3 – Desenvolvimento desenvolvido
Começa a década com uma estranha proposta de novo programa, que ainda na primeira metade da década sofre a sua imprescindível mutação para algo muito refrescante, torna-se a melhor cena com o selo da WWE já a meio da década, e conclui-o superando esse seu estatuto de “segunda divisão” e fazendo valer a sua supremacia na preferência dos fãs também em ecrã, como uma brand estabelecida e dominante. Claro que falo do NXT.
Começou como um programa que misturava um pouco de reality show e game show, para lançar o futuro, recompensando o vencedor. Foram cinco temporadas que não deram assim tanto fruto e que foram perdendo a relevância com o passar do tempo. Ainda nos deu Daniel Bryan e alguns nomes que se vão mantendo pelo radar mais baixo, assim como outros Campeões mais significativos como Bray Wyatt, AJ Lee ou Wade Barrett, mas não foi aquele lançamento e formação de estrelas que devia ter sido.
Com um “NXT Redemption” já a servir apenas de programa experimental para lowcarders sem lugar em TV, acharam que deviam arregaçar as mangas, pegar no nome NXT que até era bom e fazer algo completamente novo e diferente. Ficou Triple H com o projecto nas mãos. Achou que a FCW era gira mas era muito “underground,” havia uma Network jeitosa para transmitir coisas, era questão de aproveitar o talento caseiro, uma nova contratação ou outra, uma boa arena pequena com um público bom e fiel e tínhamos um novo programa a lançar, com um propósito: o futuro. E parecia ser um futuro brilhante, com o novo NXT a dar nas vistas e a estabelecer-se como um “must see.”
Tudo se intensificava e havia necessidade um especial. O NXT Arrival causou estrondo e deu o pontapé-de-saída para a marca “Takeover” que ainda hoje é facilmente vista como superior aos PPVs com que é emparelhado. O programa cresceu a olhos vistos e abriu as portas para um futuro incrível: tanto para contratações de pesos pesados do wrestling independente e internacional, assim como um fantástico Performance Center para criar talento caseiro de raíz. Hoje em dia o plantel do NXT é uma panóplia de talento, variedade, potencial e brilhante futuro que dá gosto ver. E quanto ao que já criou? Vamos jogar ao namedrop.
Seth Rollins, Roman Reigns, Charlotte Flair, Kevin Owens, Bray Wyatt, Becky Lynch, Samoa Joe, Sasha Banks, Shinsuke Nakamura, Bayley, Finn Bálor (já de volta), dois terços dos New Day, Alexa Bliss, Sami Zayn, Asuka, Andrade, Paige, PAC, Austin Aries, Drew McIntyre, Eli Drake, Baron Corbin, Tessa Blanchard, KENTA, Tenille Dashwood, Juice Robinson, Rich Swann, Bobby Roode, Rusev, Sami Callihan, The Revival, Shaun Spears, Iiconics ou Viking Raiders, entre muitos outros.
Apenas exemplos de estrelas, de variados sucessos, que já tiveram o NXT como casa, quer temporária ou de lançamento. Sim, é uma boa fábrica, que já se expandiu para território Europeu, com o NXT UK, onde reúnem o melhor do talento internacional inclusive a nossa Killer Kelly. E acabam a década em grande, com o derradeiro passo: a transição para TV, em directo, a concorrer directamente com o programa principal de um forte adversário, sempre com audiências bastante equilibradas, e a dominar o Raw e o Smackdown em pleno Survivor Series. O NXT veio para ficar e já o reconheceram.
2 Comentários
O fim da streak vai ficar ora história
Excelente artigo ☺