3 – Friar Ferguson
É sempre alguém diferente a queixar-se e, em plena New Generation, alturas em que queriam mesmo investir a toda a força em gimmicks mais fora-da-caixa, ia sempre aparecer alguma que, num instante, iam realmente enfiá-la numa caixa e atirá-la ao mar para que ninguém a voltasse a encontrar. Mas como temos fácil acesso ao passado, descobrimos num instante.
Recuamos a 1993 e vimos a tentativa de lançar Mike Shaw, lutador sem um único factor visual em si que pudesse fazer dele uma estrela. “The Friar” ou o nome mais completo Friar Ferguson. A personagem consistia num monge maluco. Tinha a vestimenta a rigor e uma figura corporal que realmente não faria dele um wrestler credível, mas talvez aquilo sim. Completava a personagem com os mais erráticos dos maneirismos para confirmar que era, de facto… Um monge tolo. A Igreja Católica não gostou da brincadeira. Em Nova Iorque, principalmente, contactaram directamente a WWE que retirou a personagem de TV após pouco mais de um mês e um punhado de performances, se tanto.
Não é daquelas que mais lamentemos pelo desperdício de imenso potencial, até porque… Nunca haveria. Uma estrela de topo, o monge doido. Então deram-lhe outra personagem e essa sim. Ou então, essa também não, já que eles realmente contrataram Mike Shaw mas, aparentemente, não conseguiam olhar para ele e para o seu físico sem sentir asco, então elevaram isso para “over 9000” e criaram o repulsivo Bastion Booger, que durou um pouquinho mais mas, fora algumas vistas, não ofendeu propriamente ninguém.
Foi a chance que Mike Shaw teve na WWE. Ele que, apesar de estar a ser humilhado em TV, até acreditava no potencial de Booger, se fosse um Babyface a recorrer a humor mais nojento para divertir os miúdos que poderiam cantar “Booger” – algo que, traduzido para o nosso campo lexical, andará ali à volta do ranho – a pulmão cheio, nas arenas. Olhem que, por acaso, assim até é difícil tirar-lhe razão. Mas não tivemos chance de o ver, para o bem e para o mal. Do monge louco, há bem menos menções, não vá os santos da Igreja, que nunca fizeram alguma coisa de errada, tomar a mal.
10 Comentários
a sorrir o quanto insultado a stepha & os wokes do costume só a pensar nestas gimmicks passadas
chorem!!
Vc sendo literalmente o seven de Portugal KKKKKKKK
Desde que vejo wrestling, já lá vão mais de 20 anos, diria, assim de memória, que Hassan e Velveteen Dream foram os que mais tive pena por não resultarem. Tinham tudo
Mordecai
Muhammad Hassan tinha tudo para ser um top heel na WWE, eu adorava a gimmick.
O Muhammad Hassan era um dos melhores heells de sempre e na minha opinião a WWE deveria ter ido até ao fim. Alguma controvérsia faz falta. Era um daqueles heels com toda a razão no que dizia, via-se a raiva do público contra ele, pondo o racismo e a xenofobia americana a nu. De certa forma estava bem à frente do seu tempo.
Dito isto, também não acho que o wrestler fosse irrecuperável.
Falta aí por exemplo o R-Turth fumador…que durou um dia até ser cancelado pelo choradinho de uma associação anti-tabagista.
Ricardo! Tudo bem contigo? “Desapareceste” do mapa. Espero que esteja tudo bem por aí. Abraço.
Concordo
Está tudo bem e contigo? Deixei de ter redes sociais e estive um pouco afastado destas andanças, fui seguindo reinado do Roman Reigns e pouco mais, mas desde que a WWE apareceu na Netflix que voltei a seguir com atenção. E nestas ultimas semanas voltei aqui ao site.
Também está tudo. Pois, realmente reparei nessa ausência, cheguei a perguntar por ti a uma colega tua que tínhamos como amiga em comum no facebook. Pronto, fico feliz por estares bem, cá nos vemos então.