5 – Estrelato pós-Angle/Joe
Mas também é impossível ignorar outra fase que talvez seja de importância maior ainda, que foi quando tinham que se estabelecer. Perto do início e as coisas começavam a estabelecer-se. Mas queriam realmente impor-se como uma companhia a sério – apesar da sigla duvidosa – e a ser levada a sério, fosse de estádios cheios ou não.
Teve um início aprovado. Tinham todos acabado de ficar sem a ECW e a WCW, até sabia bem ver algo novo a surgir no horizonte numa altura, ainda sem retorno, em que a WWE tomaria conta de um monopólio dominante. A forma como batalhavam para fazer chegar ao público, com o tal método arriscado de pay-per-views semanais, chamou a atenção e havia muito potencial naquela companhia. Parceria com a NWA também ajudou. E o plantel começava a formar-se, tinha ali imensos jovens promissores para realmente serem os alicerces daquilo e começava a receber alguns veteranos sem lugar na WWE mas que a malta ainda gostava de ver. Estaria aí uma chave para realmente colocar a TNA no mapa: nomes gigantes a dar-lhe credibilidade e “star power.” Ora então Sting e quem mais? Esse já o tínhamos visto a fazer frente à concorrência, com que nome podiam surpreender todos? Talvez a sua maior contratação de sempre, – ninguém diga isso ao Hulk Hogan – Kurt Angle chegou à TNA para mudar completamente o jogo.
Até foi ele que apresentou o inaugural TNA World Heavyweight Championship, sem a necessidade da parceria com a NWA. Já tínhamos o veterano lendário a encabeçar aquilo, que mais a acrescentar? Faltava um talento mais fresco, que até já tivesse o seu conhecimento entre os fãs mais acérrimos mas que começasse a tornar-se sinónimo com a companhia. Era preciso ir buscá-lo fora também? Claro que não, já tinham estrelas fantásticas lá para isso, ora tinham um AJ Styles ou… claro, um Samoa Joe. Daí que, tão inteligentemente, Angle estreasse a enfrentá-lo e a iniciar uma das feuds mais históricas da companhia. De modo geral, concorda-se que tudo podia ter sido feito de forma diferente nessa rivalidade mas já ficou marcada no cimento e pode ser um momento-chave em fazer a TNA disparar para ainda mais alto que o que já estava, ultrapassar o rótulo de “promissora” e passar a ser algo mesmo “presente” e a inspirar os talentos que lá estavam e que a seguir viriam a subir o nível. Definidor de uma era naquele ringue ainda hexagonal.
4 Comentários
O r-truth devia voltar pra inpact wrestling porque lá ele se saia bem melhor na wwe ele só fica correndo atrás do 24/7 champion junto com o akira tozawa e a tamina
Esse artigo me fez lembrar tanta coisa boa da TNA e que ainda tem um pouco no Impact de hoje em dia, acho que foi um dos melhores que já li por aqui, realmente muito bom e disse muitas verdades, saudades da Beer Money, Drew Galloway, as primeiras parcerias com NJPW e ROH, também as lutas pelo X-Title, etc, grandes momentos!
Amava a TNA, o ringue hexagonal, os combastes fodas, as estrelas que ali tinham, época boa que ficava ansioso por um PPV deles, hoje não acompanho mais, mas só tenho a agradecer por possibilitar alternativas no mundo do wrestling
Bom Top.
Para semana que vem prevejo, os nomes do Hogan e do Vince Russo sendo citados algumas vezes.