kurt Angle como World Heavyweight Champion ou enfrentar Undertaker na Wrestlemania – ponderado para vencer! – e até mesmo o tal disfarce que é o ECW Championship. Também já o vimos no pólo contrário. Já o vimos a ser jobber, a fazer tag team com Yoshi Tatsu numa altura em que nem faziam ideia do que raio juntar para fazerem de conta que tinham uma divisão de equipas, a lutar no Supertars, que era o Main Event da altura.

Mas a sua fidelidade fazia com que não o dispensassem. Curiosidade das curiosidades, também não tem lá grande registo de títulos de midcard, apenas o título Europeu uma vez. Como se nem a isso chegasse. Mas tinha uma personagem que se impunha e seria dessa forma que o definiríamos sempre, na sua já longa carreira. Lá o decidiram recompensar por esses anos todos numa altura em que viram que até rendia. Era só trocar-lhe o sorriso simpático pelas trombas intimidantes, que ele transita muito facilmente de uma coisa para a outra, e tínhamos um Heel medonho. Que conquistou o World Heavyweight Championship em 2011. Depois disso, voltaria ao mesmo de antes, mesmo que o Hall of Pain, o seu reinado e aquela outra tentativa de ir ao WWE Championship enganando-nos a todos e fingindo uma despedida, tenham sido divertidos. A sua forma física também já não era a mesma e aceitámos a sua reforma, assim como a sua entrada no Hall of Fame em 2018. A tal fidelidade à WWE durante toda a sua carreira teve uma viragem inesperada quando partiu para a AEW para tentar algo novo, mesmo que fossem suficientemente espertos para saberem que não seria para o ringue. Perdeu um posto como comentador e ficou com um papel muito reduzido como entrevistador no Rampage. Mas está lá todas as semanas e até já tem uma catchphrase nova que o povo gosta de exclamar com ele. Vida boa para um midcarder respeitado.