10 Momentos históricos de violência – Top Ten #426

1 – O arremesso “fatal” que afinal era imortal

A primeira posição fica reservada para outro louco cavalheiro que também já foi aqui mencionado muitas vezes. Na anterior entrada até. E noutras. E que não é um requisito nem um parâmetro a seguir. Não se pode exigir que cada lutador deixe um bocado da própria orelha no ringue para se comprovar. São coisas muito à Foley. Como um bump destes.

Ainda por cima um improviso do momento. Se calhar até é melhor assim do que muito preparo. Tipo penso rápido. Vai logo na hora, sem pensar, e depois vê-se. Numa situação tão enervante como o topo da nada baixa Cell do Hell in a Cell, Mick Foley, a interpretar Mankind, enfrenta Undertaker, a quem pede que o empurre da beira da jaula. E lá se atira o gajo, pela mesa dentro, daquela arrepiante altura, sem nos dar indicações de que ficaria tudo bem e acabaria o combate vivo. Ainda para mais quando continuaria, não haveria interrupção aí, e ainda tinha mais uma queda incidental daquele mesmo topo, dessa vez já no ringue. Como se isso melhorasse assim muito. O bump de todos os bumps e uma das imagens mais reproduzidas e repetidas em “highlight reels.”

Um grande momento que realmente não dá para reproduzir de forma igual. Já houve mais quedas semelhantes. Ou do meio da jaula ou outro tolo que acha que tem asas como Shane McMahon a fazê-lo numa mesa mais preparada para o bump – o que não indica que tenha sido aterrar em nuvens, claro, foi mesmo só para garantir que ficava praticamente inteiro. Porque este momento até pode ser épico mas é porque é muito mais fácil de ver agora, que sabemos que ele ainda anda aí, já fez muita mais coisa, e continua bem, dentro dos possíveis. Mas não gostaríamos de ver outra situação assim tão precária em que temessemos tanto pelo bem-estar do lutador em questão. Foley definiu aqui aqueles limites aos quais nenhum se deverá atrever. Pelo menos com tanta espontaneidade.

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É assim à bruta que se acaba um Top Ten. OK, o ranking em si foi levezinho, o seu conteúdo é que foi forte. A ver se assim a falar de pancadaria mais violenta vos atrai mais a atenção e já tenho o gosto de ler mais comentários vossos. Porque o propósito continua a ser esse: dar-vos a palavra e saber que dei algo que tenha sido minimamente apreciado. Espero que tenham gostado e toca a comentar estes momentos e tudo mais que quiserem!

Para a próxima semana, à medida que entramos por um Outono dentro que já realmente se faz sentir (finalmente!), podem lê-lo acompanhado por umas castanhas se quiserem. E ficam com elas todas, que não gosto nada disso. Mas a sensação de calorzinho aconchegante fica por aí. Porque por aqui, as coisas continuam à bruta. Um pouco incidentais até. Há combates em que já se sabe e planeia, à partida, o quão longe vão. Outras vezes até acontece sem querer. E na próxima semana, vamos ver se não falho na tarefa de compilar dez combates que inadvertidamente se tornaram mais violentos que o suposto. Alguma ideia? É virem cá ver. Portanto tudo de bom, fiquem bem e até à próxima!