8 – Daniel Bryan
Claro que estamos a falar de um tipo que não estava a maçar os fãs. Os fãs é que estavam maçados por não se estar a passar nada com ele. Falava-se de Bryan Danielson, um dos melhores performers em ringue contemporâneo e, já no palco grande, à procura de se tornar um dos melhores de sempre, houve essa noção desde o início e doía ver que faziam nada com ele. Os fãs casuais que não estavam familiarizados com o seu passado, nem davam por ele. Alguns poucos detractores podiam acusá-lo de não ter carisma.
Tornar-se Mr. Money in the Bank foi um raio de esperança… Que desvaneceu logo. Caiu tão fundo que tanto ele como o público já estava convencido de que ele ia ser o primeiro a fazer aquele “cash-in” e a falhar. Depois de muito tempo fora de TV, sem qualquer carácter que se lhe pudesse apontar, e com cada vez menos estofo de futuro World Heavyweight Championship visível, a coisa lá se deu e ele realmente ganhou o título.
Daquela forma manhosa difícil de atribuir a um Face e podia ter sido um calhau mais espalhafatoso na poça. A Heel Turn foi gradual. Tinha que se tornar cada vez mais manhoso… E irritante. O problema disso? É que era divertidíssimo. Tinha uma relação abusiva com AJ Lee para ter algo que desse para vaiá-lo, mas de resto… Era o mais divertido que ele já tinha sido na WWE.
A ordem que tinha era para ser um chato que celebrava demasiado os seus fracos feitos. Então o gajo lá começou a lançar os indicadores ao ar e a gritar “YES!” Pronto. Nasceu aí um mito. Recém-vilão mas com a plateia a aderir cada vez mais aos seus maneirismos.
O momento-chave deu-se na Wrestlemania XXVIII quando perdeu o título para Sheamus em menos de 20 segundos. O que devia ter sido um grande momento para Sheamus deixou-o coberto de heat e colocou toda a plateia a cantar por Bryan a partir daí até… Para sempre. Momento terrível que, em retrospectiva, foi um momento essencial para o crescimento do “Yes Movement” e, ao longo dos dois anos seguintes, Bryan estabeleceu-se como o Superstar mais popular de todo o plantel.
A sua reforma antecipada foi um dos momentos mais tristes que nos lembremos, mas o seu regresso foi um dos mais emocionais e agradáveis. Actualmente aí anda ele, já um multi-WWE Champion, performer essencial e que até já desfrutou de mais uma corrida como Heel, bastante bem sucedida mas da qual já saiu porque… Por quanto tempo somos nós capazes de fazer de conta que não adoramos o gajo?
12 Comentários
Ótimo artigo, só acrescentaria o heel turn de AJ Lee no TLC 2012
Acrescentaria sasha banks que foi muito melhor que uns nome ai
Tbm acho
Bom artigo.
AJ Styles na WWE.
Foi épico! Foi lindo de ver, muito bem lembrado.
Ótimo artigo! Gostei muito de relembrar essas turns, faltando talvez os turns do AJ, Sasha (como foi citado pelos amigos), talvez o Rollins também, que foi a “Evolution” da personagem como ele mesmo citou em promo, enfim… São bons casos, porém não abaixa o nível do artigo.
Ps: o turn da Becky foi lindo, foi o ponto alto da sua carreira e deveria ter ficado mais como heel.
A épica heel turn do Rollins aos The Shield poderia estar no artigo. Foi a turn que despoletou a célebre gargalhada dele e que recordamos como notável da arrogância da personagem dele!
Acrescentava a heel turn do Hulk Hogan na WCW .
A hulkamania ja estava no fim e ele conseguiu reinventar se
The Rock realmente é o primeiro incontestavel nesse quesito.
Bom artigo, apenas trocava a Dakota Kai pela Io Shirai.
agora faz lutadora que vc quer ver como campeã…