10 PPV’s mais Infames – Top Ten #276

3 – Crown Jewel

*Inserir qualquer dos eventos decorridos na Arábia Saudita* Ou então vamos mesmo àquele que até parece que o sabotaram de propósito. O que já não tentava fazer de conta que era tudo muito bonito, que a parceria era um mar-de-rosas e que ainda não tinham problemas em dizer o nome do país sequer. Este foi o evento feito a medo.

Lá aquela treta do Greatest Royal Rumble sempre era apresentado como um grande acontecimento, um avanço sócio-cultural do país do Médio Oriente. Desde que só viajasse para lá homem e se aceitasse que podia vir assim alguma ameaça de morte ou outra aos irmãos Daivari pela típica promo de “o meu país é melhor que o teu,” estava tudo bem. Que o evento não tenha valido grande espingarda e se tenha safado mesmo a entrada histórica de Titus O’Neil? É outra história. É que foi depois do alto entusiasmo desse evento que já esfregavam as mãos para o próximo. Mas acontece o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi e a coisa ferve. Patrocinadores começam a pressionar, a comunicação social começa a criticar e, a parte que mais aleija, Superstars começam a boicotar e a recusar-se a ir, ficando em casa ao pé das meninas que já não iriam de qualquer maneira porque aquele grande passo social que o país já antes estava tomar afinal ainda era um babystep.

Discretamente, e sem dizerem o país onde estavam, lá foram cumprir o contrato – que diz que é de dez anos, mesmo só para contribuir para os vossos suores frios – e concretizar um evento lastimoso sem grande concorrência para ser o pior do ano. O que nos deu Shane McMahon como o “Best in the World” que, mesmo estando a ser devidamente usado para heat actualmente, na altura parecia mera sabotagem para invalidar qualquer acontecimento do evento no futuro para que se pudesse fingir que não aconteceu. Sim, era um espectáculo desses. Ah e aquele main event foi uma valente porcaria, de esforço hercúleo, para tentar manchar quatro legados brilhantes. É, também era um espectáculo desses.