1 – “It wasn’t my fault!”
Na altura havia uma perfeita consciência de que se estava perante uma loucura muito fora da caixa. Tinha que haver uma preparação prévia. E essa era: já devíamos saber que quando o wrestling fica dramático, fica mesmo! E a outra parte… É que vão sempre anexar alguma maluqueira ao Kane. Isto é pós-Katie Vick, atentem a isso – e não, essa storyline não entra aqui porque… Não me parece também que se tenham safado com ela na altura, sequer, mesmo tendo acontecido.
Uma violação a Lita, por parte do “Big Red Monster” – bom, começa-se logo por aí, assim, como se fosse preciso mais – que a engravida e a força a casar. Era ainda Matt Hardy, já portador de uns chifrezitos, quem a defendia. Sim, tudo tinha resolução em ringue, claro! Depois dão-se incidentes, Snitsky é metido ao barulho e um contacto físico a acabar mal dá no aborto involuntário de Lita. Mais drama e mais segmentos sérios, bizarros, melodramáticos e algo desconfortáveis com um Kane, visivelmente emocionado, a visitar Lita. Este Kane começava a ganhar simpatia e a reverter para Face, defendendo agora Lita e o seu filho que nunca nasceu. Snitsky também estava chocadíssimo. Até pontapeava bebés para a plateia e tudo. E, claro, a culpa não foi dele!
Era realmente uma era sem medos e onde pegavam em tudo para o entretenimento semanal, que não se ficasse por uns tombos e umas piruetas dentro e fora do ringue. E tudo bem. Aliás, esta storyline, com toda a sua estranheza, ainda trará boas recordações a muitos espectadores que admitirão a sua bizarria mas também o seu factor de entretenimento. Os temas é que andam todos já na zona vermelha e ninguém quererá trazer isso para o tal ringue onde se dão as piruetas e os tombos. E, na sequência da estória, fazer o violador monstruoso ganhar simpatia e tornar-se o bom e cavaleiro defensor? Essa é que não se executa mesmo, agora!
E são estas dez. Concordam? Ou, se não é assunto de concordar ou deixar de concordar, mas sim de comentar apenas… O que acham e lembram destes momentos? Não adianta muito chorar pelos tempos passados, que eram o máximo porque podia dizer-se e fazer-se tudo o que se queria – não era bem assim, mas é bom manter a ilusão – quando, mesmo que realmente até dê para se lamentar uma certa mentalidade de caça que se sinta hoje em dia em todo o lado, vemos aqui casos em que realmente não é pior que as coisas se tenham deixado amenizar e travar um pouquinho. A separação podem fazê-la vocês, é mais uma coisa que dá para comentar. Afinal, quais é que realmente… Nem na altura fariam?
Na verdade, comentam o que quiserem, que o Top Ten é vosso. Como sempre. E até têm muito tempo para o fazer, que por aqui ficam as semanas a falar da Ruthless Aggression. Uma era boa e da qual saíram uns artigos bons – em termos de recepção e interacção, que a nível de qualidade, foi tudo tão medianinho como sempre! E o Top Ten voltará daqui a umas semanas, tirando uma curta interrupção de estio porque até para escrevinhar isto é preciso tempo e faz falta uns tempinhos de papo para o ar, claro. O Top Ten vai de férias, mas volta em Setembro e falará sobre… Qualquer coisa. Lá veremos.
Umas boas férias a todos, espero bem que todos as possam desfrutar, a não ser que tenham propositadamente as férias estratégicas em Setembro, ou que já tenham passado. Um bom mês de Agosto que a cantigazinha popular dedicada ao mês vai estar já aí a ecoar por todo o lado, deixem lá passar os restos de Jornadas de Juventudes e coisas que os valham que já vão ver! Fiquem bem e até à próxima!
2 Comentários
Hoje em dia as pessoas estão demasiado sensíveis. A personagem do Eugene, por exemplo, era fantástica. Mas há muitas mais. Na rivalidade HHH-Angle, o Angle andava atrás da Stephanie McMahon que parecia gostar do seu “amigo”. Ambos afirmavam ser só amigos e o HHH tinha ciúmes. Às tantas (acho que num SD), o HHH diz ao Kurt que se quer ser só amigo duma mulher linda e poderosa como a Stephanie, então está tudo explicado, dando a entender que o Angle era gay. O públicou delirou (eu inclusive) e diverti-me bastante.
Outro segmento é o já conhecido da Lita tirar o soutien numa noite de sexo com o Edge. Foi brutal também.
Se não vivessemos na era da Disney, talvez tivessemos mais coisas destas, mas agora até um chamar “bitch” a outro é um “omg moment”
Algumas coisas são realmente sinal dos tempos , outras estão relacionadas ao próprio publico que hoje em dia a wwe quer atingir , infelizmente para ti e para mim que também cresci com isso resta rever esses tempos no youtube e wwe network