1 – Lex Luger
Era urgente. Ou pelo menos achavam que era. Precisavam de um novo Hogan. O escândalo irrompera mas a Hulkamania já estava a meio gás, de qualquer maneira. Se era para promover uma nova era, tinha que ter uma nova cara. E calha que o Ultimate Warrior também saiu pouco depois, mesmo depois da tocha já entregue um ano antes. Isso passou-se em 1992 e o pânico começou no ano seguinte.
O que eles não calcularam muito bem é que queriam vender a todo o custo que essa era uma nova era, mas queriam um Hogan 2.0 à frente dela, justificação para que simplesmente não aceitassem o popularíssimo e de talento igualmente inegável, Bret Hart. Começa a procura por um candidato e reza a lenda que o pretendido era Crush. Era ele que ia conseguir o famoso powerslam em Yokozuna – já aí a espelhar o slam em Andre the Giant – mas chega à hora e o gajo não consegue levantá-lo e fica à rasca das costas. Oh, diabo.
Também reza a lenda que a intervenção de Lex Luger foi improvisada, o que só torna a sua entrada de helicóptero mais fantástica ainda. Foi o ponto de viragem para Lex Luger, cuja passagem pela WWE deu-se muito à volta do acaso. Saiu da WCW em 1993 para assinar com Vince McMahon mas por acaso até nem era para a WWE. Era para a WBF, a World Bodybuilding Federation, quando aquilo ainda era uma cena. Esteve lá pouco tempo até ser afastado dos ecrãs por um acidente de mota e a companhia ter ido a lado nenhum. Em 1993 lá o trouxeram para o wrestling, o seu velho ofício.
Estreou como Heel, com a gimmick de “Narcissist” Lex Luger, rodeado de mulheres vistosas e espelhos para se contemplar. Como já tinha dito, semelhante ao nosso amigo da posição 9, que está aqui a ser bastante mencionado. Só durou uns meses até ao famoso episódio da emergência que o lançou como Face. Parecia que tinham encontrado a mina de ouro em Luger, tinha o físico que se pretendia, sem dúvida.
Começa o push descomunal, de narcisista passou a patriota, usava as cores da bandeira sem querer saber muito de questões de bom gosto, percorria o país no seu “Lex Express” e encabeçava a luta contra esses estrangeiros ameaçadores do Japão ao desafiar Yokozuna pelo WWE Championship no SummerSlam. Que não ganhou mas manteve o mesmo ímpeto, afinal venceu o combate por contagem e celebrou como se tivesse conquistado o título. Luger era muito popular, não há dúvidas. Mas não conseguia deixar de ser um #2.
No final do ano, as votações para Superstar do ano não lhes devem ter saído como esperavam e Bret Hart venceu mas anunciaram o segundo classificado, Luger, para entregar o prémio ao vencedor, com mais ênfase do que o próprio vencedor. Se querem uma boa representação de toda a situação, é a Royal Rumble de 1994. Que Luger e Bret co-venceram. A Wrestlemania definiu como ficariam os papéis: Luger combateu primeiro e não venceu; Bret combateu depois e saiu de lá WWE Champion.
O ímpeto e as reacções de Luger começariam a diminuir, ficava-se mais pelo midcard e em 1995 regressaria à WCW, onde chegaria a World Champion. Na altura já estavam cegos com Diesel e era a ele que empurravam a todo o gás, começando já a maçar os fãs. Apesar da má relação com a WWE, problemas pessoais e escândalos como o de Miss Elizabeth a começar a levar a maior e riscarem o seu nome de uma potencial entrada no Hall of Fame, o certo é que Luger já trabalha novamente na WWE como conselheiro de saúde.
Um gajo roto a dizer “ponham-se finos ou ficam como eu,” basicamente. Será que lhe perdoam o acesso à prestigiosa elite? É que aquilo já lá está cheio de tolos…
E cá está. Dez casos que quanto mais depressa, mais devagar. Tipo eu quando começo a escrever isto cheio de pica e, a meio, já me estou a distrair a ler curiosidades sobre o Baywatch at Night. Mas não tão assim, as consequências duras de um push imediato que nem sempre vai resultar. Acham que mereciam? Precipitaram-se? Resultaria se fizessem as coisas de outra forma? Pronto, vão questões para o ar para comentarem à vossa vontade, digam lá o que se lembram desta malta.
Volto na próxima semana e aproveito o tema para sacar de nova série de temas relacionados. É óptimo para ir prolongando, especialmente quando o meu antigo plano ainda anda perdido. Na próxima semana é um twist disto tudo: dez estrelas que chegaram ao topo, mas nem por isso os tornou grandes estrelas de topo. Vamos cá estar na próxima semana a lembrar quedas de Campeões Mundiais? Não há-de aleijar muito. Até à próxima, fiquem bem, cuidem-se e mantenham-se seguros e com juízo!
4 Comentários
Iria falar sobre o Del Rio, mas percebi que ele vai estar no proximo tema, ja que no fim mesmo dando varios mundiais a ele e um Royal Rumble foi uma grande perca de tempo.
Mrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr Kenedyyyyyyyyyyyyyy Kenedyyyyyyyyyyyyy!!!!!!!
Sempre que eu vejo alguém falando do Ryback, eu me lembro de um antigo usuário aqui do site, que tinha o nick de Ryback Rules, era um fanboy do Ryback e hater do Daniel Bryan, sempre comentava coisas sem sentido.
Engraçado kkkkk