
3 – RK-Bro
E será o dinamismo mais recente que terá usufruído desta “trope” para singrar. Quem diria, tanto ao ver o Randy há uns anos atrás, imaginar que ele ia ter um parceiro como Matt Riddle… E quem diria, olhando para o percurso de Riddle nas independentes, que desse para pensar “um dia este ganzado vai fazer equipa com o Randy Orton”.
Foi aproveitar uma fase de maturidade, que também permitiu muito relaxamento, a Randy. Já não é o mesmo Viper de outros tempos e o seu corpo já não o deixa trabalhar por lá a tempo inteiro. Mas aparecendo, é para valer, a sua recepção já não é mista como já foi antes, é altamente respeitado por todos e… Quer é divertir-se. E ter-se-á divertido imenso com esta dupla improvável. Já teve parceiros nos Evolution, foi líder dos Legacy, teve os Rated RKO… Mas este é que terá sido o seu maior momento de relaxamento. E desencadeou esta química: a sua seriedade e a infantilidade e inocência de Matt “esqueci-me do que ia dizer” Riddle.
Riddle teve aqui dos momentos favoritos do público que, entretanto, terá visto muito encanto perder-se nele. Se, já na altura, era um Superstar de recepção mista e nem todos viam piada no acto do hippie demasiado descontraído (e vai-se a ver, se calhar estava mesmo a fingir, já que se consta que andou metido em coisas mais pesadas), enquanto outros realmente o achavam divertidíssimo, além de um ás de estilo bastante singular no ringue… Este poderá ser o mais universal momento favorito da sua carreira. Claro que chegaram a Campeões. Era a recompensa mínima para todo o avacalho nos segmentos em que Randy obrigava Riddle a fechar a boca e a dar-lhe a chave imaginária. Foi nesses momentos que nos apercebemos que estava ali qualquer coisa.
Se muitas das coisas aqui listadas tentam recriações mais tarde que não conseguem bem atingir o mesmo potencial, talvez esta tenha sido o inverso. Foi uma melhoria sobre uma equipa com a mesma dinâmica, que tinha havido no NXT, com Riddle e Pete Dunne, outro Superstar sério, “zero bullshit” que tinha que levar com as macacadas do maior cabeça-no-ar. Uma equipa recordada com saudades: nem que seja de quando havia mais encanto no “Bro”.
1 Comentário
Excelente como sempre!