10 Gimmicks Retiradas de Cultura Popular – Top Ten #370

8 – The KISS Demon

Eu disse que íamos ter as más e parece ser para isso que estamos voltados. Para isso e para a WCW que realmente era muito propícia a isso. Na década de 90 trouxe Dale Torborg, ex-jogador de baseball a tentar a sua sorte no wrestling. Teria uma gimmick chamada “The Demon” mas iam aprofundar isso ainda mais. E Eric Bischoff começou a tratar de uns negócios.

Assinou um acordo com os KISS, a lendária banda, e conseguiu os direitos de imagem para poder atribuir ao lutador. O acordo servia como uma espécie de promoção mútua. E então The Demon passou a ser mesmo “The KISS Demon,” com toda a sua imagem moldada em Gene Simmons, o baixista, co-vocalista e principal cara – e língua – da banda. Porém, quanto rendia um contrato com os KISS? Isto vindo de um escriba que até é fã e membro honorário da “KISS Army” – digo honorário para não ir tão longe porque as legiões de fãs hardcore… é tudo tolo – … os KISS estavam longe daquele auge de popularidade da década de 70 quando, realmente, encontrava-se a cara deles estampada em tudo o que fosse possível, até filmes parvos tinham. Já tinha passado a década de 80, a desmascarada e sem as pinturas míticas, em que se renderam ao glam/butt rock característico dos tempos e perderam muito ímpeto e até alguns fãs. Por esta altura, 1998, já se tinham separado e era o burburinho da reunião que movia isto, juntamente como novo disco “Psycho Circus” que, teve a recepção mediana-a-boa e venda que se esperaria de um mero acto nostálgico de regresso. Um midcarder na WCW não ia realmente causar grande impacto, nem para a WCW nem para os KISS.

Daí que não haja propriamente grande coisa de registo deste demóniozinho. Mas isto era para ser coisa de ir muito mais longe! Plano inicial: toda uma stable, os Warriors of KISS, com mais lutadores a interpretar os restantes membros da banda. O contrato com os KISS prometia que o KISS Demon tivesse pelo menos um combate main event. Mas coisas aconteceram: a primeira foi a perda de poder de Bischoff e novos oficiais a destruir qualquer ideia sua que achassem estúpida. A segunda foi a sua apresentação, com os próprios KISS a tocar “God of Thunder” para a sua entrada, a dar audiências paupérrimas e a ficar quase tão over como o Yeti, provando que realmente os tempos de glória dos KISS já lá iam. O KISS Demon jobbou na sua estreia e morreu logo ali na praia, nunca recuperando qualquer ímpeto e acabando por dar em nada. O tal “main event” prometido foi resolvido: jobbou em pouco mais de três minutos no SuperBrawl num combate, a meio do card, que chamaram de “main event” porque sim. Pronto, nada humilhante. Mas ficou resolvido. Dale Torborg entretanto casou com Asya, a tal plagiadora da Chyna de quem falámos há pouco tempo, e retomou a sua carreira no baseball como treinador. Vá lá, felizmente para ele também ficou tudo resolvido. Quanto aos KISS no wrestling… Sabe-se que Paul Stanley é fã que já foi visto ali nas filinhas da frente em pleno Monday Night Raw, num momento que me irritou profundamente, ao ver que promoviam e expunham uma data de celebridades da fila da frente que fazia lá eu ideia de quem eram, enquanto eu estava farto de ver ali uma lenda atrás dos comentadores, que não reconheciam ou destacavam!

3 Comentários

  1. DP3 anos

    Bom artigo Chris JMR, acredito ainda que podias ter acrescentado um outro personagem que até há bem pouco entrou no WWE Hall of Fame, um tal de The Honky Tonk Man

  2. Essa gimmick do sting foi a melhor, lembro me de ele derrotsr o hollywood hogan pelo titulo máximo e tambem a feud com o vampiro, tambem de destacar a entrance e a theme song que combinava na perfeição e tambem a sua representação, foi perfeita, tao identica ao brandon lee no filme o corvo, aproveito para aconselhar este filme para quem gosta de filmes de super herois num contexto mais negro, mais violento, mais sério… o primeiro filme da serie quenfoi o unico representado por Brandon Lee é sensacional

  3. Mr Catra3 anos

    Sting é um clássico absoluto.