10 Storylines más e com combates ainda piores – Top Ten #289

2 – Undertaker vs Giant Gonzalez, 1993

E vejam lá em que ano estamos de novo! E vejam lá quando é que isto aconteceu e quais as circunstâncias! E a lenda envolvida? Não é aquele “Under Taker” ou lá o que é, gajo gógó que gosta muito de usar chapéu. A outra lenda, o nosso amigo Argentino. O gigante do fato dos músculos desenhados e da estranha pilosidade em zonas estratégicas.

Até pode já saber-se tudo em relação ao clássico que foi esse combate que tiveram na Wrestlemania IX, o que se fala menos é da história que o antecedeu. Que é a parte curiosa, não há propriamente muito para falar. A rivalidade foi suficientemente ambígua para nem termos dado por ela a acontecer. Como muito do card da Wrestlemania IX, o combate simplesmente apareceu e a sua motivação foi muito breve. Sim, Harvey Wippleman tinha problemas com Undertaker – o malandrim tinha problemas com toda a gente também – e então para se vingar apresentou-lhe o seu novo monstro, o Giant Gonzalez, com poucas apresentações, que o atacou. Ficou o combate marcado para a Wrestlemania e pouco mais temos a adiantar além disso. Apareceu um gigante de fato esquisito e atacou o Undertaker. Pronto, tomemos nota, é porque a coisa estava azeda.

Se repararmos bem, não fizeram assim tão diferente anos depois quando apresentaram The Great Khali. Mas ao menos esse sempre teve os seus segmentos a construí-lo e a vendê-lo como uma ameaça. Com Gonzales, nem sabíamos com que raio contar. Todo o povo assistiu à Wrestlemania IX sem saber que estava ali um clássico da sua vida, com um gigante de fato MESMO MUITO esquisito, a tentar mexer-se com dificuldade, a não saber aplicar um soco, a não saber vender qualquer golpe, a batalhar para comportar-se como um ser humano, quanto mais um wrestler, quanto mais um rival ao nível de Undertaker. Culminou, claro, naquele que é o meu finish favorito de sempre, com a minha arma favorita de sempre: o clorofórmio. Apesar que tentar esborrachar cabeças com marretas e caixas de ferramentas também tem a sua ciência…

10 Storylines más e com combates ainda piores – Top Ten #289

1 – Jerry Lawler vs Michael Cole, 2011

E que mais para esta prestigiosa primeira posição? Algo que ainda está na memória, mesmo que esteja meia enevoada, porque andam todos a tentar esquecer. Quando o pobre público já estava farto e se chateava de ouvir comentadores a picar-se e a preocupar-se mais com bocas um ao outro do que com a acção em ringue… Siga para o dinheiro: vamos fazê-los rivalizar em ringue!

A coisa começou realmente a formar-se ainda no final de 2010 e só viria a ficar resolvido ali por alturas de Maio de 2011. Vejam lá a dose. Sendo o mais compreensivo e menos cínico possível como procuro ser, alguns momentos com a “Cole Mine” e até o conceito da própria tinham a sua graça. Mas não se limitava a isso e tínhamos mesmo que levar com dois comentadores, um deles que nunca tinha sido wrestler, a vender o seu combate, de maneira que era inevitável não se sobrepor à restante acção. Quando chega à Wrestlemania, sai um combate que devia ser um segmento rápido de comédia baratucha… E tentam mesmo fazer um combate a sério, com Cole a dominar e Lawler a vender algumas das manobras menos eficazes que ali foram aplicadas.

Siga a piorar a coisa, vamos envolver Jim Ross para o envergonhar ainda mais como sempre, vamos ter rap battles, dance offs, vamos em frente. Siga a concluir num asqueroso “Kiss My Foot” e tudo o que o antecedeu. Pelo meio daquilo também andou o Jack Swagger, foi aquilo que o ocupou durante uns meses. E três combates para esquecer numa rivalidade que duvido muito que tivesse havido alguma alma no mundo a pedi-la.


Dez boas memórias que tinha para vos trazer. Fiquem felizes porque podia tentar trazer-vos mais. É um conceito básico, parece que é o que mais há e ao pontapé, mas não foi tão fácil encontrar exemplos de tal consistência, em que o culminar corresponde ao que o antecede ou consegue mesmo ser pior. Como a malta é sempre mais pessimista do que eu, é para a malta que eu passo a palavra. Com certeza que saberão mais exemplos. É para malhar, acredito que haja boas participações, força nisso!

Cá volto na próxima semana. O tema variará um pouco, mas ainda o vejo a seguir a mesma linha, este será mais à base da relação performer-combate, em vez de storyline-combate. Mas está na mesma veia do oposto. Serão dez tiros ao lado. Combates considerados maus entre bons performers. Pode ser interessante de se recordar. Estejam cá para ver e, claro, para debater. Fiquem bem, vão já tirando os agasalhos dos baús – acho eu que já vai dar eventualmente – e até à próxima!

1 Comentário

  1. 13 cm5 anos

    Excelente artigo.

    Eu sempre fico longe de todos esses eventos da Arábia, por isso minha memória do HBK está intocada.