10 Grandes twists que fizeram história no Wrestling – Top Ten #472

1 – O terceiro homem e uma nova ordem

Já era capaz de estar no topo da lista de muitos vocês. É um momento daqueles. E olha, foi na WCW. O que significa que eles também sabiam fazer coisas desta categoria e bem. Havia algo a resolver que já estava a dar TV muito interessante: a chegada/regresso de Kevin Nash e Scott Hall à WCW, recém-saídos da WWE e a vender o conto de que ainda estavam lá contratados e só iam para lá armar barraca.

E armaram barraca, sim. E vai lá vai, que também essa abanava, estavam a tomar conta da companhia. Mas havia mais alguém. Não era uma dupla só que estava a actuar, continuavam a dizer-nos que havia um terceiro homem e já tinham a malta em pulgas em relação ao tal terceiro homem. Iríamos ter a revelação no momento em que Randy Savage levava uma sova? Não, calma aí que chegou o herói! Hulk Hogan estava cá e vinha salvar o velho “amigo”! Até lhe largar uma leg drop encima e cair muito mais no público ao verem aquilo a acontecer. Era mesmo o surreal: Hulk Hogan tinha a sua Heel Turn. Ainda mais mítica do que a leg drop da revelação, só a imagem de Hogan, sob uma chuva de lixo atirado do público, a anunciar a chegada dessa tal nova ordem mundial e a dar a conhecer ao mundo este novo Hogan. Esqueçam lá a Hulkamania e deem as boas-vindas ao Hollywood Hogan!

Claro que este é um dos grandes momentos da história. É, sem dúvida, a maior Heel Turn de todos os tempos. E também fundou os nWo, um dos grandes grupos de todos os tempos também. Quando se fala neles é assim, é naquela de “todos os tempos.” Claro que também descambou, prolongou-se demais e o segundo twist que sacaram para uma reunião – o Fingerpoke of Doom – também foi uma das maiores banhadas de todos os tempos. Mas tudo isto foi épico. E pode bem ter sido o momento-chave a dizer-nos “bem-vindos à loucura dos 90s” no wrestling. O primeiro pedregulho no charco de uma guerra televisiva. Por aqui as coisas eram mais edgy e o Hogan era o vilão de topo. E por aí? Your move, WWE. Desenrascaram-se muito bem a responder, eventualmente, sim. Mas haverá maior chapada de luva branca em tom de desafio para a maior competição na história do wrestling a não decorrer dentro de um ringue?

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E talvez haverá mais uma data de acontecimentos desta categoria. Cabe a vocês acrescentá-los. O derradeiro sinal de que isto chega ao fim, é quando fujo e passo a batata quente para vocês. Quando chega a vocês, já vai fresquinha e acaba a minha responsabilidade de cumprir com uma lista digna. Espero que esteja, mesmo que minimamente. E agora então comentam estes casos e mais qualquer coisa que vos ocorra. Como sempre, podem recorrer ao mais contemporâneo ou mais clássico ainda. Quem se levanta a lembrar aí uma derrota de Bruno Sammartino, recebida com um daqueles tais silêncios ensurdecedores de incredulidade, que Sammartino até ficou a pensar que tinha ficado surdo? Pronto, até já está o próprio gajo que escreveu a acrescentar coisas, não foi ele que fez a lista?

Não liguem, sigam lá com o costume. Estejam cá na próxima semana porque há mais para falar sobre isto e, além do apenas bom ou mau, há aquele desgraçado que sai pela culatra ou é uma pedrinha no charco que ninguém nota. Essa deve doer-lhes a eles, quando tentam grandes revelações que não surpreendem ninguém. Se calhar até se arranja dez dessas e já há desculpa para cá virem na próxima semana ver. Até lá são aqueles conselhos de agasalhar e abrigar, que está bom para isso. Tumultos e implosões políticas? Não fui eu! Nem são tão relevantes para aqui. Portanto bola para a frente, até à próxima e fiquem bem!