4 – Quem tentou matar o Nash?
Eles dão cabo de mistérios num instante. E as tentativas de homicídio em TV muito facilmente resultam mal. Até podem apontar a que ainda decorre com as tentativas de assassinar Roman Reigns em TV, já reveladas, mas essa história defendo-a, que tem sido entusiasmante e feita de forma simples de modo a que não aconteçam coisas como esta. Mas esta aqui é um caso à parte. Esta é mesmo uma óptima representação da bagunça autêntica que era a WCW perto do seu fim e só não está numa posição mais alta porque ninguém se lembra disto já.
1999, uma feud com Kevin Nash e Randy Savage. Nash encontra-se numa limusine que leva um estouro de um Hummer branco. Savage não o fez mas pode ter mandado, tudo indicava que sim. Recebeu ajudas de Sid Vicious em ringue, podia ter sido ele. Ficámos a saber que nem um nem outro, mas Savage ia revelar quem era o condutor. Nunca revelou. Resolvem-se os problemas num fantástico combate pelo WCW World Heavyweight Championship, daqueles combates à WCW em que o título está em jogo num combate tag team no qual podes vencer o título com um pin sobre o próprio parceiro. Porque, a este ponto, eles até já deviam estar a gozar com os fãs também. Hulk Hogan vence o título no dia seguinte pela evidente razão de que é o Hulk Hogan, só pode. Nash vira-se a ele… Digo eu que também pela evidente razão de que é o Hulk Hogan, porque não se encontrou grande justificação, e começou a acusá-lo de ser ele o condutor. Depois Dennis Rodman, lenda do basquetebol e das excentricidades, estreia-se em ringue e não me perguntem o que raio tem isso a ver e como raio é que isso aconteceu, mas rivalizou com Randy Savage que de vez em quando falava que tinha acontecido uma cena com um Hummer branco, só naquela para dizer que a história não tinha sido abortada.
Nash perde um combate com a carreira em jogo e decide esperar que o contrato expire para voltar para a WWE – voltaria de qualquer maneira, tendo em conta a altura que já era – e Randy Savage também vai embora. E adivinhem, a história continua mesmo sem eles os dois. Por alma de saberá Santo André quem, Lex Luger toma conta das investigações e acusa Hulk Hogan, com fotografias e tudo. Depois Sting, que já tinha sido metido na história antes por razões que ninguém entendeu muito bem, volta a ser metido ao barulho por razões que toda a gente entendeu ainda menos. Depois meteu-se o Vince Russo porque claro que se meteu o Vince Russo. E depois… Depois a WCW foi à vida, foi comprada e o raio da história sem pés nem cabeça teve que ser cortada. Ficou assim sem conclusão. Quer-se dizer, houve um segmento que mostrou Eric Bischoff a fazer asneiras com um Hummer, implicando que tinha sido ele afinal. O que, dada a sua posição na história inicial, fazia um preciso e exacto 0 de sentido. Mas também a este ponto, que importava?
3 Comentários
Não sei se se enquadra muito bem no tema, mas o Bad News Barrett e os seus segmentos “I’m afraid i’ve got some bad news” eram algo engraçado, diferente e acho que tinha pernas para andar.
Ainda me lembro da invasão surpresa dos Nexus, na altura tinha deixado de acompanhar wrestling e depois daquele ataque voltei a ficar colado à TV. Realmente foi uma pena não terem aproveitado a maioria dos lutadores que pertenciam à stable, só se salvam mesmo Daniel Bryan e Bray Wyatt (que até nem eram vistos como grandes figuras de destaque no seio do grupo ao contrário de Wade Barrett, David Otunga e Ryback).
Um momento que com certeza faltou aí foi o misterioso general manager (creio que foi em 2011
2012) que ficou atrapalhando lutas por um bom tempo, com aquela feud terrível do Michael Cole vs Jerry Lawler e no fim o misterioso GM ser nada mais nada menos que Hornswoggle, dando fim a tudo e acabando sem noção alguma.