8 – O regresso de Boo-Tista
Lá foi tudo emendado – ou será que já era planeado? – para que não desse numa desgraça. Regresso triunfante de Batista em 2014 e o bom povo até estava entusiasmado por tê-lo de volta, até nem se importava que ele andasse por aí a rasgar as calças, só tinha mais piada ainda. Tudo bem, era bem-vindo mas para a posição de topo estava tudo mais virado para outro rapaz mais pequeno que já merecia bastante.
E a coisa escurece quando esse rapaz, Daniel Bryan, nem na Royal Rumble entra e começa a notar-se logo que Batista vinha para ganhar aquilo tudo. De repente já não era tão bem-vindo assim, foi vaiado para fora da arena e não conseguiria recuperar mais a plateia, tentando ainda arrastar uma breve rivalidade com Alberto Del Rio, que deixou este mais over com o público que em qualquer outra altura da carreira. O que se estava a construir era um main event da Wrestlemania pelo WWE Championship, entre Batista e Randy Orton e toda a gente só antevia banhada e já estava preparada para virar as costas àquilo. Não dava para tirar uma história entusiasmante e convincente daqui, nem tinham atenção do público para isso. Portanto esqueçam lá o Batista bonzinho, mudem-no para um vilão ressabiado e acrescentem o tal rapaz ignorado anteriormente.
Entra Daniel Bryan, toma conta do Raw com um “Yes! Movement” enorme e em crescimento, entra numa quente rivalidade com Triple H e vê acesso ao paupérrimo main event da Wrestlemania. Batista e Orton podem aparentar ter passado para segundo plano mas eram ameaças legítimas. Grande combate se dá no grande evento e é Batista quem faz o “tap out” dando já algum propósito ao seu regresso. A coisa só melhoraria ainda mais quando a seguir se reúnem três quartos dos Evolution para uma tremenda feud com os Shield que deu em combates fantásticos, dos quais Batista voltou a ser veterano de honra e a deixar a malta sair por cima. Abandonaria a seguir por divergências mas já perdoado, assim sim se dá um bom regresso de Batista. Foi sempre esse o seu propósito? Teve novo regresso este ano, esse já mais divertido. Que por acaso é o que não costuma falhar, o senhor é sempre uma fonte inesgotável de memes!
4 Comentários
Ainda não li esse mas quero dar uma ressalva… seus artigos aqui no site são uns dos melhores.
Excelente artigo, os Brokens foram uma grata surpresa.
Bom artigo como sempre, assim de repente podia acrescentar os The Bar que começou com uma série à melhor de 7(!!!) e acabou numa boa tag team.
Mas um que eu acho que tinha mesmo de estar na lista era o Miz, de gajo irritante de reality show até aquilo que é hoje, uma espécie de The Rock com as devidas distâncias.
Realmente o New Day tinha tudo para dar errado e foi um mega sucesso.
Saudade da storyline dos Aces & Eights. Parecia que seria péssimo e foi bem legal