10 Momentos mais assustadores pelo realismo – Top Ten #515

2 – A queda das quedas

Já que falámos, na entrada anterior, no facto de ser uma personagem perturbadora e perturbada… Não se poderia ficar apenas pelo fazer mal aos outros. Bem sabemos que a sua principal marca é a dos danos que causa a si próprio e cujos frutos ainda anda hoje a colher.

Se falamos da forma como trazem o realismo para isto para nos causar medo, preocupação, nervosismo, ansiedade e isso tudo… Resultará mais e melhor ainda se realmente o momento for real. A partir de uma ideia do momento e de um fatal botch, saiu um combate histórico… Mesmo que seja para nunca se reproduzir.

Ainda hoje em dia ficamos nervosos quando vemos aqueles malucos a subir para o topo da jaula do Hell in a Cell. Aquilo é muito alto. Vem-nos uma vertigem e o estômago dá um nó. Normalmente têm tudo controlado mas, naquela infame noite no King of the Ring de 1998, havia razões para isso. Quando próximos da beira, aparentemente a partir de uma ideia de Foley no momento, Undertaker empurra o lutador, que cai desamparado sobre a mesa de comentadores instalando a histeria e o pânico, para um momento que seria reproduzido milhões de vezes mais em toda a história. Era mesmo caso para concordar com o que se berrava, com euforia: estava partido ao meio.

Depois também ficamos com receio quando os lutadores são os seus próprios maiores inimigos e não sabem quando devem parar. Por eles, é nunca. Em qualquer planeta e com qualquer humano, o combate estava acabado ali mesmo. Mas não para Foley, que ainda se levantava, continuava o combate e, num instante, já estava lá encima outra vez para retomar um spot de um chokeslam sobre o tecto da jaula… E a sacana cede e o desgraçado tem a sua segunda queda desamparada na mesma noite. No espaço de minutos.

Hoje já não se lembra de nada, mas nós sim. Todos, até mesmo alguns que não acompanham a modalidade, conhecem bem as imagens da queda e faz-lhes imensa confusão porque não percebem logo como é que se finge esse spot. Da forma mais simples: não fingindo. Por vezes é assim que se consegue o efeito: com as coisas a acontecer mesmo.

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