10 Fiascos e banhadas da década – Top Ten #301

9 – O GM Anónimo

É uma coisa que aparece muito por aqui e não costuma ser propriamente quando se trata de muito boa coisa. Podia estar aqui tudo o que envolva o conceito, mas a cena é que aquilo inevitavelmente causava interesse. E se a ideia de terem que piscar luzes e apitar a acusar a recepção de um email pode ser parva e começar a fartar, todo aquele ritual citável de Michael Cole a anunciar o que dizia no dito cujo era hilariante e pego-me à bulha com quem fizer de conta que aquilo não era hilariante.

O pior foi mesmo como lidaram com tudo. Era uma boa saída daquele ciclo infernal dos anfitriões convidados, com celebridades, algumas delas nem sequer das camadas mais altas, a batalhar por tentar fazer parecer que eram grandes fãs e sabiam exactamente o que raio se passava para ali. Até podiam levar ali boa gente, alguns que admiremos, mas nunca lhes davam algo propriamente de jeito – claro que Alex Trebek é a grande excepção e os Muppets, já depois dessa fase, serão sempre os Muppets. A malta queria, pelo mínimo, saber quem raio estava por trás do GM anónimo e era isso que os ajudava a tolerar a maluqueira.

Mas, das duas uma: ou tinham uma data de nomes possíveis e ninguém alinhou ou estiveram todo o tempo a marimbar-se para arranjar alguém digno, porque a intenção era mesmo só essa e nunca era suposto haver qualquer revelação. O certo é que a coisa desvaneceu de TV e resgataram-na por uma noite para a “resolver.” E com “resolver” queremos dizer: o Santino Marella desmascarou o Hornswoggle como quem estava por trás disso tudo. Foi tão bom e tão bem recebido que o GM anónimo chegou a voltar por uma noite, como convidado, e já fizeram de conta que se tinha passado nada, continuava a ser totalmente anónimo. Uma das mais irrefutáveis provas de algo que acontecia muito nessa altura: eles faziam nem ideia de como raio sair das coisas que amanhavam.