6 – Tatanka
Tatanka é nome de fiar, em quem podem sempre confiar e que mantém sempre uma boa relação com a WWE, que ainda vão recorrendo a ele. Também é um nome de dimensão media-alta mas que nunca ganhou um único título por lá, apesar de já ter tido ímpeto suficiente para isso. Logo, Tatanka também é alguém com razões de queixa. Pode muito bem queixar-se de ter a sua carreira arruinada por uma Heel Turn. Duas vezes.
A primeira vez deu-se em 1994, que foi aí na primeira metade da década de 90, na New Generation, que ele se estabeleceu e ganhou fama. Andou a acusar Lex Luger de se vender a Ted DiBiase e à Million Dollar Corporation – e não é que já falei desta gente por aqui hoje? – e marcou combate com ele no SummerSlam desse ano. É claro que nós já vemos isto há muito tempo e já temos olho muito apto para qualquer transparência e já víamos, a léguas, o que ia acontecer. Mesmo que Luger realmente beneficiasse bem mais de uma Turn, claro que era tudo um óbvio e previsível “swerve,” com Tatanka a ser o tal que realmente “sold out” a DiBiase e que se juntou à Million Dollar Corporation. O Tatanka malvado e corporativo não pegou e foi caindo em relevância, vendo outros nomes passar à sua frente, até que mal-entendidos lhe começaram a valer suspensões e despedimento. Tentativa falhada.
Com mal-entendidos resolvidos, achavam que podiam trazê-lo de volta dez anos depois. E porque não. Mas nem eles podiam antever a popularidade que teve com o seu regresso surpresa. Tiveram que capitalizar e deixá-lo lá a tempo inteiro. Mesmo sendo um veterano nos seus quarentas avançados, estava a estabelecer-se no midcard do Smackdown. Até entrar numa streak de derrotas – paralelismo com a sua primeira passagem, na qual esteve invicto durante bastante tempo? Aí começou a apontar falhas até que se fartou e atacou o árbitro, atacou Bobby Lashley – com quem estava a fazer parceria num combate – e mandou os fãs à fava. Nova pintura facial e uma justificação bastante confusa de comparar as injustiças que sofreu às mãos da arbitragem da WWE com as injustiças que o seu povo Nativo-Americano tem vindo a sofrer desde sempre. OK. O que tirou daí: uma vitória sobre Jimmy Wang Yang para romper a streak e foi embora a seguir. Consta que saiu em bons termos, após respeitoso pedido e prometeu voltar, é possível que saísse independentemente da Turn ou não. Mas já está em casa novamente, com um contratozinho de Lendas que lhe permite uma ocasional competição. Era dar-lhe mais uma run em que se queixava de lhe interromperem sempre as coisas e estragarem-lhe a carreira. Virando Heel. E falhando novamente.
3 Comentários
Boa lista, Chris!
Eu ainda me lembro dos Ascension no NXT, tinham muito pop e eram muito dominantes mesmo, claro que não tinham tanto desafiantes assim, porém mesmo assim o trabalho foi bem feito. Já no Main Roster…
Até logo Chris.
O título diz tudo mesmo, não me lembro de nada disso..