2 – Pipebombs!
É tudo muito bonito, mais um grande momento daqueles que não dá para voltar a reproduzir. Por isso mesmo é que talvez seja pertinente dizer que nem o próprio ia conseguir o mesmo efeito ao tentar mais uma sessão de bocas, numa recente conferência de imprensa, agora para alienar bem mais fãs do que para os conquistar.
Mas isso já é outro conto. Para já, falámos da original – e única, diga-se – Pipebomb, de 2011, que foi épica, histórica, agitou realmente a WWE e terá servido como transição entre eras, daquela tal mais familiar PG para uma mais conectada com a realidade e a inevitável internet. E também teve um impacto em nós, inocentes, como já algo não o conseguia em muito tempo. É que, até começarmos a pensar nos factores todos, estivemos mesmo uns momentos convencidos de que a confusão era real!
E foi mais ou menos. Do tipo, ele disse o que lhe ia na alma, fez uns quantos namedrops e disse umas quantas coisas que não devia, mas tinha a bandeira verde para o fazer e todos sabiam que o ia fazer e quando fazer a dramática interrupção. Porque, quando a promo já ia longa e muita boca já estava mais do que aberta com o que ouvia de Punk sentado no chão, de pernas cruzadas, a coisa começa a ir cada vez mais longe, Punk olha para um potencial futuro com Vince McMahon já morto e começa a contar algo que seria alguma revelação chocante sobre a família-maravilha dos patrões. Aí é-lhe cortado o microfone e a transmissão sai bruscamente do ar. E nós ainda pasmados. Tremendo final, deixou-nos abalados e convencidos de que assistíamos a um shoot, e ficamos mesmo em pulgas com o que saía daí, até ao anúncio da suspensão indefinida de Punk. Aos poucos fomos juntando peças e reconhecendo o seu carácter como “work” mas já estava plantado um grande momento, história estava feita, grande storyline do Verão a começar. Até pode ser o cliffhanger de todos os cliffhangers…
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