5 – Estarolas a Mais
São só três e serão sempre três. Logo não havia a necessidade de arranjarem mais três, novos. Já se sabe como é e em 2012 lá lançaram um novo “The Three Stooges,” ou “Os Três Estarolas” que, por muito que a recepção crítica pareça ser mais mista do que negativa, não deixa de ser um projecto algo infame e capaz de morrer logo na praia: é o síndrome do remake e muitos sofrem com ele. E a insistência nunca pára.
Os novos Estarolas eram Will Sasso, Sean Hayes, o eterno Jack da sitcom “Will & Grace” e talvez um dos mais tresloucados da série “Silicon Valley,” Chris Diamantopoulos, talvez a escolha de casting mais bizarra do trio. Por muito fiéis e respeitosas que tenham sido as performances dos talentosos actores, a prestar homenagem aos originais, a integração das personagens a um cenário moderno e a recriação do seu tão típico humor físico não tinham muito por onde resultar, além de uma vontade de ver as tropelias originais, que ainda abrangeram umas décadas, entre a de 30 e 50. 2012 não parecia o melhor cenário para Curly, Larry e Moe. E de facto não o foi.
Muito menos o Raw. Mas claro que tinha que ser e o trio de actores teve que lá ir promover o filme com dois segmentos parvos. O primeiro com Santino, no qual saem de uma caixa porque precisavam de “pensar fora da caixa”… Pronto, esse passa. Quando foram para o ringue, não podiam ter sido mais intensamente vaiados dali para fora, até Kane os atacar e aplicar o chokeslam a um Sasso disfarçado de Hulk Hogan – que, ao entrar com a sua música, parece ter enganado alguns inocentes dali que achavam que ele tinha dado um salto da TNA até lá, para promover um filme que nada lhe dizia. Sean Hayes, frustrado com a recepção, criticou o produto e foi alvo de muitas críticas de fãs defensores – mesmo que ele tivesse como principal alvo o wrestling feminino, na altura no seu ponto mais baixo, e tenha dito coisas com que todos já concordassem. E Sasso, autêntico fã da modalidade… Até que tinha uma boa imitação de Hogan e teve um grande momento de mark: levar porrada do Kane. Portanto não levemos os performers à cruz. Nem pelo filme, nem pela promoção. Muita coisa que não se devia ter feito aconteceu, mas não culpemos os que lá foram só trabalhar e ganhar o seu.
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