1 – Ric Flair
Caso mais flagrante porque é a ele que se associa toda a imagem. Quando se fala em “Nature Boy” ouvimos logo na nossa mente um “Woooo” e a “Also Sprach Zarathustra” a tocar. Vem um homem vaidoso, de cabelos longos e dourados – quando os tinha – envolto num robe, com uma arrogância que não é qualquer um que a alcança. Tudo isso é Ric Flair.
E tudo isso pertencia a Buddy Rogers antes dele. Activo desde os finais da década de 30 (!!!), teve uma brilhante carreira até à década de 60, até começar a abrandar actividade até à década de 70. Ric Flair não tinha apenas coisas parecidas com ele, tinha tudo. Rogers era igualmente conhecido por “Nature Boy” Buddy Rogers, comportava-se igual e até o figure-four leglock utilizava. Flair começou a utilizar tudo o que era dele, quando o original ainda estava activo, levando a uma feud já na fase mais adiantada da carreira de Rogers, na qual colocou Flair over e passou-lhe a tocha de vez. E foi daquelas tochas bem tomadas que tornou-se muito de Ric Flair.
Desengane-se quem pensa que, lá porque até estamos mais familiarizados com o “Nature Boy” Ric Flair, que Buddy Rogers é algum desconhecido ou gajo das ligas menores a quem Flair foi pescar algo para tornar maior. O original “Nature Boy” foi um dos primeiros WWE Hall of Famers pela sua impressionante carreira de décadas, onde chegou a ser o inaugural WWWF World Heavyweight Championship, lendo bem, o primeiro WWE Champion de sempre. Claro que Rogers permanece enorme e tudo o que Flair lhe “roubou” foi em tom de homenagem. Também tem vindo a ser recriado e referenciado depois dele, mesmo que aí a idolatração e tributo sejam feitos a Flair – Triple H nos seus inícios de carreira mais “Franceses,” AJ Styles quando o tinha como mentor, sempre que alguém saca de um robe como Robert Roode, ou o mais óbvio, os próprios filhos. Mas nunca ninguém esquecerá o original Nature Boy!
Dez tributos. Dez entre muitos. Mas para o Top Ten fica-se por estes e o resto fica para vocês, que espero que tenham gostado. O suficiente para vos motivar a comentar estes dez exemplos, o que acham deles, quais preferem entre os originais e recriações, o que vocês acham da reciclagem de gimmicks e, claro, como há muitos, acrescentem os vossos, eu mesmo me lembrei de mais que não entram e com certeza me terão passado ao lado muitos mais!
A conversa do “espero que tenham gostado” volta na próxima semana quando vos trago um tema muito semelhante a este, quando a consciência da recriação já não é assim tão boa e com sentido de homenagem e já é bem mais maldosa. Dez exemplos de gimmicks que já são simplesmente plágios ou paródias! Já a pensar em exemplos?
Venham cá confirmá-los na próxima semana! Até lá, é como sempre. O apelo a que não cedam ao alarme de uma nova pioria do nosso tão tenebroso e também já aborrecido cenário, e continuemos a olhar para a frente com o devido balanço de juízo e positivismo. Estamos todos em pulgas pelo fim disto, andemos! Muita força e até à próxima!
3 Comentários
Confesso que não percebi grande parte do artigo
Saudades do Sandow, mas ele está muito bem como Aron Stevens também!
Nem preciso citar nomes mas também da para encaixar o Heel estrangeiro.