6 – NXT: Season 3
Sim, o NXT pode ser a melhor cena que há na WWE agora, mas pode-se considerar que o seu primeiro formato, no geral, não era muito famoso. A primeira temporada deu-nos os promissores Nexus, – promessa de curta duração, não entraram eles neste Top por pouco – Daniel Bryan e Wade Barrett partiu logo para a caça ao WWE Championship e, por um pouco, era vendido como legítimo main eventer. Mas todos notavam que o formato do programa com joguinhos e mais qualquer coisa podia ser parvo. A recompensa desceu para o título Intercontinental na segunda temporada, da qual se tirou ainda menos, mas sempre tivemos o Kaval por um par de meses. Quando, na quarta, a recompensa era um Tag Team Championship nunca capitalizado para Johnny Curtis que nem foi utilizado até desaparecer e ter nova personagem e a quinta simplesmente perdeu-se no conceito e esticou-se como uma brand para talentos não utilizados que ninguém via, a coisa estava mais que morta.
Mas o derradeiro tiro foi aí no meio disso, foi a terceira temporada. Infelizmente a que procurava talento feminino. Numa altura em que a divisão atravessava a sua pior fase. Não eram as talentosas lutadoras que vemos lá a mandar naquilo agora. Era o tempo em que queriam modelos, independentemente do quão treinadas para wrestling realmente estivessem. Destacava-se claramente AJ Lee, aquela pérola que viria a carregar a pobre divisão um pouco depois e também Naomi já se mostrava promissora. Além delas, uma verdíssima Kaitlyn e modelos como Maxine, Aksana – que bem sabemos que ela em ringue é mesmo boa em segmentos engraçados com o Teddy Long – e a Jamie, que ninguém se lembra. Combates terríveis, segmentos embaraçosos, parecia que faziam mesmo de propósito para as humilhar e provar que aquela divisão era inútil. Um “combate” entre Maxine e Kaitlyn pasmou um povo que nunca tinha visto algo tão mau. Ainda dos piores combates a ter passado por um ringue da WWE.
Mas olhemos posteriormente: realmente AJ e Naomi foram as que vieram a sair daí e ser realmente competidoras e ganhar títulos; Kaitlyn, protagonista daquele negro combate, ganhou a competição e melhorou imenso após envergonhar-se em frente ao mundo; Maxine, que era mais modelo e actriz que lutadora, aprimorou-se também um pouco em ringue mas hoje já abraça mais o seu trabalho como modelo e actriz, que era já o que ela desempenhava mais como Catrina no Lucha Underground; Aksana, tentou ser lutadora depois disso e retirou-se dos ringues logo mal saiu da WWE; a Jamie, como disse, ninguém se lembra dela. Logo não dá para culpá-las. Umas nunca dariam para aquilo, outras estavam ainda mal preparadas, algumas nem se podiam destacar ali no meio porque o que mais lhes davam para fazer era ridículo.
Lá está, tudo parecia de propósito para as humilhar. Até os comentadores cagavam naquilo – que pode ser o que muitos extraem daqui, Michael Cole, que irritava todos no Raw, era hilariante aqui por estas bandas, o gajo que chegou ao cúmulo de se levantar da mesa para conversar com Tony Schimel e falar ao telemóvel durante o infame combate entre a Kaitlyn e a Maxine. Claro que isto só podia ter acontecido no meio de uma desgraçada época…
3 Comentários
Parabéns por todas as edições deste teu artigo apesar de ser muito raro comentar, leio sempre o que escreves e dou-te os parabéns por o empenho e o trabalho aqui apresentado, acredito que não seja nada fácil fazer um artigo destes todas as semanas. Parabéns uma vez mais. És peça fundamental neste site
Pela primeira vez concordo com um artigo neste site! Parabéns!
Uma coisa abordada que sinto falta é a ausência do GM nos shows, acho que dar um dinamismo melhor