10 Fiascos e banhadas da década – Top Ten #301

1 – Acordo com a Arábia Saudita

Errado! Nova ponte com a entrada anterior, calhou que Hulk Hogan regressou como anfitrião do evento da Arábia Saudita e até se envolveu numa história para outro, reunindo uma equipa para o representar contra uma equipa de Ric Flair. Ah, as viagens à Arábia Saudita. Não devem muitos de vocês debater a sua primeira posição como a banhada da década. Sabemos que temos algo forte em mãos quando a qualidade do evento já é má mas depois ainda há coisas por trás ainda piores.

Se a ideia e o negócio parecem ter vindo do nada, isso de pegar naquela malta e levá-la para a Arábia Saudita para um evento especialíssimo, de pouca continuidade, e com uma quantidade estapafúrdia de estrelas de topo por razão nenhuma… A palavra-chave é mesmo “negócio.” Como eu imagino isto: um xeque Árabe riquíssimo faz a proposta a Vince, abre-lhe uma mala cheia de dinheiro e o velho fica com cifrões no lugar dos olhos e manda fazer. Diz que o magnata que ordenou estes espectáculos até queria o Ultimate Warrior, com tanta noção que ele tem. O que ainda enriquece a minha imagem hilariante do Vince, agora a perguntar aos seus agentes e empregados se ele estava mesmo mesmo mesmo indisponível.

O primeiro evento foi fraco, foi apenas um house show glorificado, só se aproveitou o mergulho do Titus O’Neil. Portanto sabíamos que o que estava ali era chouriço muito bem enfeitado com muito dinheiro e isso não nos vem acrescentar nada, só aborrecer. E depois há a recepção: de lembrar que as meninas ficam em casa que isto não é sítio para elas, queixas e multas por indecência em TV quando elas apareceram numa vinheta que eles se esqueceram de a alterar ou retirar e o desgraçado do Ariya Daivari, que só foi lá ser o mais clássico e tradicional Heel, acabou a receber ameaças de morte. Estava jeitoso. Mas diacho, o acordo era longo, mal podiam esperar para lá voltar!

Já estavam prontos para inventar outra coisa de falso prestígio, como uma taça de “Best in the World” com zero significado só para parecer que tinham uma grande coisa para disputar aí. E então aí é que foram elas. O tal país em novo caminho progressista que a WWE endossava afinal tinha-se metido aí numa escandaleira mundial às custas do homicídio de um jornalista, ao que aparentava, a mando governamental. Obviamente que o nome do país caiu na consideração mundial e já estava na choça. Com uma WWE sorridente e de braço dado com eles. Só que as coisas começaram a pesar-lhes. Superstars de grande dimensão começaram a boicotar e ficaram em casa; Patrocinadores pressionaram a companhia a cancelar; A mídia exterior caiu encima deles, como se o wrestling já tivesse boa fama fora disso. Tiveram que amanhar a coisa. Foram, com os que tinham, e deram um espectáculo… Omitindo apenas o nome do país, para não dizer que estavam naquele país.

E lá fizeram aquela amostra de evento da qual foi o Shane McMahon quem saiu como “Best in the World.” E ali uma tentativa de apagar aquele evento da existência porque estavam um pouquinho enterrados até ao pescoço. Ainda para mais sabendo que tinham que lá voltar outra vez. E voltaram, um pouco mais abertos, com a polémica um pouco mais calma, um show um pouquinho melhor e até mesmo um combate feminino. Como é para ser banhada e assim tem que ser, no final do evento tinha que haver desentendimentos entre Vince e o seu polémico parceiro de negócios que deixou os Superstars quase como reféns, presos no país, sem poder voltar para casa. Uma maravilha. E vale a pena destacar a tal qualidade dos eventos: com a mania de encher aquilo de star power, forçavam combates entre DX e Brothers of Destruction ou Undertaker e Goldberg, que deram simplesmente dó e foram recordados como os piores combates dos seus respectivos anos. É esfregar as mãos e/ou levar as mãos à testa: assinaram por dez anos disto! Pior da década? Isto é para durar toda uma década!


Só boas memórias, as que eu vos quis trazer por aqui, algumas delas bem recentes. É o costume. Cabe-vos agora comentar, como já não é nenhum Top Ten parvamente pessoal, já voltou tudo ao normal. O que têm a dizer sobre estes acontecimentos, se concordam que são assim tão disparatados. Podem, claro, defender alguns e acrescentar outros que considerem que tenham sido uma autêntica mancha na vossa década. É do tipo de viagens pela memória que sempre gostámos de ter por aqui!

Passou uma Royal Rumble na noite passada, sei lá eu se vocês estão todos aí a celebrar ou a espumar-se pelo vencedor. Eu sei que estou exactamente igual como estava no dia anterior, portanto por aí tudo bem. Mas como andava ocupado a falar de outras coisas, só agora é que vou trazer algo relacionado com o evento que passou. Sabem aquelas estrelas óbvias, com aqueles recordes que vos estão sempre a lembrar, de tempo, de eliminações, de mais não-sei-o-quê? Pronto, já sabemos quem são. Vamos falar de estrelas com marcas curiosas, de que ninguém fala. Vai ser… Vai ser qualquer coisa, pronto, que mais querem depois de mas de 300 edições disto? Se estiverem cá para ver já não é mau, logo é dar o jeitinho. Um bom início de Road to Wrestlemania a todos, fiquem bem e até à próxima!

3 Comentários

  1. Parabéns por todas as edições deste teu artigo apesar de ser muito raro comentar, leio sempre o que escreves e dou-te os parabéns por o empenho e o trabalho aqui apresentado, acredito que não seja nada fácil fazer um artigo destes todas as semanas. Parabéns uma vez mais. És peça fundamental neste site

  2. Cena vs rock5 anos

    Pela primeira vez concordo com um artigo neste site! Parabéns!

  3. Uma coisa abordada que sinto falta é a ausência do GM nos shows, acho que dar um dinamismo melhor