6 – Billy & Chuck
Isto também é sempre mencionado quando se lembra o pior que tenha acontecido para aqueles lados. Foi entre 2001 e 2002, logo foi na génese da era e ainda trazia alguns ares da Attitude Era. Talvez se possa dizer que se notasse, não sei. Mas o que podia ser apenas uma tag team com dois magníficos wrestlers como Billy Gunn e Chuck Palumbo… Tinha que ter algo mais.
Billy e Chuck começaram a trocar uns afectos mais íntimos e num instante abraçaram uma gimmick de casal homossexual. E agora pergunta-se… Onde está o problema, afinal? O que há de errado nisso? Nada, claro. Aliás, hoje em dia já dá para se contar com bem mais do que uma mão, performers que façam parte da comunidade LGBT, e que venham daí mais e se sintam confortáveis com quem são e com realizar o seu sonho ao pisar o ringue. O problema tinha que estar na forma como era interpretado. Era de forma depreciativa, valeu-lhes uma Heel Turn – eram vilões por serem uns gays depravados, basicamente – e puxavam mesmo pelas piores reacções do público, com aquela irremediável secção que não vaiava propriamente as habituais batotas nos combates, tinham mesmo um enorme problema com outra coisa.
Hoje em dia isto nunca andaria para a frente e já existiriam suficientes performers a mostrar o seu desagrado. Billy e Chuck já revelaram que não tiveram quaisquer problemas com a storyline e a interpretação da gimmick, afirmando que é o mesmo trabalho de um actor. E até se pode dizer que o angle tenha sido bem conseguido na medida em que lhes deu relevo e originou momentos de destaque – dois reinados como Tag Team Champions – e, como no final, eles mesmo revelaram a farsa, até podia haver uma lição contrária naquilo tudo. Os performers parecem estar perdoados – Anthony Bowens não tem qualquer problema com Billy Gunn, dá para notar – e está tudo bem. Apenas sabendo que hoje em dia ninguém ia pensar sequer nisto. E… será que o Billy se aliou aos Acclaimed para se safar de levar uma boca do Max Caster durante algum rap?
2 Comentários
Hoje em dia as pessoas estão demasiado sensíveis. A personagem do Eugene, por exemplo, era fantástica. Mas há muitas mais. Na rivalidade HHH-Angle, o Angle andava atrás da Stephanie McMahon que parecia gostar do seu “amigo”. Ambos afirmavam ser só amigos e o HHH tinha ciúmes. Às tantas (acho que num SD), o HHH diz ao Kurt que se quer ser só amigo duma mulher linda e poderosa como a Stephanie, então está tudo explicado, dando a entender que o Angle era gay. O públicou delirou (eu inclusive) e diverti-me bastante.
Outro segmento é o já conhecido da Lita tirar o soutien numa noite de sexo com o Edge. Foi brutal também.
Se não vivessemos na era da Disney, talvez tivessemos mais coisas destas, mas agora até um chamar “bitch” a outro é um “omg moment”
Algumas coisas são realmente sinal dos tempos , outras estão relacionadas ao próprio publico que hoje em dia a wwe quer atingir , infelizmente para ti e para mim que também cresci com isso resta rever esses tempos no youtube e wwe network