10 – Pai vs Filha
O No Mercy regressará, mais uma vez, agora pelo NXT. Deu título a um popularíssimo videojogo e foi um PPV com história. Da boa e da mais bizarra, como foi o caso da edição de 2003. Encabeçada por um “Biker Chain” entre Brock Lesnar e Undertaker pelo WWE Championship – uns bons anos antes de sonharem sequer que iam protagonizar um dos combates mais históricos e polémicos na história de toda a Wrestlemania e todo o wrestling.
O polémico e muito estranho no da altura foi um “I Quit” entre Vince McMahon… e a própria filha. OK, primeiro de tudo: já sabemos que é tudo tolo naquela família. E, desde a era anterior até dias mais actuais, lá estão eles no centro de mais um angle marado. E a intenção até era puxar simpatia para Stephanie – ela é versátil nisto, consegue ser uma vilã desprezível e uma rapariga mais afável – mas já na altura havia algumas dúvidas sobre quanto público queria realmente ver um espectáculo de violência de um pai sobre a filha, principalmente tão depreciativo, com o velho do pai ainda a gozar com a filha.
Ainda por cima a storyline em si não era a rivalidade mais intensa dentro daquela família. Pelo meio dos casos extramaritais do papá Urso, da tirania do papá Urso, dos abusos e estatuto acima de tudo do papá Urso… Parece que a fonte é sempre a mesma. Esta até nem era das mais intensas. Partiu de uma celebração de Lesnar com Vince, interrompida por Stephanie, então General Manager do Smackdown, que declarou que Undertaker desafiaria pelo título. O papá Urso não gostou, exigiu que ela cancelasse o combate e ela recusou. Andemos à porrada então, quem perde fica sem o emprego. Rais’parta ao papá Urso. Linda McMahon esteve presente e foi ela quem colocou fim à macacada e desistiu em nome da filha, quando o combate já estava naquele spot verdadeiramente mais marcante e chocante: a de Vince a estrangular a filha com um tubo de aço. Não foi para ver violência doméstica dentro de um contexto familiar que pagaram pelo PPV?
2 Comentários
Hoje em dia as pessoas estão demasiado sensíveis. A personagem do Eugene, por exemplo, era fantástica. Mas há muitas mais. Na rivalidade HHH-Angle, o Angle andava atrás da Stephanie McMahon que parecia gostar do seu “amigo”. Ambos afirmavam ser só amigos e o HHH tinha ciúmes. Às tantas (acho que num SD), o HHH diz ao Kurt que se quer ser só amigo duma mulher linda e poderosa como a Stephanie, então está tudo explicado, dando a entender que o Angle era gay. O públicou delirou (eu inclusive) e diverti-me bastante.
Outro segmento é o já conhecido da Lita tirar o soutien numa noite de sexo com o Edge. Foi brutal também.
Se não vivessemos na era da Disney, talvez tivessemos mais coisas destas, mas agora até um chamar “bitch” a outro é um “omg moment”
Algumas coisas são realmente sinal dos tempos , outras estão relacionadas ao próprio publico que hoje em dia a wwe quer atingir , infelizmente para ti e para mim que também cresci com isso resta rever esses tempos no youtube e wwe network