8 – A reforma de Tim White
“Lunchtime Suicide” era o nome dos seriados segmentos. O bom gosto já está perceptível aí mesmo. A reacção negativa foi imediata. Com certeza terá puxado risadas a portadores de humor com um tom mais negro, mas no geral, foi mal recebido e ainda hoje em dia tido em conta como uma péssima ideia. Mas ainda durou bastante tempo.
Tim White era um árbitro já veterano na WWE, a trabalhar nos seus ringues desde a década de 80 e arbitrou imensos combates lendários. Provavelmente já perdera alguma sensibilidade à violência, estando dentro da mesma Cell onde Undertaker e Mankind fizeram história – por acaso fizeram-na dentro e fora da maldita jaula. Mas outro Hell in a Cell, entre Triple H e Chris Jericho, no Judgement Day de 2005 parece tê-lo afectado mais. Visto que afinal esta brincadeira não é só perigosa para os competidores, árbitros também se lesionam. E foi o que aconteceu com Tim White, cujas mazelas desse combate manifestaram-se novamente no final do ano e acabaram por retirá-lo dessa posição e fazê-lo transitar para outro emprego nos bastidores, como produtor.
Fazia-se a coisa de forma digna e com uma homenagem? Não. Vamos fazê-lo com segmentos parvos, de choque e um imenso bom gosto. Estava a morte de Eddie Guerrero ainda demasiado fresca na memória dos fãs, quando esses mesmos são obrigados a ver Josh Matthews entrevistar um Tim White deprimido, a prometer o suicídio e a dar um tiro de caçadeira fora do ângulo da câmara. Bonito. Voltou na semana seguinte e mal podia o povo sonhar que aquilo ia virar uma “running gag”: todas as quintas-feiras, à hora do almoço, vão ao WWE.com ver diferentes maneiras de Tim White tentar o suicídio e falhar! Lunchtime Suicide, percebem? Pronto, lá acabaram os segmentos, com a boa fama que tinham e talvez será ainda mais difícil assistir à brincadeira agora que Tim White já partiu mesmo. Entrou no Hall of Fame este ano, como recipiente do “Warrior Award.” Foi um pedido de desculpas, não foi?
2 Comentários
Hoje em dia as pessoas estão demasiado sensíveis. A personagem do Eugene, por exemplo, era fantástica. Mas há muitas mais. Na rivalidade HHH-Angle, o Angle andava atrás da Stephanie McMahon que parecia gostar do seu “amigo”. Ambos afirmavam ser só amigos e o HHH tinha ciúmes. Às tantas (acho que num SD), o HHH diz ao Kurt que se quer ser só amigo duma mulher linda e poderosa como a Stephanie, então está tudo explicado, dando a entender que o Angle era gay. O públicou delirou (eu inclusive) e diverti-me bastante.
Outro segmento é o já conhecido da Lita tirar o soutien numa noite de sexo com o Edge. Foi brutal também.
Se não vivessemos na era da Disney, talvez tivessemos mais coisas destas, mas agora até um chamar “bitch” a outro é um “omg moment”
Algumas coisas são realmente sinal dos tempos , outras estão relacionadas ao próprio publico que hoje em dia a wwe quer atingir , infelizmente para ti e para mim que também cresci com isso resta rever esses tempos no youtube e wwe network