10 Momentos mais assustadores pelo realismo – Top Ten #515

8 – Até a Katie Vick…

Sim, temos que a considerar. Afinal, mesmo que seja um dos momentos mais parvos, para não dizer o mais parvo, na história do wrestling, já viram bem no que andava a mexer?

O curioso é que, mesmo envolvendo Kane, o senhor de todas as storylines creepy, e com um assunto tão negro, – quiçá o mais negro que já tenham tratado – tinha um Triple H às gargalhadas, apenas a tentar provocá-lo e com um segmento horrível mas de contornos parvos. Ou seja, a storyline toda até era mais para a risota que outra coisa. Portanto está aí definido, como são parvos muitas vezes que querem ser assustadores… Então quando querem ser parvos, é mesmo quando vão ser mais perturbadores!

Também temos que olhar para isto do ponto de vista de um miúdo mais impressionável que começa a ver isto, à espera de acção física, umas personagens fixes e já à procura de um herói para emular, aquele instinto básico de um jovem antes de chegar à adolescência. E aprende aí sobre coisas como necrofilia, começa a pensar no assunto e leva com aquele segmento com o Triple H no caixão. Se os pais desse miúdo já estavam preocupados porque, não tardava nada, e iam ter que ter “aquela” conversa com ele… Certamente não esperavam que iam ter que ter uma sobre necrofilia.

E depois os graúdos. Que até podem já não ter tanta sensibilidade a isso – fala daqui um escriba que já ouve death metal desde muito jovem, portanto o choque perante muita coisa já lá se foi – mas com certeza que também podem ter, ou… Ficar muito assustados e preocupados com a saúde mental de quem sugeriu e avançou com esses planos. Sim, que isto foi sugerido, escrito, aprovado e andou para a frente um bom tempo. E tudo quando iam unificar o World Heavyweight Championship de Triple H e o Intercontinental de Kane… Que não precisava de grande storyline extra por cima disso!

Parece que realmente não tinham muita noção do que estavam a fazer quando decidiram tratar com tanta casualidade um assunto deveras tão recorrente, como a necrofilia, como se os filmes “Nekromantik” fossem êxitos a dar nas nossas televisões num agradável fim-de-semana à tarde. E para sacar de umas risadas. Lá está, como a coisa dá a volta toda e torna-se absurda… Acabamos mesmo só por nos rir por isto ter acontecido.

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