1 – Crow Sting
… Já é um velho hábito dele. A dar-nos a ideia de ser um cinéfilo atento aos blockbusters e a filmes de culto, já Sting se inspirou em alguma personagem de cinema para tirar uma personagem para si e para inspirar alguma storyline que realmente se diga directamente relacionada com o enredo do filme. Bem mais próximo do guião original foi a personagem com que assombrou a WCW, em 1996, numa significativa e marcante mudança de personagem.
Era um Sting de poucas palavras. Nenhumas até, que entrou em greve de silêncio após deixar uma mensagem muito enigmática. Não nos permitia ter a certeza quais eram as suas intenções e de que lado estava. Era um Sting cada vez mais estranho, de nova pintura facial, visto regularmente a passear nas traves do tectos, sobre a arena, com um taco de beisebol a servir-lhe como arma de intimidação. Pouco a pouco se definiu o seu objectivo, quando tornou óbvio que os nWo eram o seu alvo, até chegar ao “big boss” Hogan, que desafiaria. Uma manobra que se poderia considerar arriscada – ter um bom talker como Sting tanto tempo sem dizer uma palavra – foi bem sucedida e bem executada. Foi numa altura em que a WCW se deixava marcar mais por decisões inteligentes.
Tinham uma fonte surpreendente mas boa. Tudo no aspecto de Sting, à sua maquilhagem, aos seus maneirismos, até mesmo a sua missão, era retirada do filme “The Crow,” “O Corvo,” de 1994, filme de culto que já tem os seus seguidores e sucesso pela sua qualidade, além do mediatismo à volta do trágico fim que causou ao jovem e muito promissor Brandon Lee. Podem ver Sting como o renascido herói que persegue os seus assassinos, colocando os nWo como uma versão bem mais branda desse grupo. E até se cria uma boa relação entre as duas coisas. Ver o Sting a ser um emo aéreo até puxa a vontade de assistir ao “Crow” e nalguma revisita ao filme talvez também se puxe uma vontade de ver o Hollywood Hogan a levar na boca. Há casos felizes de inspirações bem aproveitadas.
Estão aqui dez casos com a sua curiosidade e que espero que tenham completado um Top Ten a gosto. Se faltar algo muito flagrante por não me lembrar de algum momento em que os Ministry of Darkness recriaram o “Música no Coração” ao longo de vários segmentos semanais, apontem-no. Têm uma caixa de comentários a vosso dispor, que queria mesmo que fossem enxotar de lá os grilos. Assim convencem-me mesmo de que nem queriam aqui o espacinho de volta! Força nisso!
Mas chega de queixumes e de aparente pedinchar, que o espaço é vosso de qualquer forma, fica como o deixarem. E volta na próxima semana, claro, se nada aparecer a impedir-me. Os temas ainda andam neste mesmo campo e vamos mesmo falar de relações directas entre o wrestling e as outras mídias. Por vezes têm acordos e por que não? É fixe para o wrestling ter esse reconhecimento de algo maior e para a obra em questão, é mais uma ferramenta publicitária. Todos saem a ganhar. Mesmo quando é terrível. Ora, o Top Ten gosta mesmo de lembrar as coisas mazinhas, não é? Então que assim seja, na próxima semana vamos recordar dez terríveis presenças e publicidades de outras mídias e franchises no nosso wrestling televisivo.
Venham cá ver, que até coisa que vá dando para divertir! Até lá tudo de bom, a ver que se calhar ainda não é desta que se vão buscar os agasalhos ao armário, neste lado do Atlântico, mas que aproveitem o que tenham. Fiquem bem e até à próxima!
2 Comentários
Muito bom, parabéns pelo texto.
Assim que vi o tema de cara recordei das gimnicks do Sting e no Cena Balboa x Rusev Drago… Muito bom!