1 – Invasion
Claro que este é o derradeiro caso e toda a gente identifica logo a história e sabe que a coisa não se concretizou da melhor maneira. E sabemos que a culpa não se pode depositar totalmente neles. Havia umas certas condições para que a coisa realmente funcionasse a capitalizar todo o potencial que já existisse no papel.
E a coisa parecia encaminhada de forma interessante. Já uma lacuna que muitos apontam é a de inserir a família McMahon, com Shane a comprar a WCW e Stephanie a comprar a ECW. Muitos viram que aquilo ao ser “McMahon-centered” já era uma problema. Mas até lhe acrescentava uma certa intriga extra e foi forma de realmente criar rivalidade, se já se sabia que a WCW tinha sido comprada pela WWE, não fazia grande sentido trazer Eric Bischoff a “invadir” a WWE como se ainda fosse concorrência. OK, aceitemos que a coisa tinha pernas para andar. Se tinha, finalmente confrontos de sonho. Só havia um problema, que era essa chatice do livre arbítrio. Nem todos queriam saltar logo para a casa nova. E nem eram os nomes pequenos, esses queriam era comer e com certeza tinham o gosto de estar na grande que venceu a guerra. Foram os Hogans, os Flairs e os Stings. Já se entornou aí muita coisa.
A fragilidade dos plantéis novos que se inseriam no da WWE começava a sentir-se e o que mais tinham era midcarders. Claro, bons nomes como Booker T a representar a WCW ou Rob Van Dam da parte da ECW. E ainda alguns bons nomes que eles não souberam usar como DDP e o seu bizarro angle de stalker da mulher de Undertaker. Foi mesmo esse o melhor uso para ele? Faltava o “star power.” Então a equipa das concorrências que ficou conhecida como a “Alliance” acabou por se tornar um veículo para Heel Turns e no final estava cheia de gajos já bem firmados na casa WWE. Steve Austin ou os Dudleys tinham passado por lá? Claro, mas onde estavam eles no momento e onde tinham já feito mais história? E Kurt Angle, esse forasteiro? Estavam já aí as lacunas e eles tentaram lidar com isso e prolongar a “invasão” por quantos meses foi possível, mesmo restando apenas o rato que a montanha tinha parido.
Pronto, mais um a seguir o tema prometido. Se ainda não vos cansou, estejam à vontade para participar com os habituais acréscimos e defesas de casos aqui presentes. A vossa visão conta. Esta aqui é mesmo só mais uma, não é mais do que qualquer outra. Espero que tenham gostado e que vão gostando destas recentes propostas.
Inundem-me lá isto de comentários, e que não seja a mandar parar a corrente, porque na próxima semana é para trazer mais. Recorrendo à mesma ciência complexa das duas edições anteriores: agora vem o contrário. No próximo Top Ten, serão as dez histórias más que até acabaram bem. Tão simples quanto isso. Estejam cá para ver se realmente ainda não se fartaram. Boa entrada na nova season do wrestling, se ainda conseguirem administrar tanta coisa para ver. Até à próxima!
3 Comentários
Não sei se se enquadra muito bem no tema, mas o Bad News Barrett e os seus segmentos “I’m afraid i’ve got some bad news” eram algo engraçado, diferente e acho que tinha pernas para andar.
Ainda me lembro da invasão surpresa dos Nexus, na altura tinha deixado de acompanhar wrestling e depois daquele ataque voltei a ficar colado à TV. Realmente foi uma pena não terem aproveitado a maioria dos lutadores que pertenciam à stable, só se salvam mesmo Daniel Bryan e Bray Wyatt (que até nem eram vistos como grandes figuras de destaque no seio do grupo ao contrário de Wade Barrett, David Otunga e Ryback).
Um momento que com certeza faltou aí foi o misterioso general manager (creio que foi em 2011
2012) que ficou atrapalhando lutas por um bom tempo, com aquela feud terrível do Michael Cole vs Jerry Lawler e no fim o misterioso GM ser nada mais nada menos que Hornswoggle, dando fim a tudo e acabando sem noção alguma.