1 – Exploding Barbed Wire etc etc
Dos conceitos mais violentos que já tenham passado para um ringue. Daqueles que têm toda a gente a perguntar-se porque raio se vão lembrar disso. Lá no sítio onde originou. A tentativa de o trazer para TV ocidental e de quase o tornar mais acessível é que não correu muito bem. É cinismo colocar um acontecimento recente como este na posição de topo? Não me parece e o certo é que foi um momento muito decepcionante até para o fanático mais fervoroso.
Algo que a AEW despertava bastante. E o certo é que todas as semanas tinham alguma loucura entusiasmante a acontecer, como ar fresco num cenário estagnado que era o wrestling, especialmente a bagunça que era a WWE e o seu desorganizado programa principal semanal. E por acaso apostavam muito na violência, é algo que desperta logo a atenção do espectador. E talvez sejam dos responsáveis por começar a banalizá-la. Aqui o calor todo era entre Jon Moxley e Kenny Omega. Difícil superar algo com estes dois, dado o louco combate que já tinham dado anteriormente. Esse até impressionou ainda muitos que não estivessem tão dessensibilizados como já muitos de nós aqui. Até as palavras “longe demais” foram usadas. Calma lá. Mas eles queriam tentar ir por aí. O tal infame “Exploding Barbed Wire,” que já tinha originado momentos de fazer cair queixos, parecia adequado.
Havia o problema da execução. No Japão faziam-no muito “straightforward” porque, pronto, era tudo tolo. Aqui convinha haver um pouco mais de cuidado com a saúde e bem-estar dos seus integrantes, já não estamos no tempo de os tratar como animais de circo. Então o combate em si foi executado muito bem. As explosões do arame, ao contacto, não eram grande coisa, se calhar até serviam mais ao combate da entrada anterior. Mas pronto, passa, o resto foi muito bem e lá subiu a escala da violência com sangue e muito arame farpado, mesmo que já tivessemos visto aqueles loucos a atirar-se para um trampolim daquilo antes. Chega ao momento do grande final. Um estouro e umas faíscas. E foi tudo. Os fãs na arena vaiaram, a malta online divertiu-se imenso. Uma “underdeliverance” de assinatura. É caso para dizer “como queriam que fizessem aquilo de forma segura?” Pronto, se calhar aí é que não deviam inventar tanto e depois é que vêm emendar o enredo a sugerir que o plano foi sempre esse e o Omega apanhou-nos a todos. Tudo bem. Mas já o Eddie Kingston tinha feito a figura de urso ao vender o estouro de um balão e uns sparklers de aniversário como se fosse quase a morte, em paralelismo ao momento de Onita e Terry Funk. Pois. Por vezes, menos é mais!
Fica por aqui o Top Ten e a vez é dada a vós. Podem comentar cada caso e até podem, perfeitamente, defender alguns destes casos se consideram o seu tratamento algo injusto. Perfeitamente aceitável mas não pretendo deitar os momentos abaixo, é mesmo só uma listagem de coisas que… Se calhar nem eu saberia como as fazer melhor. Se souberem, também é uma coisa que podem comentar! É o que quiserem, basicamente!
Vão aproveitando toda esta semana para comentar, até chegar o próximo que mais uma vez tem a violência à porta mas não a deixam entrar. “Mau,” estarão vocês a pensar. Então o gajo promete violência e foca-se agora na falta dela? Mas é o tema na mesma! Na próxima semana vamos olhar a oportunidades falhadas. Ou melhor, quando têm a oportunidade de fazer um combate mais à bruta mas desperdiçam a chance disso. Vamos olhar a dez desses casos, se não houver dificuldade em listar tudo. Há sempre! Torçam pelo melhor, venham cá confirmá-lo e, até lá, vão passando bem. E não, ainda não é Natal! Até à próxima e fiquem bem!
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