
1 – Fake Outsiders
Claro que dá sempre para ser pior. Umas vezes, as recriações têm um membro em comum. Outras vezes têm um manager em comum. Mas parece que, por vezes, não é preciso uma coisa nem outra. Importa mais a personagem do que o performer e é isso que interessa para vender, certo? Alguém já pensou mesmo isso, disse-o em voz alta e confessou-o, com muita vergonha, anos depois. Esse génio foi Bruce Prichard.
Que teve essa ideia quando a WWE se via à rasca. Levava abadas da WCW em audiências, tinham um produto inferior, viam-se em maus lençóis, não conseguiam criar estrelas e os seus maiores nomes também começavam a saltar a cerca para ir para a outra terra onde a relva estava mais verde. Foram dois grandes. Diesel e Razor Ramon. Kevin Nash e Scott Hall, que sacaram de grandes gimmicks dessa migração: eram os Outsiders por lá, a fazer de conta que ainda eram empregados da WWE a invadir aquilo. Uma boa tag team para se ter por lá. Então temos aqui um caso excepcional, muito especial… E que realmente só dá para se fazer uma vez. A má recriação, uma outra versão, de uma tag team de outro sítio.
Jim Ross virou Heel para confirmar suspeitas: aquela promessa toda de que tinha o Diesel e o Razor, muito obviamente já noutra praia, cheirava a esturro. Vieram Diesel e Razor… Mais ou menos. Um Diesel e um Razor falsos, como todos se lembram. O angle nem sequer foi um calhau na água, foi mesmo numa poça de lama e ninguém no público engoliu aquilo. Alguns poderão ter reconhecido ali o Issac Yankem no Diesel mas ao menos esse teve um bom futuro depois disto. Rick Bognar, o Fake Razor, nunca conseguiu grande coisa depois disto, na sua infelizmente curta vida.
Claro que uma ideia destas não era coisa para durar por muito tempo, dado o quão over estava. Até a intenção acabava por ficar ambígua: era mesmo para tentar fazer o público de burro e fazer de conta que aqueles eram mesmo eles, ou simplesmente gozar com a cara dos fãs e insultar os lutadores em questão? JR a Heel também não resultava. Era coisa para acabar o mais rápido possível e tiveram a sensatez para isso. Continuaram a levar porrada da concorrência por algum tempo, até atinarem. Primeiro passo: não fazer maravilhas destas.
E faz dez, deu para completar a lista. E nem custou tanto, nem foi preciso fazer batota e meter aí algum que até tenha corrido bem e fazer de conta que não. Tem uns mais ou menos, sim, mas no geral… Acho que dá para tirar a conclusão de que isto nunca é boa ideia. Não tem acontecido ultimamente, portanto talvez tenham aprendido. Mas nunca dizemos nunca. Na verdade, vocês podem dizer o que quiserem. É para isso que está aqui a caixa de comentários, à qual volto a convidar a usar porque a vossa participação enriquece sempre isto. Manifestem lá o que quiserem em relação a estes exemplos em particular e, se ocorrer mais algum caso, estejam à vontade para acrescentar.
Arranja-se mais um nisto da temática das tag teams para a próxima semana, que claro que quero que venham cá ver. Até é mais simples. Porque toda aquela coisa do “opostos atraem-se” não é só para as irrealistas romcoms. Em wrestling de tag team também funciona muitas vezes. Por vezes, quanto menos um gajo tiver a ver com o outro, melhor resulta, mais surpreendente é a gimmick, melhor química sai daí. Deverão haver dez tag teams com parceiros que sejam o oposto um do outro que dê para encher uma lista. É vir cá verificar.
Até lá, eu sei que já está quase, mas sabem bem que ainda dá para esperar mais uma semaninha até ir lá à cave buscar os enfeites. Sejam pacientes, vá, é mais giro assim. Fossem Americanos e ainda tinham agora que se preocupar com um peru! Fiquem lá bem, um bom Survivor Series a todos e até à próxima!
3 Comentários
O Heidnteirch apos aquele face turn nunca mais deu nada, era uma piada, já com o Taker quando começou lá com o medo já estava a perder aquela aura ameaçadora
Eu gostei dos LOD 2005. O Heidenreich tinha mesmo potencial e aquela cena dos poemas, era fixe
Ainda bem que ninguém se lembrou de chamar os Legacy de New Evolution.