8 – Sin Cara
Um nome individual e que vocês sabem bem o que implica. A maior contratação falhada de que haja ideia e nolão e nem se fala propriamente da era moderna só. Alguém terá que pensar muito por mim para se lembrar de algo que tenha corrido pior que isto. Claro que já contratarm muito lutador muito pior que ele, e nem sequer nego que ele seja um tremendo atleta e luchador. Mas a coisa toda, todo o hype, tudo correu pessimamente mal.
Foi a notícia da semana, do mês, ia ser do ano e se calhar da década, quando se anunciou. A WWE tinha conseguido anunciar com o astro Místico, famosíssima luchador, destacado como um dos melhores e mais populares no México, máscara mais reconhecível e até mesmo protagonista da sua própria banda desenhada. A maior estrela internacional que ali chegava. Era enorme. Uma estrela daquela dimensão chegava à WWE. Era para abanar tudo e tornar-se um astro maior que Rey Mysterio na comunidade latina de fãs da WWE. Pronto, teve um início tosco.
O seu combate de estreia não foi assim tão bom e apresentou falhas. E assim continuou em alguns dos seguintes. Sabíamos que ele era uma cena gigante, logo até andava tudo à procura de culpar os outros lutadores com que trabalhava. O certo é que cada vez que estava em ringue era um festival de botches, começava a ser difícil defendê-lo. Quando chegou ao cúmulo de, no pré-gravado Smackdown, precisar de regravar um combate inteiro com Heath Slater pelo inicial ser inutilizável, já se começava a achar que aquela superestrela afinal não estava a render aquele hype todo.
Sin Cara ia, aos poucos, perdendo o seu ímpeto e push, à medida que se ia tornando uma piada corrente, um meme, entre a comunidade de fãs. O maltrapilho foi suspenso por 30 dias por violar a “Wellness Policy” e nunca percebeu porquê. Lesionava-se sozinho e era forçad a sua eliminação no combate do Survivor Series, alterando o plano inicial do combate. A feud consigo mesmo – um Sin Cara falso, “Sin Cara Negro,” que era um lutador do território de desenvolvimento em quem colocaram a máscara durante a suspensão – que levou ao desmascaramento e nascimento da personagem Hunico foi a lado nenhum e ninguém se importou com aquilo. Ninguém se importava com os seus combates de luz vermelha e uma data de botches.
Não havia boa palavra da sua atitude no backstage e, quando pediu para que parassem um combate por se ter magoado num dedo (!), irritou profundamente o seu adversário Alberto del Rio. Por aí já o hype da personagem estava mais que morta. Saiu, em maus termos, e sem grande noção dos direitos de uso de nome, ao disputar o nome Sin Cara – com a máscara e personagem devolvidas a Hunico. Foi uma contratação precipitada: Místico mal sabia falar Inglês, não conseguia adaptar-se ao estilo mais WWE de luta, não parecia esforçar-se muito para o alterar e, como muitos luchadores com o seu estilo arriscado, era inevitavelmente desajeitado.
Quase uma contratação sem pesquisa, como foi Ultimo Dragon, mas esse ainda podia ter rendido, eles é que mudaram de ideias. A grande contratação da década passou apenas três anos lá, a personagem virou um jobber até também ele sair no passado ano e não passou tudo de um tremendo botch repleto de vários botches dentro de si.
3 Comentários
Parabéns por todas as edições deste teu artigo apesar de ser muito raro comentar, leio sempre o que escreves e dou-te os parabéns por o empenho e o trabalho aqui apresentado, acredito que não seja nada fácil fazer um artigo destes todas as semanas. Parabéns uma vez mais. És peça fundamental neste site
Pela primeira vez concordo com um artigo neste site! Parabéns!
Uma coisa abordada que sinto falta é a ausência do GM nos shows, acho que dar um dinamismo melhor